7 family

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POV Sn



Estamos no aeroporto de Seul, são 7 horas da manhã e eu estou morrendo de sono, sem falar na Lisa ao meu lado. As meninas vieram com a gente, mas decidiram se despedir e ir embora, o Black Pink inteiro aqui causaria muito alvoroço e isso não é bom. Nosso vôo vai sair daqui à uma hora, Lisa está do meu lado mexendo no celular enquanto alguns seguranças ficam a nossa volta, perguntei se ela queria comer algo e ela negou, pedi licença indo comprar algo e quase deixei um salário comprando um lanche.
Voltei e lhe ofereci um chocolate, ela encarou e receosa pegou quebrando ao meio, sorri agradecendo por ela ter divido comigo, estendi o refrigerante, pedi desculpas por só ter um canudo, ela deu de ombros e bebeu sem ter nojo. Sua boca está tão chamativa hoje, tenho tanta vontade beijar ela, mas sei que não posso, não agora.

- Vôo 146 com destino ao Brasil, primeira chama, se encaminhe para a ala número 07 e embarque no avião. - escutamos o alto falante, nos levantamos e seguimos para fazer o check-in.

- Tudo bem? - pergunto quando entramos na ala 07, ela afirma e paramos para a revista de entrada, fomos liberadas e embarcamos.

- Vou ao banheiro. - diz, afirmo enquanto ela se levanta, Lisa volta meio sem jeito de pedir algo - Pode ficar na porta vigiando?

- Okay. - me levanto deixando minhas coisas na assento, para saber que tem gente já, caminhei com ela e a mesma entrou no banheiro fechado a porta - Droga!

- O que!? - pergunta assustada quando entro no banheiro, me viro de costas para ela segurando a porta - sai daqui!

- Shhh! - peço baixinho, ela obedece sentada no vaso, uma cena que faria qualquer um rir mas eu segurei - uma aeromoça ia brigar comigo por estar na porta.

- Não se vira. - pede e eu afirmo, escuto ela se ajeitar e em seguida lavar as mãos - aonde seca? - pergunta e eu me viro procurando algum papel descartável.

- Acabou? - pergunto confusa, suspiro procurando no meu bolso e encontro um lenço - eu não usei, tudo bem? - ela assente e eu seco suas mãos com cuidado.

- Obrigada. - agradece sorrindo fraco, retribuo sem jeito pelo banheiro ser bem apertado. Não sei em que momento foi, mas acabamos nos beijando dentro daquele cômodo super apertado para duas pessoas.

Senti suas mãos geladinhas em minha nuca e eu envolvi sua cintura com meus braços, o beijo não era romântico e sim urgente, como se precisássemos disso para sobreviver. Pedi passagem com a língua e ela deu, acariciei a sua e ela suspirou me apertando contra si, nunca vi ela assim e isso me deixou muito feliz.
Em meio aos beijos e mordidas na boca, começamos com mãos bobas e eu estava começando a ficar excitada, isso sim é um perigo para uma pessoa que esconde sua condição, fui parando o beijo com a respiração ofegante, abri meus olhos encarando seu rosto e sorri observando seus lábios avermelhados pelo beijo. Ela se ajeitou sem graça e simplesmente saiu sem falar nada, sorri me ajeitando e segui seu caminho até meu lugar.


Passei o caminho todo com uma blusa em cima da roupa social, meu membro latejava por atenção e eu não podia fazer nada, ainda mais com ela do meu lado, pensei várias coisas nojentas para broxar e aos poucos consegui.
Quando o vôo chegou depois de horas e horas, nós olhamos confusas para a saída, estavam fazendo duas filas, uma estrangeira e uma de brasileiros, olhei para Lisa que aparentava estar assustada, beijei sua testa murmurando que irá ficar tudo bem. Isso nunca aconteceu, porque agora? Chegou minha vez e eu fui liberada educadamente por ser brasileira, quando chegou nos estrangeiros, só faltaram ter agredido eles, trinquei o maxilar ao ver um homem negro ser tratado mal e em seguida chegou a vez da Lisa, fechei a mão em punho esperando e ela foi liberada por uma mulher com uma feição tediosa.
Lisa correu até mim e se agarrou em meu braço, vi o medo em seu rosto e acalmei ela com um sorriso, olhei para trás vendo aquilo ainda acontecendo, isso não vai ficar assim, não vai.

- É porque eu sou tailandesa? - pergunta ainda agarrada no meu braço, suspiro afirmando porque ela é estrangeira - eu não sabia que era assim.

