Capítulo 14

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O quê falar do poder que a Elisa tem sob mim? Não tem nem como explicar.

— Se ele disser que você precisar tomar injeção na bunda você toma e sem reclamar. — Ri alto

— Ata, vai acreditando que eu vou tomar injeção na bunda porque você quer.

— Porque eu quero não, pelo seu bem.

— E quem disse que eu quero meu bem?

— Dá pra perceber que você não quer porque você tá dirigindo e discutindo comigo.

— A gente morre brigando e chega no céu na base do tapa.

— Eu não sou assim violenta.

— Beleza, mas pode ser, pelo menos algumas horas... — Sorri de canto e prestei atenção no caminho.

— Acho que entendi porém acho que não. —

— Continua a mesma lerda burra que eu conheci. —

— Eu não sou lerda, eu só penso com calma.

— O que é bem diferente um do outro, não é mesmo?

— Ah cala a boca. —

...

— Cara chato do caralho. — Elisa bateu na minha boca quase quebrando meus cinco dentes da frente.

— A gente já aproveita que tá aqui e pega a reta do dentista porque você acabou de quebrar seis dentes meus. — Ela riu e eu me derreti inteira.

— Para de xingar aqui ok? É feio.

— Feio é a cara que ele fez pra mim quando viu o meu pulmão.

— Óbvio, quer fumar cinco vezes ao dia e tá com o pulmão limpinho e lindo?

— Quero. — Ela sorriu pra mim e negou.

— A gente passa na padaria e compra cinco reais de pão ok? Tô com fome hoje. —

— Na padaria do seu jura. — Entramos no carro.

— Vou fazer uma piada ok? — Ela já tava rindo antes mesmo de contar a piada.

— Piu. — Disse e ela riu alto parecendo uma gaita com uma flauta desafinada.

— Não, é assim, sabe porquê o padeiro nunca quebra promessas? —

— Porque ele bate a massa na mão? — Ela me olhou com o cenho franzido e uma cara de quem tava me achando com cara de tacho.

— Seu nível de pensamento é elevadíssimo. —

— Conta logo porra. — Ela riu.

— Porque o nome dele é seu jura. — Começou a rir desesperada enquanto eu ficava olhando pra ela igual uma monga.

— É... Vamos voltar lá e pedir
uma terapia. —

— Billie é engraçado. —

— Porra... — Soltei um risinho sem querer mas foi só pela sua risada.

A gente realmente passou pela padaria e Elisa não conseguia olhar pra o padeiro sem rir que ficava nos encarando como se fossemos loucas.

Entramos em casa e vimos a Zoe fumando. Elisa abanou o rosto e tossiu.

— Nossa... — Pegou um aromatizante e borrifou pela casa.

— Billie, eu vi... —

— Viu quem? —

— Vi a Hanna. — Elisa olhou pra mim.

— Caralho, é Lívia, é Hanna... Só falta aquele pau no cu do Gabriel.

I need your forgiveness...| | second seasonOnde histórias criam vida. Descubra agora