Amor Proibido (Concluída)

Capitulo 65

Juliana POV

O murro que Nicolas deu em Roberto poderia ser considerado um nocaute, mais meu futuro ex marido resistiu e apenas cabeleou para o lado com a boca coberta de sangue, se estivesse com algum dente quebrado não seria nenhuma surpresa. Gustavo se movimentou para ir atrás de Nicolas mais Carol não deixou e eu também não queria que ele interferisse, Nicolas e Roberto tinham uma questão que só poderia ser resolvida entre os dois, mais mesmo assim eu fiquei agoniada com a cena a minha frente. Assim que Roberto se recuperou Nicolas não deu tempo para ele e esmurrou seu lado esquerdo do rosto e depois o direito, o homem de meia idade caiu sentado no chão, não querendo admitir para si mesmo que não era páreo para Nicolas com seus trinta e dois anos e uma ótima forma física.

- VOCÊ ME ODEIA? - berrou Nicolas rindo com amargura. - Eu que tenho o direito de te odiar. Você tirou a alegria da minha mãe de viver, tirou minha alegria de criança e destruiu minha juventude com sua indiferença e os dez anos atrás tomou a minha oportunidade de ser feliz com uma mulher que eu amo. Agora você quer dizer que me odeia, seu filho da puta? Eu te odeio e só eu tenho esse direito, tá me ouvindo porra?

Roberto estava sentado no chão, com a cabeça baixa limpando o sangue que escorria sem parar de sua boca, Nicolas parecia transtornado e tinha todo o direito, mais eu percebi que não valia a pena perder o tempo com Roberto.

- Amor, embora embora, já chega. - me aproximei de Nicolas devagar, passei as mãos por sua cintura e beijei suas costas. Seu corpo tremia de raiva e sua respiração era forte e acelerada. - Não vale a pena, por favor, chega. - Roberto me encarou e eu vi a irá em seus olhos direcionados a mim. Um pouco tonto, ele forçou as mãos no chão e conseguiu se levantar.

- Eu realmente amei a sua mãe, Nicolas, amei muito mais ela me traiu e eu não perdoo traições no meu trabalho, que dirá da mulher que jurou no altar ser minha e só minha. Você deveria me agradecer por ter te registrado como meu filho e te dado o direito de ser herdeiro mesmo assim. - a voz de Roberto estava esganiçada, mais ele não parou por aí. - Você teve uma chance de me mostrar que eu tinha tomado uma decisão de te assumir como filho, mais não. Você se tornou tudo o que eu não queria, um jovem mimado, festeiro e foi a gota d'água quando decidiu fazer faculdade de turismo em vez de administração. Eu tentei, juro que tentei mais você não cooperou e o meu desgosto por você se transformou em ódio, eu tinha ódio de você e ele só avançou ainda mais quando aos poucos eu fui percebendo que você estava se enrolando com Juliana. Bárbara e eu nos esforçamos para vocês dois se darem bem, demorou mais quando se acertaram foi até demais. Eu queria fazer você sofrer, queria te tirar tudo que te fazer bem por que o ódio que eu sentia pela sua mãe se transferiu para você. A sua coisa mais preciosa era Juliana e eu a arranquei de você com o maior prazer, pode ficar com os meus restos, ela não serva mais para nada, nem mesmo para dar um filho a um homem, faça bom proveito. - Roberto ri e Nicolas tenta se aproximar mais eu o seguro com força. - Não me arrependo de nada do que eu fiz, faria de novo e ainda pior. Mataria você assim como matei sua mãe.

O corpo de Nicolas ficou tenso contra o meu ao ouvir como palavras de Roberto. Não consegui segura-lo, após alguns minutos de um silêncio tenso entre mim, Nicolas, Roberto, Gustavo e Carol não tivo tempo de fazer nada e nem tentei; Nicolas avançou para cima de Roberto e eu soltei uma exclamação de horror quando ele começou a espancar o homem.

Aconteceu muito rápido e eu não olhei direito.

Também não impedi Gustavo de ir até Nicolas quando Roberto já estaca desacordado no chão e completamente ensopado de sangue. A cena a minha frente era horrível, Nicolas estava desnorteado e gritava para que Gustavo o soltasse, para que ele pudesse matar Roberto de uma vez. Eu sentei em frente à porta da grande casa, coloquei as mãos na cabeça e cosmi a chorar. Senti os braços de Carol ao meu redor e chorei ainda mais.