Epílogo - Parte 2

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Nicolas POV

Seis anos depois e eu poderia dizer que sou o homem mais feliz do mundo.

Juliana e eu conseguimos realizar a maioria dos nossos sonhos juntos e hoje temos uma vida tranquila e feliz. Moramos hoje em dia em arraial do rabo, temos nosso próprio negócio e dois filhos lindos. Maria Luiza de seis anos e o Tomás de onze meses.

Cinco anos após o nascimento de Maria Luiza, recebemos a notícia inesperada da segunda gestação de Juliana. Ficamos assustados no início, minha mulher não queria ter a segunda gravidez de forma alguma, mais o Tom veio tão de surpresa quanto Malu e foi recebido com o mesmo amor, mesmo que não fosse "desejado".

Hoje em dia Juliana e eu sabemos que nossa vida não seria a mesma se não tivéssemos Malu e não seria a mesma se também não tivéssemos o Tomás.

Saío do Jeep e vejo Juliana lá na frente, bem perto do mar, tirando fotos de uma gestante enquanto nossos filhos estão ao lado, correndo sob a areia da praia.

Minha mulher é a coisa mais linda que eu já vira e tenho a oportunidade de ver todos os dias. Seus cabelos pegaram um tom mais claro por conta da exposição ao sol e sua pele que antes era branca adquiriu um tom dourado. Ela está usando um vestido branco cheio de fendas pelo corpo e está mais gostosa do que nunca.

Os anos fizeram bem para nois, apesar de vez ou outra Juliana se sentir velha, com certeza a idade trouxe um brilho diferente para ela, para nois dois. A idade chega para todo mundo, com certeza não parece que minha mulher tem trinta e nove anos, a maturidade é de trinta e nove, o corpo de vinte seis. Eu sou muito sortudo, né?

Me aproximo dela e das nossas crianças. Maria Luiza é a primeira a me ver e vem correndo com seus cabelos castanhos ao vento, eu abro meus braços e a recebo. Vejo que logo atrás Tom caí de bunda no chão ao tentar correr como a irmã, e eu dou risada da carinha de insatisfação que ele faz.

- Papai, mamãe disse que eu posso pegar conchas mais tarde na praia da nossa casa. - Malu grita. - Mais por que eu não posso pegar nessa? Não consigo entender.

- O mar aqui é bravo meu amor. - dou um beijinho em seu rosto, seus olhos azuis me estudam e ela revira os olhos. - Maria Luiza, quem te ensinou a revirar os olhos assim?

- O vovó Henry. - ela ri e eu bufo.

Caminho com Malu em meu colo e vou até Tom, que permanece sentado na areia, perdido em pensamentos enquanto encara o nada. Eu o puxo pelo braço e pego-o no colo também.

Juliana se vira para mim, a câmera que é sua maior aliada nas mãos e aquele sorriso lindo nos lábios.

- Vim buscar vocês para almoçar. - balbucio e ela assente com simplicidade.

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Eu, Juliana e as crianças almoçamos no restaurante da pousada em um clima maravilhoso. Comemos peixe assado, com purê de abóbora, arroz e farofa de tapioca, um dos pratos mais pedido pelos hóspedes. Assim que terminamos, Juliana tira tom da cadeirinha e o põe no colo, sua camisa é retirada do corpo e Juliana limpa sua boca com a mesma, tentando arrumar a bagunça que nosso menino fez.

- Acho que alguém está com soninho e sujinho. - Juliana murmura para ele, Tom continua encarando a mãe com aquele encanto que é predestinado só a ela. - Vamos para casa, vou colocar esse menino para dormir e catar conchas com Malu. - nossa filha tira a atenção de sua sobremesa de chocolate e chacoalha a cabeça em concordância.

- Quer que eu leve vocês?

- Não precisa, amor, vamos andando pela praia.

- Tudo bem.

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora