- Deixa a garrafa. - Aviso. Vejo que o homem reluta mas faz o que peço.
Que grande merda.
Achei que seria uma viagem rápida a trabalho, nada de ruim deveria acontecer. E boom. Eles ressurgem das cinzas para me atacar e na frente de todos.
Por Deus.
Na frente do meu chefe. De pessoas importantes que estavam ali a negócios. Não sei de onde saiu tanta compaixão daqueles três homens que não deixaram o clima continuar estranho e nem fizeram piadas ou foram ignorantes comigo.
- Seu plano é ficar bêbada? - Escuto sua voz assim que sorvo uma dose da bebida âmbar a minha frente mas não me viro pois não quero ver seu olhar a me julgar.
- Provavelmente. - Murmuro.
O bar dessa hotel está muito movimentado, provavelmente por ser um lugar conhecido na cidade.
Quando entrei segui meu rumo sem olhar para os lados e espero que não me apareça mais nenhum conhecido por que minha cota já foi perdida.
- Isso não resolve os problemas.
Me viro para ele e encaro seus olhos azuis responderem uma pergunta não dita por mim. Ele está .. preocupado?
- Mas vamos combinar que isso ajuda - Aponto para a garrafa e viro outro gole.
Escuto os borburinhos aumentarem e pessoas cantarem alto a música que invade o lugar.
- Estou pela primeira vez em anos em outra cidade e sem meu filho que está em casa seguro e bem cuidado. - Viro outra dose. - Meu horário de trabalho já acabou, então se me der licença.
Digo sem olhar pra David e me levanto junto com a garrafa seguindo a voz das pessoas cantando em meio a dança e me junto a algumas mulheres animadas que creio serem amigas.
Não sei como mais metade do meu Bourbon já tinha se esvaido. Meu corpo já estava suado abraçado a outras mulheres ao meu lado que estavam do mesmo modo que eu.
- Ai meu Deus. - Uma das morenas grita assim que Party In The U.S.A. começa a tocar, não sei o que o povo tem nessa música, mas todo mundo curte. - Eu amo essa música.
Uma delas com a ajuda de alguém sobe no balcão do bar e puxa todas nós. Deus, você me colocou no meio de um filme? Se não for agradeço mesmo assim por que está muito divertido.
So I put my hands up
They're playing my song
And the butterflies fly away
Noddin' my head like yeah
Movin' my hips like yeah
I got my hands up,
They're playin my song
They know I'm gonna be okay
Yeah, it's a party in the USA
Yeah, it's a party in the USABalanço meus quadris com os delas, jogo meus cabelos e canto quase me esgoelando como se tivesse depois de anos novamente em uma das festas de fraternidade.
Não sei o que aconteceu e a maioria das pessoas do bar também estavam cantando como nós.
Deus o que está acontecendo aqui?
Entrei em High School Music e nem notei. Só falta começar uma dança sincronizada. Se isso acontecer eu saio correndo. Eu juro.
De longe vejo num canto que David ainda está aqui e rindo. Espera. Rindo? Ele está rindo de mim? Idiota mesmo. Mas tinha que ser idiota gostoso e ainda meu chefe. Que baita clichê eu fui me meter.
Desço com ajuda de um homem qualquer que lembro ter visto com uma das mulheres assim que me aproximei e caminhei pra ele que continuava rindo.
- Não sabe se divertir? - Questiono.
- Prefiro assistir.
- Chato pra caralho. - Não meço as palavras com um pouco de bebida no organismo.
Sua risada invade novamente meus ouvidos e me sento ao seu lado me sentindo cansada.
- Resolveu os problemas? - Bufo com sua pergunta.
- Vai continuar com isso?
- Sim.
- Ótimo. - Me levanto e quase vou ao chão e pago o maior mico ao tropeçar mas seus braços seguram meu corpo ao seu.
- A noite acabou. - Seu braço envolve minha cintura me levando para fora dalí e eu deixo.
Eu não estou bêbada, mas a angústia de tudo que aconteceu fez com que eu me permitisse expressar minhas frustações em meio aqueles desconhecidos.
Chegando no elevador saio de seus braços e me encosto no canto puxando meus cabelos para um coque bagunçado.
- Você consegue chegar no quarto?
- Não estou bêbada chefe. - Digo sarcástica e ele franze o cenho como se não acreditasse. - É sério, não fico bêbada tão fácil assim.
Seu olhar continua questionador então me aprumo e faço o quatro com as pernas e revezo entre os dois dedos indicadores os colocando na ponta do nariz.
- Talvez você não esteja bêbada mesmo. - Diz se aproximando em passos lentos. - Isso é bom.
Seu corpo encosta no meu e suas mãos pousam ao redor da minha cabeça. A tensão entre nós estava palpável no ar.
Seus olhos azuis agora mais escuros revezavam entre os meus ou em minha boca e meio segundo depois seus lábios quentes me invadiram. Suas mãos apertam minha cintura com mais força a cada investida que sua língua faz. Puxo seus cabelos negros mas o barulho do elevador parando nos faz repetir o mesmo ato.
Sua boca avermelhada entre aberta mais chamativa que nunca e suas pupilas dilatadas me chamam e ele me puxa pela mão em direção a porta do meu quarto e volta a atacar minha boca nos fazendo parecer dois loucos necessitados e imprudentes, o que talvez sejamos.
Não sei como a porta é aberta e com pressa nos desfazemos de nossas roupas sem trocarmos nenhum palavra sequer.
Meu inconsciente grita que isso é uma loucura, já meu corpo não consegue deixar de esquentar ao ver o seu nu trabalhado nos músculos e no membro potente.
Nossas línguas de chocam em uma dança erótica e nossas mãos exploram nossos corpos. Sinto meu corpo ser jogado em algo macio e sua boca sugar meu seio o mordiscando e aumentando meu tesão.
Puxo seus cabelos quando seu dedo me invade num vai e vem lento e possuída pelo tesão resmungo pedindo por mais até sentir meu prazer se aproximando. Suas mãos ágeis colocam a camisinha que tirou da carteira e seu pau grosso e suculento toma partido me fazendo entremecer.
Suas mãos seguram as minhas ao lado da minha cabeça e escuto seu gemido masculo e rouco em meu ouvido.
- Mais. - Lembro de pedir incessantemente gemendo e abrindo mais as pernas para obter maior contato.
Palavras desconexas saem de nossas bocas em meio aos movimentos que fazem meu corpo se derramar de prazer e gritar ao mesmo tempo que meu querido chefe.
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Querido Chefe - Série Poderosos e Irresistíveis 1
Romansa| Livro 1 | Recomendo a leitura dos livros da série em sequência. Hayley Hunter vê sua vida mudar de cabeça pra baixo de um dia para o outro. Mas ela não desistiu, ela persistiu, do mesmo modo que fez a vida toda, porém agora junto com o pequeno Sam...