CAPÍTULO 37

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AFTER THE STORM


Dias depois.

MIRANDA ON

Mesmo com a minha negativa e insistência contrária, Andrea voltou a trabalhar hoje e como uma promessa feita a Celine, eu deixarei que minha noiva venha até mim, contar tudo que está passando no jornal. Não posso interferir nisso. Andrea terá total independência, mas não me impede de saber o que está acontecendo por outros métodos.

Quase 10 horas da noite, finalizo as minhas avaliações do livro e corro para casa. Pelo caminho, peço que Roy pegue o melhor ramalhete de rosas vermelhas na melhor floricultura. Passo na Glorius Food e compro alguns macarrons favoritos da minha noiva e das minhas filhas. Andrea me fez prometer que ao menos uma vez ao mês faríamos grandes gestos e hoje é a minha vez. Deixei o livro já avaliado para poder aproveitar a noite com ela. Pelo horário as gêmeas já estão dormindo. Corro para casa para surpreendê-la.

Entro pela porta e percebo a sua voz bem distante. Coloco a sacola de doces na mesa da sala de estar e vou de ponta de pé para surpreendê-la, mas espero, pois vejo-a de costas falando ao telefone.

Andrea- Lily, por favor. Eu não vou contar.

Minha noiva parece se divertir no diálogo com a amiga, dentro da biblioteca.

Andrea- Lily, é sério. Eu nem sei o que definir sobre o sexo.

O quê? Do outro lado da porta escuto chocada o tópico.

Andrea- Tá. Você quer a verdade? O sexo é ridículo.

Espera, ridículo?

Andrea- Ela não tem desenvoltura qualquer. É tudo forçado, não vejo nada de natural. O sexo é patético. Não saberia satisfazer uma mulher na cama nem se engolisse o livro indiano do sexo. Ela é patética, Lily. Precisa de muito fingimento, pode acreditar!

Meu coração se aperta. Todas as palavras de Andrea me machucam de uma forma quase insuportável.

Andrea- E o difícil é assistir ela achando que é o máximo na cama. Por favor!

Não aguento mais e volto para sala com o ramalhete. Me sento no sofá, ferida. Como Andrea pôde me ridicularizar dessa forma? Dividir as nossas intimidades com a amiga? Então todos os gemidos, todas as palavras...Era tudo fingimento? Um desgosto mesclado com raiva toma conta de mim. O ramalhete que está nas minhas mãos é a vítima. Estraçalho as flores em questão de segundos. Passo a mão no rosto e percebo minhas lágrimas.

Andrea- Miranda?

Me viro e a encaro. Não acredito que Andrea foi capaz de fazer isso comigo. Dizer a amiga que eu não a satisfaço na cama?

Andrea- Meu amor?

Se aproxima e eu dou um passo atrás.

Andrea- O que aconteceu?

Miranda- Não aconteceu nada.

Andrea- Como nada? Você está chorando e...Essas flores assassinadas?

Miranda- Elas eram ridículas, não acha?

Andrea- Nenhuma rosa é ridícula, Miranda.

Miranda- Interessante a forma que você avalia as coisas, não é mesmo?

Andrea- O que...

Ela tenta se aproximar mais, porém eu dou alguns passos para trás.

Andrea- Por que está se afastando?

After the StormOnde histórias criam vida. Descubra agora