- E não é, não sei o que aconteceu ali, mas não vai ficar assim! - digo séria e ela fica em silêncio, entramos no carro que estava nos esperando e o motorista guardou nossas malas - bairro Copacabana, número 2892.

- Sim senhora. - diz saindo com o carro, outro nos segue e sei que são os seguranças. Lisa abria um sorriso enorme a cada parte da cidade.

- Podemos ir ver o Cristo redentor? - pergunta eufórica, afirmo mas explico que precisamos ir para casa agora, ela assente ainda encarando as ruas. 


Depois de um tempo chegamos em casa, sorri saindo do carro junto com Lisa, a mansão que comprei para a minha mãe em frente à praia é perfeita, linda demais. Lisa tinha a boca aberta observando tudo a sua volta, ela deu pulinhos e fez uma gravação dela virada para a praia aonde tinha algumas pessoas.
Depois de alguns minutos ali entramos e os seguranças trouxeram as malas, me emocionei ao ver minha mãe chorando na porta, abracei ela com todo carinho do mundo, senti ela beijando meu ombro, meu rosto e meu pescoço, ela se separou e acaricio meu rosto com carinho, logo meu pai apareceu e foi a mesma emoção.

- Vocês estão enormes! - digo sorrindo ao ver meus irmãos, um de quinze e um de oito, abracei eles carinhosamente - como você está musculoso!

- Eu sei! - diz fazendo pose, rimos e eu apresentei Lisa para eles. Uma coisa que proporcionei depois que tive dinheiro, foi eles receberem aulas em inglês, o que eu agradeço muito agora por causa da Lisa.

- Como ela é linda! - mamãe elogia em inglês puxando Lisa para um abraço, a loira agradece toda sem graça e vejo o olho do meu irmão em cima de Lisa.

- Tira o olho se não eu quebro teu pau. - resmungo baixinho perto dele que ri pedindo desculpas, depois da recepção olhei o por do sol perfeito ao longe.

- Vamos entrar meus amores. - mamãe pede sorrindo abertamente, agradeci por eles estar falando tudo em inglês para facilitar as coisas.

- Isso aí continua pequeno? - meu irmão mais velho pergunta apertando meu membro por cima da bermuda, dou um soco no braço dele que ri alto.

- Do que estão falando? - mamãe pergunta curiosa, damos uma desculpa e em seguida suspiro - querem comer algo antes de irem descansar? A viagem deve ter sido cansativa.

- Sim! - falo agradecendo em seguida, ela sorri indo para a cozinha e todo mundo se senta, chamo Lisa e levo ela para o andar de cima.

- Aqui é tudo tão lindo! - elogia me fazendo sorrir, a puxo pela cintura e colo nossos corpos, beijo seus lábios apreciando enquanto posso.

Nos separamos e sem falar nada ela saiu, segui o caminho que ela nem sabia para onde estava indo, ri a puxando para o lado e mostrando o caminho certo, ela riu sem graça e apresentei a suíte ao lado do meu quarto, todos os quartos tinham suíte. Ela entrou e pulou em cima da cama, disse que conhece o luxo mas não sabia que o luxo poderia aumentar facilmente assim, ri com ela pulando na cama e logo depois vi as malas dela no canto. Sugeri que ela tomasse banho e em seguida pedi licença indo para meu quarto, suspirei cansada e fui para o banheiro, tomei meu banho tranquila e depois saí vestindo um pijama preto folgado no meu corpo.

- Aqui está o jantar! - mamãe fala colocando uma lasanha na mesa, sem falar na torta de frango e um escondidinho de carne com batata maravilhoso que tanto senti falta.

- Você vai amar. - digo servindo Lisa que chega com um pijama lilás claro cheio de bolinhas brancas, bem fofa, ela prendeu o cabelo em um coque mal feito a deixando linda.

- Obrigada. - agradece sorrindo, ela prova a lasanha e arregala os olhos, mamãe espera ela falar - a melhor coisa que já comi, céus!

- Que bom que gostou! - mamãe sorri feliz e comemos tudo, Lisa amou e chegou a repetir, eu e meu irmão mais velho competimos quem comia mais, já o mais novo tentava acompanhar arrancando risadas nossas. Chegou a hora da sobremesa e era arroz doce e pavê, papai que fez e Lisa voltou a elogiar se entupindo de comida o quanto podia.

A love difficult -Lisa/You (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora