Capitulo 16

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Juliana POV

Me virei de um lado para o outro na cama, irritada e frustrada com o que estava acontecendo no quarto ao lado.

Nicolas chegou no auge das quatro da manhã após sua noitada na boate de Bruno e ainda trouxe uma vagabunda consigo para debaixo do nosso teto, bem ao lado do meu quarto. Queria que fosse como o dos meus pais que tinham isolamento acústico, por que eles sabiam que éramos da bagunça e queriam dormir em paz.

Me virei para o lado mais uma vez e fechei os olhos, um grito agudo me fez arregalar os olhos. Que escandalosa, tudo bem que eu também era, mais meus gemidos eram sensuais, os dela eram quase em desespero.

Sei o quanto Nicolas fode bem, mais essa vadia não tem controle.

Já chorei uma três vezes de raiva, de frustração e de inveja da cretina.

O silêncio depois do grito foi reconfortante, ela tinha tido um orgasmo e agora estava na névoa. Se essa puta acha que vai dormir na cama do meu Nicolas está muito enganada. Ele é meu. Já basta ter ouvido todo o sexo nojento deles, ainda ter que imagina-la dormindo com o meu homem é demais para mim.

Levantei-me da cama e vesti meu roupão, no escuro do meu quarto abri a porta e sai, respirei fundo e fui até a porta do quarto de Nicolas, girei a massaneta e ela estava aberta, então empurrei e a cena que vi me causou náusea e dor no coração, guardei os sentimentos e desviei o olhar dos dois que se beijavam com Nicolas entre as pernas da ruiva, sim, ruiva, ele nem gosta de ruiva. Olhei para as roupas da vagabunda, as catei então eles notaram finalmente minha presença, ela gritou e Nicolas me olhou sério, sem esboçar nada, estava tentando captar algo em mim, escondi mais forte a minha dor no coração e o meu despeito.

- Vá para a sua casa. - eu disse e joguei as roupas em cima dela.

- Quem é você? - a desgraçada ainda teve a audácia de perguntar em um tom superior, Nicolas saiu de cima dela e foi para o banheiro, ele me conhecia muito bem para saber que quando eu estava assim, ele não podia me contestar, as vezes fazia e eu soltava os cachorros.

- A dona da casa. Agora saía daqui antes que eu te arraste pelos cabelos. - ela arregalou os olhos para a minha fúria e rapidamente levantou e se vestiu, deixou um papel em cima do criado mudo e voou para fora do quarto. Andei até o criado mudo e peguei o papel, era um número de telefone, provavelmente o dela. Rasguei seu número e joguei na lixeira, então troquei os lençóis da cama de Nicolas.

Não sei para que merda eu estava fazendo aquilo. Meu coração estava acelerado mais a vadia ruiva não me incomodava tanto quanto Bruna, e pelo menos não era ela quem estava na cama do meu homem, que ela acha que pode ter.

Após arrumar sua cama, sentei-me nela e o esperei terminar seu banho. Cinco minutos depois ele saiu do banheiro com uma toalha na cintura e uma pequena que usava para enxugar o cabelos. Gostoso demais. As gotículas de água caíam sobre seu peitoral e barriga sarada, e seus olhos estavam em mim, me fitando intensamente.

Molhei a calcinha.

Mais a fúria tomou conta de mim novamente e levantei-me, fui em sua direção a lhe acertei um tapa na cara. Nicolas gemeu de dor e passou a mão no rosto, então me olhou e eu lhe acertei mais um tapa, dessa vez no outra lado do seu rosto.

- Seu merda. - vociferei e bati com as duas mãos em seu peitoral, Nicolas nem saiu do lugar e como uma louca ciumenta comecei a esbofetia-lo com raiva dele e de mim mesma por estar com ciúmes e ser uma covarde por não me permitir o que quero do fundo da minha alma viver com ele.

- Juliana, pare com isso. - ele agarrou meus pulsos e eu parei respirando fundo.

- Eu te odeio.

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora