Capítulo 60

5.7K 364 18
                                    

   Os últimos raios de sol iluminavam o horizonte, num espetáculo de cores absolutamente estonteante, eram tantos os tons de dourado e alaranjado do sol que se propagavam em todas as direções que nem vós consigo descrever correctamente toda a beleza que exalava no céu acizentado e alaranjado.
   Desde pequena que eu tenho um pequeno fascínio em observar o pôr do sol, talvez porque as cores que decoravam o céu, me faziam lembrar do meu cabelo ruivo escuro, com luzes douradas e brilhantes.

Para não mencionar que todo o cenário á minha volta me trazia uma paz indescritível, ultimamente a minha vida dava mais voltas que uma montanha russa, cheia de altos e baixos, para não mencionar que ultimamente era tudo oito ou oitenta, desde que Crawford entrara como uma tempestade negra e sem fim na minha vida, eu nunca mais consegui manter um auto controle em mim mesma, bem como em tudo o que   me envolvia a mim ou a ele.
  Passei de rapariga trabalhadora, tímida e calma, á mulher rebelde, fugitiva e bem um pouco conflituosa, e até agora o que ganhara eu com isso?...bem nada, para além de um coração em frangalhos.

  Por mais que eu tentasse aproximar me de Crawford, afim de tentar perceber o porquê de ele ser assim e reagir tão controlador nuns dias e frio como o gelo noutros, nunca conseguia obter respostas, o homem era teimoso e casmurro a um ponto insuportável e fora do comum, e claro sempre que eu tentava perceber o porquê de ele reagir assim, pumba..... Eis  que ele se fechava na sua bolha de gelo e arrogância que o mantinha afastado de tudo e de todos,  e bem eu era só mais uma que havia caído na sua labia.
Mas foi aí que algumas coisas não batiam certo.... em vez de ele me afastar e seguir para a próxima conquista como sempre fazia, não em vez disso ele manteve se perto de mim uns dias e afastava me noutros, e bem isso destruiu o meu mundo, um jogo perigoso  entre o gato e o rato, e aqui entre nós começo a desconfiar que o mundo dele também nunca mais foi o mesmo, desde o fatídico dia em que eu entornei o meu chocolate quente  acidentalmente em cima do mesmo.
E bem aqui estava eu sentada numa das muralhas de pedra que circulavam á volta do jardim onde me encontrava, pensado bem nas duas escolhas que eu tinha que fazer, tinha duas opções e nenhuma delas me agradava para dizer a verdade, a primeira escolha seria fazer as malas e partir para New York imediatamente, ou então no que diz respeito a segunda escolha, seria encontrar Crawford e perceber de uma vez por todas qual era o problema dele comigo, pois este nem me mantinha por perto, nem longe e uma coisa tenho a certeza, estar no meio das duas, qual corda bamba estava fora de questão, era demais para mim, bem como para qualquer comum mortal que tentasse manter a sua sanidade mental, pois Damon Crawford sabia como lixar o psicológico de uma pessoa.

Minutos depois e por fim a primeira estrela já brilhava bem lá no alto, dando assim as boas vindas á noite, o céu outrora alaranjado, agora apresentava tonalidades escuras e cinzentas, e algum tempo depois a lua redondinha espreitava timidamente por entre as nuvens cinzentas, o facto de ser lua cheia, deixava o cenário á minha volta ainda mais encantador.
  Senti a minha barriguinha emitir um pequeno ronronar, afinal eu não tinha comido nada depois da viagem de balão de ar quente, estava na hora de ir tomar um banho quentinho e procurar um local aconchegante para jantar.
Pensando melhor, eu iria fazer uma das  minhas últimas refeições, no conforto do meu quarto, sossegada e sem nenhum homem com as suas hormonas aos saltos.

    Um novo dia amanhecia lá fora, antes de me deitar ontem, eu fiz as minhas malas, bem para dizer a verdade, somente uma mala, as poucas roupas que tinha dentro desta eu havia comprado aqui em Itália, deixei apenas o meu pijama e mais uma muda de roupa, e a bolsa com os meus objetos pessoais em cima da cama, se tudo corresse bem, amanhã eu estaria a uns bons metros de altitude, num voo com destino para New York.
   Hoje eu tinha tirado o dia para mim, iria desfrutar dos pequenos prazeres de que o hotel dispunha, iria fazer uma boa massagem, e depois disfrutar dos tanques de relaxamento, para quem nunca usufruiu dos tanques de relaxamento, na minha modesta opinião deviao de o fazer, pois estes são ótimos, o som da água corrente que preenche o espaço á minha volta embala - nos numa doce melodia, os jatos de água que saem  dos tanques provocam uma pequena dança de bolhinhas á minha volta, contribuindo ainda mais para o tão desejado descanso do corpo e mente.
Estava a brincar com a água á minha volta, quando a tão conhecida voz rouca e imponente ecoa pelo espaço á minha volta, provocando me ao mesmo tempo um arrepio no meu corpo.....raios porque a voz de Crawford era sempre tão sexy.

- Ora ora... Se não é o meu pequeno Anjo! - Exclama Damon em tom provocador, para não mencionar o sorriso sacana, de molhar qualquer calcinha, que ele mantinha no rosto, ao mesmo tempo que despia o robe preto que trazia vestido.

Engoli em seco, estar dentro de um tanque cheio de água, só de biquíni, na presença de Crawford tinha tudo para dar errado, para não mencionar que ver Crawford despir o robe e ficar só de calção de banho, tinha mexido com a minha deusa interior, pois o corpo trabalhado de Damon, era uma visão e tanto, um pedaço de mau caminho, e eu estava a observa- lo bobamente....

- Hum.... está a gostar do que vê senhorita Aurora? - Questiona Damon com um ar brincalhão. Ufa ao menos não estava de mau humor.

- Você não é isso tudo que pensa, já vi melhores !

E pronto a carranca que este fez ao escutar a minha resposta, provocou me um ataque de riso.

- Não tem graça! - Resmunga Damon.
- Será que pode deixar de ser tão rabugento e ciumento. - Peço eu.
- Não!....Posso juntar me a si? - Pergunta Damon.
- Depende, podemos ter uma conversa civilizada uma vez na vida? - Digo eu, talves conseguisse arrancar lhe alguma informação.

- Para quê conversar, se podemos fazer tantas coisas bem mais interessantes! - Afirma Crawford ao mesmo tempo que a sua iris verde pisca na minha direção.
 
Antes que eu acabasse por cometer alguma locura, decidi sair de dentro do tanque e aproximei me um pouco mais de Crawford, que se matinha na beira do tanque de relaxamento, perto dos degraus do mesmo, observando cada um dos meus movimentos, com um olhar felino, olhei bem para ele antes de lhe responder.

- Faça as malas Crawford, vamos para New York amanhã, digo ao mesmo tempo que lhe dava as costas, num tom mandão, deixado o surpreso e chocado, pois havíamos trocado os papéis.

Oi oi meus amores....espero que gostem....
Obrigada pelas mais de 101 mil leituras....estou tão feliz...

Obrigada pelos votos.... opinião que é super importante para mim e acima de tudo obrigada por acompanhar em está história.
Beijos de Portugal
Votem e comentem muito 💞🙌😘🤭😍💋😈
Adoro vocês ....bejufas

Um Ceo na CozinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora