| Livro 1 |
Recomendo a leitura dos livros da série em sequência.
Hayley Hunter vê sua vida mudar de cabeça pra baixo de um dia para o outro. Mas ela não desistiu, ela persistiu, do mesmo modo que fez a vida toda, porém agora junto com o pequeno Sam...
Esse foi meu primeiro pensamento ao acordar sozinha no sábado de manhã somente com o som do meu despertador.
Ele foi embora? É sério isso. Argh. Mas é um idiota mesmo.
Levanto as pressas tomando um banho rápido e penteando meus cabelos em um coque arrumado. Saio vestindo uma saia lápis preta com uma camisa branca de botões. Bem estilo mulher de negócios com uma leve maquiagem.
As nove em ponto entro no restaurante para o café da manhã onde já temos uma reunião marcada ainda aqui no hotel.
David chegou quase ao mesmo tempo em que vimos o casal a nossa frente. Um clima estranho se apossou por todo o dia.
Mas um dia repleto de reuniões e não permanecemos sozinhos em nenhum momento o que impossibilitou uma conversa sobre o acontecido e pelo que reparei ele não estava muito afim de falar sobre isso.
Ele quer esquecer? É sério mesmo? Só falta me falar que tudo foi um erro. Não vou dar esse prazer a ele. Se quer ser um idiota não vai ser sozinho por que eu também sei fingir que nada aconteceu.
Mas qual a necessidade? É mais fácil agir como adulto, sentar, falar que foi tudo ótimo mas que trabalhamos juntos e isso não irá se repetir, simples, fácil, rápido e não deixa margem pra nenhum dos dois.
Nossa viagem de volta e a próxima semana que sucedeu foram exatamente iguais.
Os momentos em que conversávamos era somente sobre trabalho e ele se manteve distante a todo tempo. Um verdadeiro canalha. Minha sorte é que já me ferrei pra saber que não devo ficar atrás de nenhum homem.
Nem mesmo se ele for o gostoso do meu chefe e o cara idiota que não tem saído da minha cabeça.
- Vou ficar em casa hoje. - Em pleno sábado e Jacey Turner vai ficar em casa por que quer ?
- O que aconteceu? - Indago depois de colocar Sam pra dormir depois de um longo dia de brincadeiras.
- Levei um fora. - Exclama jogando a cabeça no encosto do sofá.
- O que? - Quase grito e solto uma gargalhada longa. - Não acredito.
- Ha ha. Já pode parar ou vou querer saber o que aconteceu na viagem pra você voltar com aquela cara.
Paro de rir no mesmo momento e o vejo me encarando com um sorriso convencido na boca. Outro idiota. Mas esse eu amo.
- Você deveria sair pra se livrar do mal humor.
- Quer saber, vou fazer isso mesmo.
Tenho saído mais essas duas últimas semanas mas tenho que aproveitar os dias que Jacey fica em casa, por que tem tempos em que não posso fazer isso então me julguem, mas aproveito que confio nele com Sam para sair, e mesmo assim eu não abdico do meu tempo com o pequeno para isso, ele não me vê nem saindo e nem voltando.
Tomo uma ducha rápida deixando a depilação em dia é claro. Saio secando os cabelos e me vestindo. Uma maquiagem leve com delineado e batom vermelho complementam.
Ando até a sala e dou uma voltinha para Jacey pra mostrar como sou maravilhosa.
- Caramba. É até pecado não me sentir atraído por você.
Fala fingindo irritação e eu reviro os olhos. Estou usando uma saia preta curta com estampa vermelha na lateral e uma blusa da mesma cor.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Eu sei, sou gata. - Me gabo e desvio da almofada que ele taca em mim. - Já vou, não me espera acordada.
Jogo um beijinho no ar e ando até a porta já sabendo que o carro que chamei me espera na frente do apartamento.
Em vinte minutos chego na Open Life já imaginando a movimentação no lugar. Cumprimento Jake, converso com ele um pouco e entro direto para o bar.
Como o bom e velho ritual peço meu copo do líquido âmbar. Cruzo minhas perna e fico de costas para o balcão com o copo em mãos.
Realmente não sei se hoje é meu dia pra esse lugar. Acho que o clima que paira minha mente está me traindo.
Analiso o local e vejo o cara do outro dia. Theo dá uma piscadela ao me ver e solto um sorriso em cumprimento.
Olho mais um pouco e me perco quando encontro um homem negro de olhos castanhos e que com toda certeza tem mais de um e noventa.
Wow.
Esse é o tipo de cara que deve saber foder alguém. Está em uma mesa com outros homens tão lindos quanto ele mas nenhum deles tem o ar sensual que aqueles olhos me mostram.
Obtemos uma troca de olhar de longe e sinto mais alguém me vendo mas não dou muita idéia. Matenho meus olhos nos do homem mantendo aquele flerte inevitável.
Me viro para o bar novamente terminando o líquido do meu copo e peço outro me mantendo de costas dessa vez e esperando o cara chegar. Até poderia ir lá, mas não estou tão desesperada.
- Vai fazer um show hoje novamente? - Reviro os olhos e encaro o homem que se sentou ao meu lado.
- Não. - Digo ríspida.
- Precisamos conversar.
- Não precisamos. - O corto a tempo de outra pessoa chegar.
- Boa noite. Está sozinha? - Abro um sorriso de lado pra ele e o vejo repetindo o ato.
- Com toda certeza.
Não queria fazer isso mas não vou ficar ao lado desse idiota enquanto tem um deus desse na minha frente, então me aproximo sussurrando em seu ouvido.
- Podemos entrar? - Indago e ele acena com a cabeça.
Deixo uma nota no balcão e saio dalí sem olhar novamente para David. Com a mão apoiada em minhas costas ele me leva para o corredor dos quartos.
Entro no quarto indicado e quando escuto a porta bater não é ele que vejo e sim meu querido chefe gostoso e muito idiota.
- O que faz aqui?
- Disse que precisamos conversar sobre o que aconteceu em Boston. - Diz olhando meu corpo do mesmo modo que olhou naquele elevador, como se fosse sua presa. Meu corpo esquenta mas não vou dar o braço a torçer assim fácil.
- Não precisamos.
- Olha, não tem como ficarmos nesse clima. O que aconteceu foi um ..
- Sério? Vai me falar que foi um erro? Ah me poupe David. - Gesticulo no ar. - Quer esquecer? Ótimo. Já esqueci.
Tento passar por ele mas seu braço me puxa de volta e sinto seu corpo quente em minhas costas.
Ah, puta merda.
Ele quer jogar baixo se esfregando em mim, só pode.
- Podemos relembrar em vez de esquecer. - Respiro fundo e solto um suspiro.
- Não. - Tento dizer firme e saio daquele lugar.
Para minha sorte encontro o homem novamente perto da porta sem entender o que aconteceu mas ele me chama para ir em outro lugar e quando vejo David saindo por aquela porta não penso duas vezes em aceitar seu convite.
