Amor Proibido (Concluída)

Capitulo 34

Juliana POV

Passei o domingo inteiro com o meu pai, nem mesmo me lembrei da festa que iria a tarde, de um amigo em comum meu e de Nicolas. Meu pai e eu almoçamos juntos e assistimos uma porção de filmes de dança, que são os favoritos dele. Não consegui prestar atenção exatamente em todo o conteúdo que estava passando na televisão, pois minha mente estava o tempo todo em meu namorado, quer dizer, ex namorado. No que ele estava fazendo, se comeu, se saiu do quarto, se foi a festa ou não.

Amar uma pessoa é muito difícil!

Eu queria curtir o domingo com o meu pai cem por cento, mais não estava presente nem cinquenta por cento, ele percebeu, mais ignorou com louvor. Foi a noite que consegui me desligar um pouco e curtir o jantar que tivemos em uma pizzaria próxima a sua casa.

Dormi lá na noite de domingo para segunda, então de manhã bem cedo, me despedi de meu pai e peguei um táxi para voltar pro inferno, digo, casa.

Em trinta minutos o motorista estacionou em frente a mansão do terror, paguei a corrida e sai do automóvel.

Entrei em casa e tudo estava normal, avistei Janete colocando o café da manhã na mesa e assim que me viu sorriu com tristeza.

- Bom dia. - digo e me aproximo.

- Bom dia. - me encara. - Vou logo direto ao ponto. Nicolas não está nada bem.

O resto do meu coração se parte em mil pedaços. Ainda acho que não sou uma prioridade na vida de Nicolas, mais eu amo aquele garoto e quero ficar com ele, independente do que me disse, do que eu falei, de como me sinto em relação a nossa futura distância. Assim como pensei nele o dia todo, pensei em nossa relação: não estou preparada para ficar sem ele, me sinto tão apaixonada que esse sentimento me sufoca.

- Nois brigamos e eu terminei com ele. - falo e olho para a escada, verificando se ninguém está a descer. Olho de volta para Janete que revira os olhos.

- Ele não saiu do quarto para comer, na verdade não saiu do quarto hora nenhuma. - suspiro e passo as mãos nos cabelos.

- Ok. - pego um pedaço de melancia e jogo na boca. - Vou subir. - Janete assente e dou meia volta, subindo as escadas e indo em direção ao meu quarto, assim que chego a porta do mesmo, vejo Roberto sair de seu aposento no final do corredor, sem a minha mãe. Ele me analisa dos pés a cabeça e vejo um sorrisinho de canto brotar em seus lábios.

Ele me deixa desconfortável.

Abro a porta do meu quarto e entro antes que ele diga algo, e quase morro do coração quando vejo Nicolas deitado de bruços dormindo em minha cama, com uma camisola minha de encontro ao seu nariz.

Passo a chave na porta e me derreto com a imagem do homem que eu amo, em sua forma mais fofa.

Isso quer dizer que ele se arrepende do que disse.

Mais ainda continuo sentindo que não sou uma prioridade em sua vida e isso está acabando comigo. Mais o que eu quero que ele faça? Eu sempre estive ciente de que ele iria se mudar quando pegasse seu diploma, e a pouco tempo atrás eu o apoiei e decidi no mais profundo de mim tentar.

Eu não posso deixa-lo ir sem tentar, pois se eu fizer isso, tenho certeza que vou me arrepender pelo resto da vida.

Precisamos conversar.

Pelo visto nenhum de nois dois vamos a faculdade hoje, então vou até meu cleset e coloco um pijama branco de bolinhas vermelhas, um conjunto de short e blusa. Apago a luz do abajur que provavelmente ontem ele deixou ligada e me deito ao seu lado debaixo dos lençóis. Nicolas está de costas para mim, estendo minha mão e acaricio seus cabelos macios e brilhosos.