Capítulo 18

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Quando avistei Ricardo sentado em uma mesa um pouco no canto do espaço enorme que era aqui, meu coração errou as batidas.

Ele me viu e levantou me deixando mais nervosa do que eu já tava.

— Que bom que você veio... — Me olhou de cima a baixo como se estivesse me julgando, o que definitivamente estava.

— Nossa que roupa... Foi você que comprou?

— Foi sim, gostou?

— É... Eu acho que tá um pouco sensual demais...

Ele nunca perde isso. Ri baixo com sarcasmo e neguei.

— Você nunca muda. Eu sou de maior, Ricardo.

— Não muda que você sempre vai ser minha princesinha e que eu não consigo aceitar que você use essas roupas. — Ignorei o seu lado doentio.

— Bom, vamos sentar.

Sentei e ele pegou o cardápio.

— Vai querer o quê? —

— Nada. Eu não vim aqui pra jantar com você e pagar de papai e filhinha felizes e reunidos, eu vim aqui pra saber o que você quer tanto me falar a tantos meses.

Ele suspirou.

— Sim, você tem toda razão. Mas eu não queria que a gente ficasse assim filha...

— Primeiro, eu não sou sua filha, segundo, eu não vou melhorar com você lembrando de tudo o que você fez comigo e com a minha mãe. —

— Eu me arrependo. —

— Isso vai trazer ela de volta? Não vai e o assunto é isso? porque se for, eu vou embora. — Ia levantando mas ele me parou.

— Não... É que, ela demorou. —

Ela quem?

— Ela?

— É... — Ele levantou e uma mulher morena lhe beijou.

Eu fiquei em choque, paralisei.

Eu já tinha visto ela em algum lugar...

Ela olhou pra mim e eu me levantei, por educação, pra abraçar ela.

— Você deve ser Elisa, certo?

Assenti meio em transe ainda.

— Realmente amor, sua filha é muito linda. — Sentamos e eu ainda tava em choque.

Calma, se eu entendi tudo certinho com minha mente pequena, essa mulher é a namorada do Ricardo.

— Deixa eu me apresentar meu bem. Meu nome é Mariana, Mari pra você. —

— E você é?... —

— A futura esposa do seu papai.

Olhei pra Ricardo que olhou pra mim talvez com medo da minha reação.

— Felicidades ao casal mas era isso que você iria me contar?

Ele olhou pra ela que sorriu abertamente.

— Tem mais uma coisa.

— Filha, a Mari tá grávida. —

Fiquei paralisada por alguns instantes depois procurei a taça de agua e bebi.

— Você vai ter uma irmãzinha ou irmãozinho. — Passou a mão pela barriga.

— Mas eu não... — Ele me interrompeu.

— Já tem três meses. Falta seis meses pra nosso pequeno ou pequena nascer. —

Ela passou a mão pela barriga sorrindo e olhou pra Ricardo.

I need your forgiveness...| | second seasonOnde histórias criam vida. Descubra agora