Poesias acidas

46 6 3
                                        

Olá jogadores, boa leitura!

Segunda chegou e eu estava em meu lugar ao lado de Ana, depois de um imprevisto na primeira aula tinha chegado a aula de Literatura e ela falou para trabalharmos em um poema, o problema era que eu entendo nada disso não importa quantas aulas eu tenha!

-Mura, me escuta o poema pode ser algo curto não precisa ser elaborado!

-Você fala isso, mas quem faz ficar elaborado é você!

- Aff... Tá quer me ajudar com esse trabalho de fazer poema então fale um tema para mim e você faz o título.

- Um amor... Platônico

- Gostei, que tal o amor impossível? – Ela pisca sorrindo para mim e começa a escrever.

- Pode ser, se precisar pesquisar palavras só me diga. – apoio minha cabeça nos meu braços sobre a mesa.

Por esse trabalho ser algo para próxima semana não tivemos preocupação, as aulas passavam e eu a observava. Mordia a caneta quando não entendia algo estalava os dedos na troca de horário e parecia preocupada tanto com a preguiça do irmã quanto a minha. Eram coisas bem banais para uns, mas eu podia ver isso de perto.

Finalmente acabou a aula do dia então eu podia comer meus doces sem ser incomodado, passei pela quadra e vi a Ana andando pela quadra.

Ana//

Eu pensava nessa porcaria de poema da aula, por que logo amor impossível que eu tinha que escolher na verdade por que ELE tinha que escolher?

- Ok, ok.... O que tenho até agora? – Ando com a bola de basquete – 'Sou como o fogo, / perigoso estável em determinados ambientes e que pode destruir tudo a sua frente/ e ele como a água/ calmo seguindo um fluxo e quem os meus estresses apaga.'

- São os versos pro trabalho? – Fala alguém vindo da entrada.

- Mura... – Agora piorou de vez já não tinha ideias e ganho distração que é pior... – Sim, mas é difícil fazer sem pensar em Romeu e Julieta, me irrita essa história de Shakespeare...

- A tá que eu acredito... - Ele joga para mim um pacote de fini.

- Como assim... – Como uma fini – Azedinha brigada.

- Você falou no vídeo do desabafo dos inscritos sobre sua vida amorosa e você faz poemas e alguns românticos se não tiver ideia de como é o sentimento não da para fazer, pelo que eu saiba!

- Como diz Fernando Pessoa "O poeta é um fingidor/ Finge tão/completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente." Eu sou uma fingidora e posso fingir a dor e o amor que sinto em meus versos e mesmo que já tive um ou dois relacionamento que na verdade não era... – Me sento na bancada comendo meu doce e lendo meu caderno.

Ele senta do meu lado e me veio algo na mina cabeça.

- Por que ainda está aqui e com doce ácido?

- Então eu não estava afim de ir pra casa até fazer uma coisa! E a bala azeda é porquê você gosta tanto que decidi dar uma chance – Ele come uma do meu pacotinho e faz uma cara – Mas acho que meu gosto nunca vai mudar.

Rio de sua cara e escrevo outa coisa que tive de ideia. 'Sou do azedo e ele do açúcar/ como o conquistarei nessa luta?'

- Verso bem diferente!

- Brigada eu estou usando a ideia dos opostos ao invés de ser o mundo contra ele e o eu lírico.

Ele se inclina para ver melhor minhas anotações, mas eu fechei o caderno.

- Então qual é a coisa que você tinha que fazer antes de ir pra sua casa?

- É...

- Se eu não te conhecesse diria que está apaixonado... – Ele coloca um bolinho na boca desconfortável – Pera sério?

Ele não respondia e essa hipótese me dava medo não sei porque. Ficou um silencio desconfortável até que ele decidiu falar.

- Sim, mas digamos que o mundo dela é bem novo pra mim e conseguir me encaixar só para poder dizer isso...

- Aaa... Então esta como meu poema! – abro o caderno e começo a andar enquanto leio –'Sou como o fogo,/ perigoso estável em determinados ambientes e que pode destruir tudo a sua frente/ e ele como a água/ calmo seguindo um fluxo e quem os meus estresses apaga./ Não sei como começou/ mas não quero que acabe/ essa mistura de opostos que me fazem ver a verdade.../Sou do azedo e ele do açúcar/ como o conquistarei nessa luta?/ Há tantos mundos e bolhas para se aprisionar,/ mas tinha que ser logo a que comparado a minha não da nem para a nossa história começar'

- É quase, podemos ser diferentes, mas estamos sempre conversando.

- Então deve ter alguma chance... - Mais uma dor para a coleção... – Então por que não fala?

- Um amigo me deu um puxão de orelha porque ela é sensível e se eu a magoar por só ter sido admiração ao invés de amor.

- Entendi, mas tem que falar pra ela se não outra pessoa fica com ela!

Ele se levanta.

- Tem razão, bom você... Quer ir comigo andar? A escola vai acabar pensando coisas erradas sobre nós!

Concordei e começamos a andar aleatoriamente pelos arredores. Chegamos perto de minha casa e eu não estava afim de voltar para casa por causa da Carol.

- Você não vai? – Ele fala colocando a mão em meu ombro.

- Carol você sabe... a Aula de biologia de hoje.

- Se eu tiver algo que pode te fazer esquecer disso?

- Hipnose?

- Não, - Ele beija minha testa - sabe você é a pessoa... Vou nessa pode ficar o dia pensando na resp..

O interrompi abraçando-o e beijei sua bochecha.

- Acha que eu preciso pensar?

Ele sorri e olha para minha boca me fazendo ficar nervosa, apenas fechei meus olhos e recebo um sopro no rosto.

- Não farei isso se não se sentir pronta, por enquanto vamos digerir essa minha declaração desengonçada.

Ele começa a andar para direção de sua casa e eu me escondo para olha-lo indo embora e o vejo pular achei a coisa mais legal de meu dia.

FIM DE JOGO!

Luzes, Quadra, JoguemOnde histórias criam vida. Descubra agora