Capitulo 54

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Nicolas POV

- Qual não foi minha surpresa ao saber que meu namorado foi atrás da vagabunda da ex dele enquanto a burra da atual passeava pelo Rio de Janeiro!? - Nina berra. - Por que você fez isso pelas minhas costas Nicolas?

Volto a apoiar a mão na lateral da cabeça e suspiro.

- Da pra você parar? Estamos na casa dos outros, isso é falta de respeito!

- Que se dane os outros. - grita, andando de um lado para o outro enquanto eu aguardo sentado na cama, cansado demais para ter forças e discutir. - Meu Deus, eu sou tão burra. Estou aqui, te apoiando nessa loucura e a única coisa que eu quero de você é sinceridade.

- Desculpa, mais eu não podia te dizer, você provavelmente iria querer vir atrás de mim.

- Com certeza! Não vou deixar aquela lá te roubar.

Juliana não precisaria fazer nada para me "roubar" de Nina, só o fato dela existir já era o suficiente para eu querer correr atrás dela. A ansiedade me pegou, por que eu realmente estava querendo correr atrás de Juliana. Queria matar meu pai também, quando digo matar é no sentido literal e eu passaria todos os dias da minha prisão perpétua em paz.

Eu ainda não sabia como estava me sentindo em relação ao matrimônio dos dois. Sinceramente era muito bizarro pensar em Juliana e Roberto juntos. Talvez ela tenha cedido a ele por carência? Por se sentir sozinha? Por ter visto nele alguém com quem pudesse contar? Fato era que eles nunca brigaram, nunca nem se desentenderam. Meu pai venerava Juliana e solto um sorriso irônico ao lembrar que eu sempre tive um pé atrás com ele em relação a ela e eu não estava nada além de certo.

Acordei da minha névoa de pensamentos e derrepente eu estava com raiva. Juliana era minha, de mais ninguém. Sempre foi e sempre vai ser, só isso que importa.

- O que foi? - Nina agora estava parado em frente a cama, com os braços cruzados e furiosa.

- Está pensando nela, não é? - riu. - Você é muito idiota mesmo. A mulher casou com o seu pai! Pelo amor de Deus, em que mundo você vive? Ela não quer te dar respostas, será que agente pode ir embora, viver nossa vida em paz e bem longe dessa mulher tóxica?

- Eu vou tomar um pouco de água. - levantei da cama impaciente, eu não gostava quando ela falava daquela forma de Juliana, por mais que estivesse um pouco certa.

- Vai lá, foge mesmo. - escutei sua voz assim que bati a porta.

Na cozinha encontrei Carol enxugando algumas louças. Pesquei um copo do armário e enchi de água no bebedouro.

- Eu não sei como você aguenta. - riu. - Ela grita demais, é insuportável.

- Ela está insegura, com ciúmes. - eu ri. - Não tem nem por que, eu estou com ela. - Carol enxugou as mãos no pato de prato e virou todo o corpo para me encarar. A sombrancelha arqueada em uma careta de desdém. - O que?

- Se colocar você e a Juliana sozinhos em um ambiente, é capaz de pegar fogo. - fiquei vermelho. - Eu sei que você gosta da doida lá em cima, mais a mulher que você ama é a Juliana.

Eu não neguei.

- É complicado.

- E eu sei que o homem que ela ama e nunca deixou de amar continua sendo você. - meu coração tomou permissão para acelerar. - Eu não devia te dizer isso mais...

- Fala. - tomei a água em dois goles e apoiei o copo na bancada.

- Já tem um tempo que eu venho reparando nisso, posso estar errada mais intuição feminina nunca falha...

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora