Capítulo 6

2K 192 179
                                    

4\5

Acordei fora de casa, em uma festa que eu fui ontem e acho que bebi demais.

Minha cabeça doi demais e eu tô até com dificuldade de dirigir. Entrei em casa tonta e enjoada.

Vi Elisa deitada no sofá escrevendo alguma coisa no caderno, aparentemente, uma atividade.

— Billie, você tá bem? — Botei a mão na cabeça e sentei no sofá desajeitada.

— Billie... — Ela deixou o caderno e sentou do meu lado.

— O quê você tá sentindo? —

— Tontura e enjôo. — Suas mãos foram até meu rosto.

— É... Não tá com febre. —

— Eu vou  fazer um chá que eu sei que presta. — Saiu rápido pra cozinha.

Fiquei com a cabeça encostada nas almofadas do sofá e com os olhos fechados esperando que aquela sensação passasse rápido.

Em uns vinte minutos Elisa veio até mim com um copo na mão e sentou do meu lado.

— Toma todo, ok? — Neguei.

— Não vou tomar isso nem morta. —

— Vai sim Billie e agora. —

— Não vou não, vai me
obrigar? —

— Se for preciso, sim. —

— Nossa, até parece né Elisa. —

— Billie, você vai tomar isso agora e eu não tô pedindo eu tô mandando. — Ela falou com tanta firmeza que eu fiquei lhe encarando por uns cinco minutos igual uma monga.

Peguei o copo da mão dela e bebi aquele líquido ruim.

— Saiba que eu não tô fazendo isso porque você mandou porque eu não sou assim, tô fazendo isso pra ficar melhor hoje porque eu tenho compromissos que exigem esforço. —

— Tanto faz, só bebe. — Quase vomitei de tão ruim que era.

— Pronto. — Entreguei a ela e cruzei os braços fazendo birra.

— Parece uma criança de cinco anos fazendo isso. —

— Abaixa aí sua blusa que eu te mostro que eu sou um bebê mesmo. — Ela tava de costas pra mim e virou na hora.

— O quê foi? — Questionei sorrindo maliciosa.

— Billie, você é patética. — Deixei de sorrir.

— Porra qual o teu problema comigo? Desde ontem você tá implicando. —

— Meu problema com você? Nenhum. Queria que eu te tratasse como? — Questionou enquanto lavava o copo.

— Como alguém normal e não assim como se eu fosse a pior pessoa do mundo. —

— Billie, posso ser sincera com você? — Assenti já esperando o pior. — No meu mundo, infelizmente, você é a pior pessoa. — Fiquei lhe encarando.

— Porra, eu não posso ter sido assim tão ruim contigo. —

— Ah não, só queria me matar por vingança a família. —

— Eu já te falei mil vezes que eu mudei e que eu fui
manipulada. —

— Não muda o que você fez e o quanto você me machucou. Eu não devia te contar mas eu vou só pra você saber o impacto do que você fez na minha vida... Bom, não só você mas a maioria das pessoas que me
rodeavam. —

I need your forgiveness...| | second seasonOnde histórias criam vida. Descubra agora