Amor Proibido (Concluída)

Capitulo 27

Juliana POV

Jogo o meu corpo para trás, encostando-me no volante. As mãos de Nicolas estão em minha cintura e nossas respirações ofegantes. De repente o ar do carro se torna pouco e me vejo puxando oxigênio com força até que consigo respirar com facilidade, assim como Nicolas.

- Nossa... - ele diz e me puxa para si, o abraço e beijo seus lábios quando ele faz um biquinho engraçado. - Tira as sandálias e vamos descer do carro, daqui a pouco termina o por do sol. - com o que ele diz, olho para trás e vejo que o sol está a caminho do mar, para fundir-se a ele. É tão lindo...tão lindo quanto o que assistimos em angra. - Sim, fizemos amor com o por do sol como testemunha. - Nicolas diz e volto a olha-lo dando risada.

- Ótimo. - subo o meu vestido e coloco cada alça de volta em seu lugar, saio do colo de Nicolas e sento novamente em meu lugar. Ele sobe as calças, fecha o zíper e o botão, eu arrumo meu vestido, cabelos e coloco de volta a jaqueta jeans, ah e também tiro os sapatos como Nicolas pediu. Ele faz o mesmo e logo saímos do carro. A praia está ocupada ainda por algumas pessoas e outras que estam preparando um lual, também vejo vários casais como nois espalhados pela areia. Mais nois somos um casal? Não sei, mesmo que não sejamos um casal, sinto que sou completamente de Nicolas. Eu o amo com todas as minhas forças e não me imagino com ninguém além dele. Cada dia esse sentimento cresce e eu me sinto mais louca, mais dependente dessa droga que se chama amor, por que o amor é uma droga, uma substância fatal quando se é descoberta em um relacionamento, estou viciada nas duas drogas. Nicolas e o amor que eu sinto por ele. Como se já não bastasse tem o golpe de sorte: a paixão. Que deixa a luxúria em um nível mais elevado que o normal, que faz todos os sentimentos arderem e nos deixa insanos e intensos no que estamos vivendo com a pessoa amada. Estou assustada com o quanto não consigo mais viver sem Nicolas, eu preciso dele mais que tudo e a opção de ter que ficar sem ele me asssusta, me assusta pra cacete. O amor que aos olhos de muitas pessoas é proibido, para nois, aconteceu, Já acontecia antes mesmo de sabermos. Como diz aquela situação da Clarice Lispector...

"Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser."

Já era amor antes de ser. Desde a primeira vez em que nos vimos, meu coração acelerou, algo naquela menina de treze anos mudou. Seguimos caminhos com outras pessoas, mais sempre estivemos ligados um ao outro, nessa conexão que pensávamos ser amizade, já era amor, era amor por isso não conseguíamos sentir nada por outras pessoas, eu já pertencia a ele e ele a mim, eramos um do outro, coisa de destino sabe? E não há nada mais poderoso (além de Deus) do que o destino, pode acontecer o que for, quando nascemos para ficar com uma pessoa, vamos ficar com ela independente de qualquer coisa. Nicolas e eu podemos passar por muitas dasafios, mais vamos ficar juntos no final das contas.

Eu sei que ele me ama, eu sinto isso. O jeito que ele me olha faz o meu sentimento entrar em colapso, sua reciprocidade está em seus atos, o jeito como me chama, a nossa intensidade e entrega na cama. Ele me ama tanto quanto eu o amo. Não estou mais disposta a esquecer esse sentimento ou guarda-lo dentro de mim, preciso viver, preciso me permitir ama-lo sem medo, eu preciso dele, preciso ouvir que me ama também.

Caminhamos em direção ao mar, mais paramos um pouco distante. Nicolas sentou na areia e me puxou para sentar entre as suas pernas, fiz de bom grado e me aconcheguei nele, senti seus labios em meu pescoço e fechei os olhos com um sorriso bobo. O por do Sol ja estava em seu finalzinho e a noite estava caindo aos poucos e ficamos ali, em silencio, curtindo um ao outro. Nicolas acariciando meus braços e beijando o meu pescoço distribuindo arrepios pelo meu corpo, e eu ali, como uma gata manhosa quase dormindo. Já estava escuro quando ele resolveu falar.

- Juliana... - ouvir meu nome em sua boca me arrepiou, por que seu tom estava diferente. Ele estava nervoso.

- Sim.