| Livro 1 |
Recomendo a leitura dos livros da série em sequência.
Hayley Hunter vê sua vida mudar de cabeça pra baixo de um dia para o outro. Mas ela não desistiu, ela persistiu, do mesmo modo que fez a vida toda, porém agora junto com o pequeno Sam...
A vida é como uma montanha russa. Sei, esse é o tipo de frase bem clichê mas que hoje eu entendo bem. Tem momentos que você está feliz e realizada que é a mesma sensação que se tem quando está no topo e tem a oportunidade de ver a melhor vista de todas.
Os tons diferentes do céu, as pessoas pequenas aos seus pés, sente como se o mundo fosse pouco pra tudo que é capaz.
Mas a vida vem e te dá uma rasteira. A cadela da vida é uma vadia desalmada en alguns momentos.
Então um segundo muda o jogo. Em um momento está no topo e no outro em queda livre. Seus sentimentos se afundam e ao menos tempo temos que entender o que se passa.
Durante dois dias a companhia de Samuel e sua alegria sem saber nada que aconteceu foi meu refúgio para o misto de emoções que se emaranharam dentro de mim. Eu sempre disse que ele não tinha mais avós, mas quando ele crescer e puder entender eu vou explicar toda a situação e ele nunca falou sobre o pai por ter Jacey e saber que seu pai era seu irmão.
Como eu havia dito, meus pais não eram os mocinhos da história e o mesmo policial que questionou sobre mim foi o que apareceu na minha porta para falar que procuraram onde eu havia dito e realmente ligaram um dos suspeitos do acidente como um ex cliente dele, mas os assuntos errados que tinham naqueles computadores não entraram em lugar nenhum da história.
Logo depois do enterro em que eu mantive um semblante fingido no rosto a todo tempo e agi no automático descobri por um dos advogados que eram associados a ele na firma que na verdade eu nunca fui deserdada e nem testamento eles tinham. Dito isso toda a herança ficou pra mim. Irônico não?
Eu como boa maluca dei uma gargalhada histérica imaginando que tudo era uma pegadinha. Não podia ser verdade. Mas era.
A conta bancária, sua mansão, meu antigo apartamento, e até sua parte na firma eram minhas.
Jacey no dia seguinte trouxe o advogado que era de sua família pra me ajudar e ver que aquilo era real. Então coloquei tudo a venda. Não quero colocar os pés em nenhum desses lugares.
Os advogados da firma ficaram com a parte do sr. Hunter e em pouco mais de duas semanas os imóveis foram vendidos.
Com tudo isso Lucca tomou a frente e depois de passar pra ele os detalhes que eram de minha autoria ele mesmo resolveu tudo com os Connor que durante esse tempo não tenho visto, e admito que esperava ver David depois do velório onde o vi pela última vez. Inacreditável né. Sou realmente uma burra que depois de tudo ainda sente sua falta.
Porém o bendito Ricci voltou a me propor uma parceria. Não estão entendendo? Deixa eu explicar.
A meses atrás Lucca e Adam estão desenvolvendo uma filial da empresa Ricci em Nova York onde eles sempre vem a negócios.
A diferença é que me propuseram de me juntar a eles. Não como empregada mas como sócia, sendo Ricci & Hunter.
Como sempre não aceitei mexer no dinheiro de Samuel. Na minha cabeça isso é dele e não meu, então não tenho direito de tirar uma parte tão grande para investir nessa parceria dos sonhos.
Mas como o mundo da voltas agora eu teria capital para fazer isso e meu querido amigo me questionou dias depois.
- Você não tem nada a perder Hayley. Eu estou me mudando com a Aurora pra Nova York e viveremos aqui pelo menos nesse primeiro ano da filial e depois que eu voltasse pra casa você tomaria conta de tudo, se tornaria a CEO. Competência pra isso você tem e nesse ano aprenderia tudo. Hayley, sua casa, seu lar, sua família estão aqui. Amamos sua companhia na Itália, mas é na América que você fica feliz.
E realmente ele tinha razão em tudo isso. Aqui é meu lar, e senti falta de tudo isso a cada dia. Amei morar na Itália e ter tido a oportunidade de crescer pessoal e profissionalmente. Poder ter amigos que levarei pro resto da vida. Mas lá nunca foi nossa casa.
Não tenho nada a perder, somente a ganhar. O projeto dessa filial é sensacional e em pouco mais de um mês estará realizado. Então entrei de cabeça e sem medo.
Quero deixar uma herança ao meu filho quando eu partir. Mas além disso quero que ele tenha orgulho de ter uma mãe empreendedora. Orgulho do seu sobrenome como eu não tive do meu.
A parte ruim disso tudo era que agora, Jhon e sua esposa Ana que trabalhavam na casa dos meus pais desde que eu era pequena se tornaram desempregados.
Então lhes fiz uma proposta de trabalhar pra mim e pra Samuel. No meio disso tudo procurei um lugar para nós dois. Não poderia viver o resto da vida dividindo o apartamento com Jacey, por mais que o ame eu e meu filho temos nossa vida e ele a dele.
Como retornei de vez para Nova York e com o emprego novo, precisava de pessoas de confiança, e nada melhor do casal que conheço a vida toda para me ajudar nisso e um novo lar.
Nesse meio tempo encontrei uma casa. Realmente dinheiro facilita muitas coisas. Foi só dar uma margem alta e o corretor correu com meu pedido e uma casa do jeito que sonhei chegou no meu caminho.
Sala de jantar e estar com a típica lareira e uma grande cozinha com conceito aberto em mármore branco e mobília negra, quatro quartos sendo uma suíte master ocupando todo o último andar com um escritório separado, fora o da suíte outro banheiro completo no segundo andar e mais dois lavabos, um no térreo e outro no porão onde se encontra a lavanderia e a área do Samuel, um lugar específico pra ele ter seu espaço e quando crescer um lugar para receber os amigos e ficar a vontade.
Mais o que me encantou foi o pequeno quintal com deck no meio da cidade. Realmente, isso foi o a mais que o corretor encontrou e me satisfez.
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Em um rápido bate e volta na Itália com o jato dos Ricci busquei as poucas coisas importantes que eu tinha levado e a mãe Ricci me ajudou a separar mesmo lamentando ter perdido eu e seu filho para a América ao mesmo tempo.
- Nova vida filho, nova vida. - Sussurro vendo Sam deitado no meu colo depois de um mês cheio de mudanças.
Mesmo com toda a loucura das últimas semanas eu estou feliz, até mais feliz do que eu imaginava.
