Debt - Livro 3

Capítulo 114

O caminho para a maternidade foi rápido, Pedro fez questão de passar vários sinais vermelhos e rapidamente chegámos. Logo fui direcionada para o meu quarto e começaram todos os procedimentos do trabalho de parto.
[...]
O meu pai não podia estar presente no parto então pedi para a Mharessa me acompanhar que logo aceitou, então quando chegou a tão esperada hora os médicos já estavam comigo.
Médico: Agora é com você Larissa. ─ assinto e a Mha estica a sua mão que eu aperto.
Depois de muitos gritos e força finalmente escutei o tão esperado choro e sorri aliviada. Um dos médicos coloca a minha filha no meu peito e sorrio enquanto lágrimas descem pelo meu rosto.
Lari: Bem-vinda meu amor. ─ beijo a testa da minha bebê.
O meu coração estava acelerado no meu peito e sentia que as lágrimas molhavam o meu rosto, mas a sensação, a emoção e tudo o que engloba esse momento é simplesmente inexplicável e surreal.
Depois de alguns minutos levaram a minha filha para ser limpa e eu voltei para o quarto.
Quando cheguei minutos depois uma enfermeira logo trouxe a minha bebê e a peguei nos meus braços.
Lari: Ela é tão perfeita. ─ sorrio pegando na sua mãozinha.
Mharessa: É preciso coragem viu? Nove meses carregando a criança e ela sai a cara do pai. ─ rio.
Lari: Bom pelo menos é uma menina né. ─ ela sorri assentindo.
Mharessa: Como se sente?
Lari: Cansada, porém muito feliz. Hoje é sem dúvida o melhor dia da minha vida toda. ─ ela sorri.
Mharessa: Não dúvido.
Algumas horas depois consegui descansar um pouco, Mharessa e Pedro ficaram tomando conta da minha filha enquanto eu aproveitava para dormir um pouco.
Apesar de ter tentado inúmeras vezes, o meu pensamento estava me impedindo de realmente adormecer. Já se passaram 8 meses, estou com a nossa filha nos braços e ele permanece sem saber e sem dar sinal de vida. Era pra eu ter esquecido, afinal foi o que eu sempre quis, mas não desse jeito, não com ele tão distante de mim. Queria que ele tivesse acompanhado a gravidez, que estivesse presente agora no parto e pudesse sentir essa sensação. Tenho a certeza que tal como foi para mim, seria o melhor dia da vida dele.
Pedro: Você quer que eu peça pra te darem um calmante?
Lari: Não, não precisa. ─ ele se aproxima e me abraça.
Pedro: Estamos aqui com você Lari, eu sei que é difícil e você nem imagina como eu queria que ele estivesse presente nesse momento tão especial para os dois, mas foi uma decisão dele e precisamos respeitar.
Lari: Talvez se ele ficasse sabendo ele voltaria.
Pedro: Não dúvido Lari, de verdade. Mas não podemos fazer nada. ─ assinto ─ Pensa que agora você tem uma vida para cuidar. ─ sorrio assentindo e ele deixa um beijo na minha testa.