Irritada.
Infelizmente essa palavra me define perfeitamente hoje.
O dia foi mais puxado que o normal, e os problemas resolveram se acumular pra estourar todos de uma vez. Preciso começar a fazer terapia ou acompanhamento com psicólogo pra conseguir manter minha mente sã em meio a tantas mudanças.
Bem pensado. Mas depois vejo isso.
Desço do carro com Jhon me ajudando a carregar as pastas pra dentro de cada. Odeio trazer trabalho extra pra cá. Mas tem momentos que não tem jeito.
- Deixa no escritório por favor Jhon. - Peço e ele assente seguindo para as escadas.
- Mamãe.
Sou recebido da melhor maneira com um abraço caloroso e sentindos o cheirinho do meu filho que é capaz fe me acalmar na mesma hora.
- Oi amor. - Me abaixo a sua frente pra ficar da sua altura. - Mamãe precisa resolver umas coisas e já desce, tudo bem? - Sua cara é de pura infelicidade. - É rapidinho, coloca um filme que quando eu descer fazemos algo juntos.
Peço Ana pra ficar com ele mais um pouco e ela sorri afirmando que ficará enquanto eu sigo para o escritório e pela próxima hora papelada toma conta da minha mesa.
- Mamãe. - Escuto me chamar baixinho e olho pra porta vendo só a cabeça dele pra dentro do lugar.
- Vem cá amor. - No mesmo instante ele corre me escalando e sentando no meu colo.
- Você demorou. - Diz emburrado.
- Desculpa, é que a mamãe está trabalhando.
- Você já trabalhou hoje. - Errado não está, e ainda por cima está defendendo seu ponto de vista.
- De vez em quando vou precisar trazer trabalho pra casa amor, lembra que a mamãe te contou que o trabalho novo é difícil e precisa de dedicação?
- Lembro. - Mumura mais calmo.
- As vezes .. - Não termino de falar pois sou interrompida pelo meu namorado.
- Então é aqui que estão se escondendo. - Exclama sorrindo pra nós e pelas roupas vejo que veio direto da empresa.
- Pa .. Dave. - Sam diz mas faça estático no lugar.
Dou uma olhada pra David que parece sair de um transe e engole em seco mas logo se recompõe sorrindo e abre os braços.
- Cadê meu abraço?
Samuel não pensa duas vezes e sair do meu colo e se jogar no homem que o puxa pro ar e o balança como sempre.
Duas crianças, já disse.
- E você? - Finge limpar uma lágrima. - Nem um beijinho recebo mais?
Rio da sua cara mas ele acaba com a distância me dando um rápido selinho.
- Eca. - Sam diz com cara de nojo ainda no colo de Dave.
- Isso ai, eca, nunca faça isso, seja pra sempre meu menino. - Faço drama.
- Eu sou mamãe.
- Deixa só ele crescer. - Bato em seu braço e ele cai na gargalhada. - Vamos sair?
- Não posso, tenho trabalho. - Murmuro chateada e aponto com o queixo a papelada.
- Por favor mamãe. - Pede juntando as mãozinhas.
- Eu te ajudo depois que voltarmos, vamos.
No final eu acabo aceitando e indo arrumar Sam pra depois me arrumar enquanto Dave ia em casa tomar um banho rápido como disse.
Desde que voltamos da pequena viagem a algumas semanas tudo está a mil maravilhas, literalmente.
Passamos muito tempo juntos e Samuel acha tudo o máximo e quando está na rua faz questão de pegar a mão de nós dois.
Deixei Sam já arrumado na minha cama enquanto me arrumo e ele vem me contando como foi seu dia como sempre faz, já é quase um ritual nosso.
Opto por um vestido soltinho azul escuro transpassado com babado na ponta e uma ajeita jeans curta com sandália de tirar por que meu pezinho necessita de descanso. Uma maquiagem leve com uma bolsa lateral e estou pronta.
A campainha toca assim que eu passo meu perfume e desço com uma criança mais do que animada já abrindo a porta.
- Família. - Benjamin quase grita.
- Tio Ben. - Ele pula no homem o abraçando.
Nunca vi alguém gostar tanto de abraço assim. Deve ser a veia italiana, só pode.
- Ele apareceu quando estava de saída. - Se explica me abraçando de lado.
- Não tem problema. - Ben se separa de Sam e me encara com um olhar perdido.
- Preços de colo gatinha, e Olívia está muito chata esses dias pra me ajudar.
- O que aconteceu Ben? - Pergunto pois ele não está tão alegre.
- Nada demais, só preciso de atenção. - Dá de ombros.
- Mais uma criança pra conta. - Murmuro indo o abraçar. - Se precisar de alguma coisa fala comigo tudo bem.
- Obrigado. - Agradece em um sussurro.
- Ok, já deu o abraço. - Escuto Dave reclamar e me separo de Ben rindo a tempo de ver sua carranca.
- Ciúmes irmão? - Ele encara o mais novo que está brincando com fogo.
- Vamos logo. - Termino antes mesmo de começar a implicância.
- Onde vamos Dave? - Sam pergunta curioso.
- Não me fale que em um restaurante dos que você gosta, hoje não, preciso espairecer. - Ele me olha com malícia. - Não desse jeito.
David ri com Benjamin e passa o braço em meu ombro.
- Vou levar vocês em um lugar legal.
●●●
- Atira mamãe, atira. - Samuel grita do meu lado pulando igual pipoca de tão empolgado.
Acerto três dos cinco tiros ao alvo e por pedido do Sam pego uma pelúcia em forma de roda.
Estamos em um parque de diversão, já comemos pipoca e algodão doce e agora estou com três crianças que disputam tudo e no final deixam meu menino ganhar e já o encheram dos brindes que ganharam.
Pensa numa criança feliz? Agora triplica. É o olhar que Sam está me mostrando agora.
- Vamos na roda gigante? - Dave sussurra no meu ouvido.
- O Sam.
- Ben vai ficar com ele. - Vejo meu pequeno nos ombros do tio segurando brinquedos e com um sorrisão.
Em pouco tempo de fila já estamos sentados e eu aconchegada em seu peito só aproveitando. Quando eu imaginei ver David Connor em um parque de diversão e ainda por cima numa roda gigante. Senhor, o mundo realmente da voltas.
- Você é linda. - Ele sussurra quando já estamos tendo uma maravilhosa vista.
- Está querendo o que em? - Brinco.
- Não posso nem elogiar minha mulher? - Questiona e eu levanto a cabeça para fita-lo e vejo seu sorriso brincalhão.
- Pode não, deve. - Ele gargalha jogando a cabeça pra trás.
Porra, eu amo esse homem.
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Querido Chefe - Série Poderosos e Irresistíveis 1
Romansa| Livro 1 | Recomendo a leitura dos livros da série em sequência. Hayley Hunter vê sua vida mudar de cabeça pra baixo de um dia para o outro. Mas ela não desistiu, ela persistiu, do mesmo modo que fez a vida toda, porém agora junto com o pequeno Sam...