Capítulo 32

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Juliana POV

- Nicolas, para!

Repreendo-lhe mais uma vez e é o mesmo que nada, as vezes acho que Nicolas tem treze anos de idade, exatamente na época em que entrou na minha vida.

- Saudade de você. - diz fazendo manha, ainda com a cabeça enfiada na curva de meu pescoço.

- Isso tudo é falta de sexo?

- Sim.

- Então compre camisinha, por que sem ela não vamos fazer nada. - ele bufa e para de beijar meu pescoço.

- Não quero usar aquilo. - faz beicinho. Encaro meu namorado pelo reflexo do espelho e reviro os olhos, em seguida pego a última mexa de meu cabelo e enrolo no babyliss.

- Você está muito carente. - reviro os olhos. Término meu cabelo e passo os dedos entre os cachos para os desarmar, em seguida, pego o meu gloss e passo nos lábios, tudo isso sendo assistida pelo Nicolas.

Hoje é sábado. Nicolas e eu passamos a semana inteira compenetrados em nossa vida, em nossa faculdade e não tivemos muito tempo para ficar juntos, nossos horários não se batiam. Consecutivamente, nada de contato físico entre nois, o que despertou essa carência quase insuportável em meu namorado.

Eu quero sexo também.

Só que Nicolas parece que vai morrer a qualquer momento e, enquanto eu me arrumava fui quase devorada por ele algumas vezes.

Estamos indo ao Loretta, na lapa. Um bar muito conhecido daquela região, aonde toca samba ao vivo e vende o melhor chop do Rio de Janeiro. Minha amiga Carol está de paquera novo, e nos convidou para ir com eles a lapa. Lógico que eu aceitei, Nicolas não queria muito ir mais acabei o convencendo, sei que vou ficar cansada para ir ao aniversário do nosso amigo em comum amanhã, mas adoro ir ao Loretta e faz tempo que não vou. Geralmente iamos eu e Carol, Nicolas foi poucas vezes, minha amiga gostava de paquerar por lá e eu apenas queria dançar e tomar algumas. Muitas vezes tive que pegar um táxi sozinha e ir para casa, por que havia perdido Carol de vista.

Ter amiga pegadora dá nisso.

Na época também eu estava com Igor e sempre preferi ficar só com ele fixamente do que com vários homens casuais. Sei lá, não fico muito confortável com isso, mais nada contra quem gosta.

- Acabou? - pergunta Nicolas se afastando de mim quando termino de passar o gloss.

- Sim.

- Vamos?

- Vamos.

Saímos do banheiro, pego minha bolsa e Nicolas a sua carteira que está em cima do meu criado mudo, então saimos do meu quarto e andamos em direção as escadas.

No andar de baixo vejo apenas minha mãe sentada no sofá, que logo nos olha e revira os olhos.

- Vocês são baladeiros, hein? - implica. - Vão aonde dessa vez?

- Ao Loretta. - respondo me dando conta de que esqueci meu celular no quarto. - Nicolas, pode ir tirando a moto da garagem, eu vou buscar meu celular. - ele assente, minha mãe está nos analisando do mesmo modo crítico de sempre, porém permanece calada enquanto Nicolas vai em direção a cozinha para tirar a moto da garagem.

Dou meia volta e subo rapidamente as escadas da minha casa. Quando entro em meu quarto, avisto logo o meu celular em cima da cama, então o pego e assim que me viro novamente em direção a porta, vejo Roberto ali parado, olhando para mim com as duas mãos no bolso. Tomo um susto e levo a mão ao peito.

- Que susto. - suspiro.

- Desculpe, não queria te assustar. - sorri. - Você está muito linda.

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora