| Livro 1 |
Recomendo a leitura dos livros da série em sequência.
Hayley Hunter vê sua vida mudar de cabeça pra baixo de um dia para o outro. Mas ela não desistiu, ela persistiu, do mesmo modo que fez a vida toda, porém agora junto com o pequeno Sam...
Eu posso estar tomando a melhor ou a pior decisão da minha vida, mas estou tentando me dar uma segunda chance de ser feliz com o único homem que amei.
Posso estar me iludindo, posso estar cometendo um erro. Mas vou tentar. Quer dizer, estamos tentando. Mesmo que lá na frente eu quebre a cara mas não vai ser por falta de tentativa. Não existirá o e se, e sim o eu tentei.
Iniciamos diferente, retornamos a estaca zero. Começamos como amigos, passamos um tempo junto, conversamos, nos situamos sobre a vida um do outro, as vezes só falamos várias merdas dividindo alguma bebida ou damos uma namorada no sofá depois de Sam dormir como dois malditos adolescentes.
Não passamos disso.
Se eu quero transar com ele? Puta merda, como eu quero, ainda mais agora que ele está ainda mais forte. Mas antes começamos pelo sexo pra depois ir pra conversa e deu no que deu, então se ele diz ter esperado por meses, o que é mais alguns dias não é mesmo.
- Hayley. - Lucca aponta na minha porta e como sempre não bate por que Fillipo avisa que estou sozinha.
- Diz chefe. - Implico e ele revira os olhos.
- Repassei o contrato dos Connor de volta pra você. - O desgraçado sorri com as mãos no bolso.
- Claro que repassou. Já cansou de bancar o cupido?
- Só quando estiver no altar. - Engasgo com minha própria saliva e começo a tocir loucamente ouvindo o idiota gargalhar.
- Que vontade de te matar, não faço isso pela Aurora. - O fito com raiva e sorriu. - Sabe, você me deve uma depois de todos essas traições.
- Não devo não.
- Ah, deve sim. - Digo em tom conspiratório ele engole em seco me fazendo segurar o riso. - Mas vejo isso depois.
- Você tem uma reunião daqui a pouco com David. - Murmura e sai de fininho da sala me fazendo rir.
Ele sabe que vou tramar algo pra ele ainda. Ninguém mandou me trancar em um elevador. Implicar com Lucca e ele comigo já faz parte do dia a dia. Se isso não acontecer alguma coisa de errado tem.
Fillipo entrou nessa de cupido também e até já tinha ajeitado minha agenda pra essa reunião a mando do chefe. Algumas horas mais tarde estou entrando no prédio que trabalhei por tanto tempo.
Algumas pessoas me olham mas nem me dou ao trabalho de me preocupar, apenas cumprimento aqueles que já me conheciam antes de tudo com um sorriso amigável e subo para o andar que conheço bem mas sigo para a sala do Connor mais novo.
- Como eu amo ver uma mulher no poder. - Murmura Olívia assim que me vê.
- Eu também amo. - Rimos.
- Veio falar com David? - Indaga.
- Reunião. - Reviro os olhos.
- E vocês, como estão?
- Indo, estamos conversando, passando um tempo junto, sabe, começando de novo. - Ela me fita com um sorrisinho no rosto.
- Gosto disso, vocês se amam mas precisam criar uma confiança novamente. - Afirma e converso com ela mais um pouco porém não vejo Ben, ele está em reunião.
Sigo para o lado oposto voltando para a sala do chefe gostosão revendo o caminho que conheço como ninguém.
- Olá. - Digo para a secretária tendo uma lembrança de tudo que vivi naquele ambiente.
Ela me pareceu amigável e também muito nova na casa dos vinte e dois ou um pouco a mais, morena dos cabelos cacheados e um sorriso lindo no rosto.
- Boa tarde. - Uma voz doce que acalma qualquer um.
- Tenho uma reunião no nome de Lucca Ricci.
- Ah sim, Hayley Hunter certo? Me comunicaram que viria em seu lugar. O senhor Connor está terminando uma reunião se puder aguardar.
- Sem problemas. - Me sento do lado oposto ao dela e fito meu e-mail de trabalho no celular. A moça que se chama Melani ainda me ofereceu café mas neguei, gostei dela, gostei mesmo.
Em poucos minutos a porta se abre e um loira sai conversando com David que está de costas pra mim então não me viu.
- Se precisar de mudar algo ou acrescentar é só nos comunicar. - Diz.
- Claro, foi um prazer David. - Ela sorri e apoia a mão em seu braço. - Poderia te chamar pra tomar um café? - Diz com malícia.
- Sinto muito estou em um relacionamento.
Caralho, meu dia chegou.
Minha eu interior deu cambalhota agora e gritou como louca na Times Square. Um pigarreio automática sai de mim e ganho sua atenção e um sorriso.
Puta homem gostoso, com uma calça negra e camisa clara com o primeiro botão aberto para o meu prazer. Ele me chama com o olhar e eu vou sorrindo ainda por cima.
- Oi amor. - Seu braço circula minha cintura e me puxa para perto. - Achei que veria o Lucca hoje.
- Voltei a cuidar dessa conta. - Digo apoiando meu braço em seus ombros.
- Gostei. - A loira fica meio perdida no lugar e vejo a secretária sorrir. - Melani, nos traga café e as pastas da Ricci & Hunter.
- Sim senhor. - A vejo levantar e se retirar.
- Ricci & Hunter? - A loira murmura e a olho. - Hayley não é? - Indaga e eu confirmo a fazendo sorrir. - Todos tem falado de vocês essas semanas. - Dou de ombros.
- Espero que bem. - Brinco e ela olha para nós dois.
- Desculpa por isso, não sabia que tinha alguém. - Diz envergonhada.
- Sem problemas. - Fala sem dar importância. - Precisando entre em contato.
- Claro. - Nos despedimos e sou puxada para sua sala.
Eu entendo a loira, ele é bonitão e até então publicamente solteiro, tentar não custa nada e ela respeitou quando ele disse que era compromissado.
- Não mudou nada. - Digo fitando cada canto da sala parando em frente a janela analisando a vista.
- Só a companhia da minha secretária.
- Melani parece ser ótima apesar de nova. - Mumuro e sinto seus braços circularem minha cintura.
- É sim, foi estagiária temporária por alguns meses e a contratei quando o tempo acabou.
Alguém bate na porta e nos separamos quando Melani entra com algumas pastas e nosso café.
- Deixa eu adivinhar, café descafeinado, acertei? - Mumuro pra secretária que sorri e assente. - Quando ele estiver naquele dia insuportável que sei que ele fica é só trazer um desses e antes dele perceber já voltou o bom humor. - Pisco pra ela.
- Obrigada pela dica. - Diz e sai sorrindo.
- Parece que ainda me conhece.
- Parece que sim. - Me sento a sua frente e o vejo todo poderoso em sua cadeira. - Bom, vamos ao trabalho.
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