Capítulo 01

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| H A Y L E Y   H U N T E R|

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| H A Y L E Y   H U N T E R|

- Mamãe, mamãe.

Acordo com braçinhos me rodiando e um pequeno corpo pulando sobre o meu. Nunca imaginei como seria o amor de mãe, mas olha, hoje eu entendo, faço o impossível para ver um sorriso no rosto do meu pequeno.

- Bom dia amor. - Ataco ele com vários beijinhos pelo rosto o fazendo soltar risinhos.

- Fome mamãe.

- Eu já vou Sam, vai acordar seu tio primeiro. - Ele abre um sorriso sapeca e sai correndo.

Meu pequeno Samuel Hunter tem apenas três aninhos, mas olha, me surpreende a cada dia. Para minha sorte ele saiu a minha cara, os nove meses valeram a pena. Com seus cabelinhos castanhos e olhinhos azuis mais vividos que o meu que encantam a todos inclusive a mim que sou a mãe mais babona desse mundo.

Ele com toda certeza é a melhor parte de mim.

Me levanto pronta para começar o dia, ainda é cedo mas tenho muita coisa para fazer. Tomo um rápido banho, visto a primeira blusa social que encontro e uma calça jeans alta com saltos médios. Meu emprego é em escritório mas não somos obrigadas a usar saia lápis nem nada do tipo, graças a Deus, mas ainda sim somos formais.

Na cozinha preparo ovos mexidos e o leite do meu pequeno, se deixar ele toma leite o dia todo, esse ai gosta.

- Bom dia.

- Bom dia Jacey. - Ele me dá um beijo no topo da cabeça e vai se sentar com Sam para tomarmos café da manhã.

Pelo menos essa refeição tentamos fazer juntos todos os dias para dar uma normalidade na vida do meu pequeno.

Jacey Turner é tio e padrinho de Sam, não, ele não é meu irmão ou nada do tipo mas sim irmão do verdadeiro pai do meu filho, mas não quero nem lembrar disso agora.

- Vai trabalhar a noite hoje? - Pergunto.

- Vou pra exposição.

Jacey é fotógrafo, no último mês está com mais uma exposição de suas fotos em uma galeria da cidade, então ele sempre passa por lá no dia que estão abertos mesmo já estando no fim.

Sabe o tipo de homem que chama a atenção por onde passa? É ele, muito bonito, com seus cabelos loiros que fazem qualquer uma babar, mas pra mim ele é só o Jacey, sabe, o amigo, o irmão, a família.

- Vai dormir em casa?

- Não sei. - Reponde rindo.

Sem contar que é o típico homem galinha, sempre está com uma diferente mas nunca aqui em casa, nossa regra é não trazer ninguém aqui a não ser que seja sério, já que tenho meu pequeno e não seria um grande exemplo cada hora uma pessoa diferente pela casa.

- Vamos mocinho, já para o banho. - Pego meu menino no colo e vou o arrumar.

Ele morre de preguiça pela manhã mesmo sempre aparecendo para me acordar, mas não se engane, faz isso somente pela fome por que depois a preguiça volta com tudo.

Dou banho, o troco e pego sua mochila. Sam frequenta uma escolhinha perto de casa, gostaria de deixá-lo ir para a escola mais tarde, porém, tenho trabalho, não amo de paixão meu trabalho e poderia estar em casa, mas não vai rolar.

O coloco na cadeirinha do carro e sigo as próximas quadras me despedindo com um beijão o fazendo passar vergonha. Palavras dele não minha.

- Tia Carol vai te buscar, tenha um bom dia amor. - Dou um último beijo e o vejo entrar com a professora. Sempre me da um aperto no coração só de pensar em como ele está crescendo rápido.

Nosso esquema do dia a dia sempre funciona muito bem. O deixo na escolinha onde ele fica até o horário de almoço, nossa babá, a Carol, o busca e passa o resto da tarde com ele até que eu ou o Jacey chegue.

Ela é um anjo. Mora no prédio ao lado do nosso e está na faculdade, os pais a bancam, sim, é bem filhinha de papai nesse quesito, mas na personalidade é totalmente diferente, muito simples e meu Sam ama sua companhia então já que ela gostaria de fazer alguma coisa pra ter um dinheiro que fosse dela e não dos pais ela aceitou ser babá dele durante a semana.

Minha vida se transformou com a chegada do meu filho, estava totalmente sozinha no mundo e faltando dois meses para terminar a faculdade quando descobri a gravidez.

Uma loucura.

A maior sorte que tive foi ter esbarrado com Jacey novamente, ele estava mudando de Boston para Nova York e como não poderia viver o resto da vida em república aceitei vir com ele.

Fui acolhida por Jacey e nos tornamos nossa própria família. No início aluguei um minúsculo apartamento que mal me cabia dentro, então antes de Sam chegar me mudei para o apartamento do meu amigo, que nos acolheu e com muito custo da minha parte hoje me deixa ajudar nas despesas, mas se fosse pelo seu ver, ele bancava tudo. Mal de ser rico.

Meses depois do nascimento de Sam acabei conseguindo um emprego de secretária graças a um grande conhecido da família dele e estou no mesmo lugar até hoje.

Trabalho em uma empresa de publicidade, mas na parte administrativa, sim, no temido RH, onde você sai muito feliz, muito triste ou muito irritado.

Sem contar que meu chefe é um mala, meu Deus, ele se acha o dono do negócio todo só por ter sua assinatura nas admissões e demissões, mas não passa de um funcionário qualquer como nós.

Apesar desse seu jeito nunca tive problemas com ele, sempre me comporto de forma profissional e ele também, apesar de já ter presenciado muito escândalo que a mulher do dito cujo fez na minha frente faço de conta que nem vejo.

Não é ruim trabalhar lá, mas tem dia que eu não suporto, nem eu me entendo, é demais para o meu cérebro que já tem muitas outras coisas para se pensar.

Querido Chefe - Série Poderosos e Irresistíveis 1Onde histórias criam vida. Descubra agora