Capítulo 45

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Acordei sem a Elisa do meu lado porque hoje ela trabalha, cedo. Pra quem não sabe ela trabalha com educação física.

Ela dá aula e tals... Pelo o que eu sei não tem idade específica, ela dá aula até pra bebê.

Tomei café e fiquei deitada. Sou a parte do relacionamento que não faz nada, só come e dorme.

Meu celular tocou mostrando seu contato. Ela sempre me liga quando pode.

- Oi amor, você pode por favor fazer um favor pra mim? - Ela perguntou ofegante e suada. Meu deus, cinco meses vendo essa mulher todo dia assim e nunca muda o efeito de tesão que eu sinto.

- Faço, fale.

- Dois na verdade. - Ela sorriu e bebeu água.

- Coloca meu notebook pra carregar e vê se no grupo que eu tô aí da escola não vão mandar nada, porque hoje a tarde eu tenho reunião ok? - Assenti e lavantei até o quarto.

Peguei o seu notebook e coloquei pra carregar em cima de uma mesa ao lado da cama.

- E o segundo? - Ela tava bebendo água enquanto me observava.

- Por favor, procura aquele vestido longo que é aberto na frente e atrás. - Pensei.

- Princesa, você tem muitos desse.

- Aquele que você gosta.

- Só piorou a situação.

- Aquele que... - Ela saiu da câmera e olhou pra ver se alguém vinha - A gente... Aquele dia no carro. - Ri e ergui as sobrancelhas com um sorriso maliciosa.

- Aí eu lembro. Ok ok.

- Era só isso.

- Vamos sex call?

- Billie, para... Eu tô no trabalho.

- O perigoso é mais gostoso.

- Billie, hoje eu tô ensinando crianças. Se uma delas entra aqui e vê isso, eu sou expulsa. - Ela ri.

- Crianças de que idade?

- Dez, onze, doze... - Estralei a língua no céu da boca.

- Nessa idade eu já metia até pincel na buceta. Eu já sabia tudo. Eles não vão nem ligar.

- Billie... - Elisa jogou a cabeça pra trás rindo e eu sorri toda boba - Você não presta. Mas não, quem sabe quando eu chegar...

- Aí que delícia! - Pulei animada e ela riu.

- Agora tenho que ir. Beijos.

- Te amo. - Ela sussurrou um "te amo mais" e encerrou a ligação.

Fui dar uma arrumada na casa porque a diarista vem hoje. Dei uma aspirada e lavei uns copos e uns pratos. Pra não deixar tudo pra ela.

O interfone tocou e o síndico avisou que tinha gente querendo entrar e eu liberei a entrada.

Quando a campanhia tocou eu atendi e me surpreendi a ver rosa e Jo.

- Meu deus, Jo quanto tempo. - Abracei ela.

- Billie, meu amor, você tá tão grandinha. Uma mocinha. - Sorri e ela passou as mãos enrugadas no meu rosto e sorriu com um brilho nos olhos.

- Eu senti muito sua falta. - Abracei ela novamente. Quando eu abraço ela, eu sinto algo materno.

O que eu devia sentir abraçando a Maggie. Proteção. Mas quando eu tô próximo dela, eu sinto totalmente o contrário, eu me sinto em perigo.

I need your forgiveness...| | second seasonOnde histórias criam vida. Descubra agora