I need your forgiveness...| | second season

Capítulo 16

E realmente cheguei, como sempre. Dessa vez eu nem tava tão bêbada assim.

Tomei banho, escovei os dentes e tava pronta pra dormir mas me bateu uma sede do deserto.

Bebi água e deitei no sofá meio grogue. Essa vida ainda vai me matar um dia, e eu espero que esse dia chegue logo.

Tava olhando pro teto quando alguém passou pelo corredor chorando baixinho. Levantei a cabeça pra ver quem era e quase chorei junto ao ver que era Elisa.

— Elisa? — Ela me encarou assustada e limpou rápido as lágrimas.

— Billie... Hum... O quê você tá fazendo aqui? — Levantei do sofá já preocupada.

— Eu que pergunto, o quê você tá fazendo chorando? —

— Eu não tô chorando é que... Nada não é nada. —

— Eu não sou burra Elisa, o quê aconteceu? — Me aproximei dela e ela olhou pra baixo.

— Nada, problemas bobos. —

— Se fosse bobo você não estaria chorando. — Ergui seu queixo lhe obrigando a me olhar.

— Você sabe que eu choro por tudo não é? Então... —

— Então me conta o que é. —

— Prefiro não contar. —

— Caralho... Ok. — Ela se afastou sem graça pela aproximidade de alguns segundos atrás.

— Não quero que você se preocupe com isso. —

— Mas eu me preocupo poxa, você sabe que você ainda continua sendo minha prioridade aqui.

— Não sei não... — Pensei um pouco.

— Quer olhar as estrelas? — Ela pareceu curtir a ideia e assentiu.

Tábom que eram três da manhã e a gente tava saindo.

— É muito longe? — Elisa perguntou colocando o cinto.

— Nem tanto. —

Enquanto eu dirigia ela olhava pra janela pensativa, seus cabelos voavam um pouco mostrando quão linda ela sabia ser sem precisar de esforços algum.

E ela sabia muito bem como encantar qualquer um. A verdade é que ela sempre soube, só que agora tem convicção disso.

E me deixa feliz saber que ela hoje em dia é muito mais confiante do que aquela garotinha indefesa que eu conheci.

— Chegamos. — Ela ajeitou o moletom e olhou ao redor.

O lugar era um gramado aberto um pouco longe do centro da cidade e daquelas luzes que atrapalham da gente ver a beleza das estrelas.

— Que lindo! Você costuma vim aqui sempre? —

— Quando eu preciso descansar a mente, ou seja, sim venho sempre. — Ela sorriu de canto.

Me deitei na grama macia e olhei pra ela esperando que ela fizesse o mesmo. Um sorriso lindo nasceu nos seus lábios e ela se deitou do meu lado.