| Livro 1 |
Recomendo a leitura dos livros da série em sequência.
Hayley Hunter vê sua vida mudar de cabeça pra baixo de um dia para o outro. Mas ela não desistiu, ela persistiu, do mesmo modo que fez a vida toda, porém agora junto com o pequeno Sam...
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| D A V I D C O N N O R |
Eu sempre me considerei o tipo de homem que ama sua própria liberdade. Meus pais se amaram profundamente durante toda a vida, até sete anos atrás quando por uma infelicidade do destino minha mãe ficou doente e faleceu.
Ali eu percebi que o amor te destrói. Amar alguém, deixar essa pessoa entrar por completo na sua vida, ser dependente do seu amor, acaba com você apartir do momento que essa pessoa se vai.
Isso aconteceu comigo.
Hayley foi embora.
Acho que nunca senti esse tipo de vazio dentro de mim. O que senti com a morte da minha mãe foi intenso e totalmente diferente desse tipo de perda.
Eu a amei, amei sua beleza, sua compaixão, seu jeito de sorrir, sua felicidade nas pequenas coisas, sua preocupação com seu filho acima de tudo. Amava idolatrar seu corpo, a desejava a todo instante desde a primeira vez que a vi dentro daquele elevador. E sua petulância e jeito de expor o que pensa acima de tudo me fascinou.
Mesmo com o medo alastrado a amei com todo o meu ser e nem acredito que tive coragem de falar isso pra ela. Jamais amei alguém como eu amo Hayley Hunter e muito tempo depois entendi que jamais feri ninguém como feri Hayley Hunter.
Sim. Eu errei. Fui um idiota, imaturo, um moleque. Não pude ver um rabo de saia dando mole e não ceder, querendo mostrar pra mim mesmo que eu não me tornaria um homem dependente do amor daquela mulher.
Mas quem eu queria enganar? Ela já me dominava completamente.
Até que ela se foi depois de uma briga estúpida em que ela finalmente falou sobre o pai de Samuel.
No primeiro mês me afundei. Não conseguia ver ninguém na minha frente sem gritar por não ter notícias dela ou do pequeno Samuel que é outro que me encantou de primeira.
Nos próximos três meses eu transei com metade da cidade ressentido por ter sido abandonado. Só queria saber de bebida ou sexo. Mas o problema é que a todo momento era o seu rosto que vinha em minha mente.
Era por ela que eu chorava mesmo estando puto de raiva por ela ter me deixado assim, sem mais nem menos.
Ou pelo menos era o que eu pensava. Até Olívia finalmente me falar umas verdades depois de me ver se afundar. Falou que eu errei com ela, que eu brinquei com seus sentimentos, que eu a magoei e fui o culpado dela ter ido embora.
Benjamin me avisou que ela estava indo na minha casa aquele dia. Eu estava bravo por ter brigado com ela e Claire apareceu, um pouco de bebida a mais e a levei pra minha casa.
A culpa foi minha. Todas as vezes a culpa foi minha. Não importa se tinha bebida no meio ou não, eu errei, eu fui o culpado de tudo.
Naquele momento entendi que ela foi embora por saber das minhas traições. Por eu ter negado viver com ela o romance que sempre idealizei. Por ter sido burro o suficiente pra não confiar somente no amor e meter os pés pelas mãos, bancando o macho fodão em vez do homem apaixonado.
A partir daquele dia passei a viver mais recluso. O trabalho me inundou, e fiz isso mas que tudo. Não saia, não me encontrava com outras mulheres, por que eu queria a minha mulher, não qualquer uma.
Ter visto ela depois de mais de um ano me fez entender que jamais deixarei de ama-lá. O que sinto por ela é aquele tipo de amor único que se tem uma vez na vida. Fui imbecil novamente tentando impor respostas a ela sendo que eu fui o errado.
E novamente tomei no rabo quando ela gritou pra Deus e o mundo ouvir o quão desgraçado eu era. Que eu sou uma decepção pra ela.
Mas eu não vou desistir. Eu sei o que quero. Sei o que eu quero a muito tempo, e a época de bancar o moleque já passou. Preciso ser o homem que ela precisa, a pessoa que estará apoiando a ela e Samuel acima de tudo e todos.
Vou te reconquistar Hayley Hunter.
Vou te provar que mereço uma segunda chance, e que não vou te decepcionar novamente.