Capítulo 47

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Nicolas POV

Cheguei ao Brasil um dia antes do previsto, peguei um táxi e parti para o meu apartamento, aonde eu sabia que Juliana estava. Minha ansiedade não me deixava quieto, peguei o celular umas três vezes querendo ligar para ela, avisar que eu estava chegando ou só ouvir sua voz, mais decidi por não fazer isso, queria chegar sem ela ter a mínima ideia de que eu estava indo.

O táxi parou em frente ao prédio, paguei a corrida e o motorista me ajudou a pegar a mala no bagageiro. Minha entrada foi liberada e logo eu já estava no elevador, com o coração acelerado e a felicidade transbordando. As portas de metal se abriram, eu saí arrastando minha mala e caminhei até a porta do apartamento. Peguei minha chave, coloquei no trinco e abri a porta. A casa estava silênciosa, eram sete e pouca da manhã, então logo que fechei a porta coloquei minha mochila e a mala em um canto da sala e fui em direção ao quarto, aonde Juliana provavelmente estava. Quando entrei, avistei ela deitada na cama de bruços, vestindo calça jeans, camiseta branca simples e descalça. Olhei para um canto específico do quarto e vi seu celular espatifado no chão, completamente quebrado, franzi o cenho. Caminhei até ela e mesmo assim sorri, sentei ao seu lado e passei a mão em seus cabelos desgrenhados, sentindo uma imensa vontade de chorar, de beijar, de abraçar, de fazer amor com Juliana. Ela se mexeu e virou o rosto em direção a mim, e eu vi as marcas de rímel em suas bochechas, o rosto vermelho e inchado, como se ela estivesse chorando a noite toda e em algum momento conseguiu pegar no sono. Fora isso? Será que eu fiz ou falei algo que ela não gostou? Sei que Juliana é um pouco temperamental, mais nada do que eu tenha dito nesses últimos dias poderia causar a ela esse tipo de reação.

Decidi deixá-la dormir, dei um beijo em sua bochecha, catei os restos do seu celular e fui tomar um banho para preparar algo para nois. Eu estava ligado no 360, morrendo de saudades, não ia conseguir dormir de jeito nenhum.

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Juliana POV

Eu acordei sentindo uma forte dor de cabeça, abri os olhos e o quarto ainda estava completamente escuro, presumi ser por conta da cortina corta luz. Levantei da cama e não reparei em nada, só fui apenas tirando a roupa enquanto caminhava até o banheiro, tomei um banho de trinta minutos, lavei meus cabelos e fiquei pensando em tudo que estava acontecendo, tudo que ia acontecer. Não consegui mais chorar, até tentei mais as lágrimas não saiam, não tinha mais o que sair, só sobrou a dor mesmo.

Enrolei meus cabelos em uma toalha e o meu corpo em outro, então saí do que quarto para ver se tinha algo na geladeira para comer. Assim que cheguei a sala, consegui ver o café da manhã posto em cima da bancada, um buquê de lírios ao lado da jarra de café e as costas de Nicolas, que estava virado para o fogão. Minha primeira reação foi recuar dois passos, mais sua voz me impediu de ir a diante.

- Bom dia, amor. - ele se virou e aquele sorriso...aquele sorriso me matou. Eu queria correr para abraça-lo, mais em vez disso, corri de volta para o quarto, fechei a porta e me tranquei lá dentro. - Juliana? O que houve? - ele bateu na porta, eu já estava jogada no chão, encostada na madeira gelada sem saber o que fazer, o que falar, então a vontade de chorar voltou e as lágrimas simplesmente estavam ali. - Juliana, pelo amor de Deus! Eu cheguei aqui, vi seu celular quebrado e você estava dormindo como se tivesse chorado a noite inteira. Abra a porta, olhe nos meus olhos e me conte o que está acontecendo.

Não! Eu não podia contar de forma alguma para ele o que estava acontecendo, não, não eu não podia, não podia e ponto.

Você pode, pensei.

Não posso.

Levantei do chão, enxuguei minhas lágrimas e reunindo coragem, respirei fundo e abri a porta. Não tive tempo de fazer nada além de abrir a boca quando seus lábios se juntaram aos meus, quando suas mãos arrancaram a toalha da minha cabeça e se enfiaram por dentro dos meus cabelos úmidos. Nosso beijo se iniciou cheio de saudade, nossas línguas lutaram por espaço na boca um do outro. Abracei Nicolas pelo pescoço e dei a volta na sua cintura com as minhas pernas. Senti minhas costas contra a parede fria do quarto e nosso beijo ficou ainda mais urgente, ainda mais quente, coloquei minhas duas mãos em sua nuca e puxei os pequenos cabelos da região com euforia, enfiei minha língua em sua boca e ele chupou com avidez, me fazendo gemer.

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora