Capitulo 58

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Juliana POV

Eu não ia a um fazia dez anos, mais era impossível não reconhecer um motel. Nicolas e eu íamos com uma frequência razoável. Todos os meus momentos com ele, das brigas as reconciliações eram incríveis. Fez parte da nossa história, desde a primeira vez que sentimos atração um pelo o outro, quando nos vimos apaixonados um pelo o outro, tudo compôs nossa história. Eu não mudaria nada, nem mesmo esses dez anos que passamos longe: as vezes o destino nos prega peças que só vamos entender quando o futuro chega. Quero acreditar que possa ser isso, uma lição do destino.

Calada eu estava, calada eu fiquei enquanto Nicolas conversava sobre suas preferências com a atendente. Eu fiquei olhando para fora, para a noite estrelada e sentindo aos poucos a inquietude do desejo invadir meu corpo.

Eu não podia acreditar no que estava fazendo, porém eu também não daria para trás.

O carro voltou a se movimentar e eu suspirei, batendo o pé de encontro ao chão freneticamente. Nicolas estacionou o carro na garagem privada que dava acesso ao quarto e desligou o motor. Éramos praticamente dois estranhos em um motel.

Legal.

Como eu agiria?

Estava enferrujada demais, não faço ideia do que fazer se ele não me guiar.

- Essa é a parte que agente sai do carro. - ele disse em meio a risada, eu olhei para ele e revirei os olhos.

- Não vai abrir a porta para mim? Você era mais cavalheiro.

Nicolas riu ainda mais enquanto saia do carro, deu a volta e abriu a porta do passageiro para que eu saísse. Peguei minha bolsa e deixei o automóvel.

Nós não havíamos nos tocado, nem sequer rolou um beijo e talvez precisassemos disso para relaxar. Nicolas subiu as escadas em minha frente e eu logo atrás. O nervosismo congelando meu estômago, nervosismo e expectativa. Ele abriu a porta do quarto, entrou e me deu passagem.

Quem não sabe como é o quarto de um motel? Não, nada daqueles motéis de beira de estrada, com cama vermelha e lençóis de cetim da mesma cor, cortinas de estampas animais ou algo assim. Parecia como um quarto normal de hotel, cama quadrada com lençóis brancos, cortinas em um cinza claro, poltronas, uma mesa de vidro, criados mudos, televisão, frigobar e sofá. O diferencial do quarto eram suas paredes espelhadas, aonde eu virasse conseguia ver meu reflexo. E a coisa mais ousada no quarto era o mastro de poli dance discreto em um canto mais escuro.

Coloquei minha bolsa em cima de uma das poltronas escuras e deixei minhas sandálias em um canto do quarto, parei em frente a janela quando ouvi a porta se fechar e o barulho das chaves de encontro a mesa de vidro. Eu estava nervosa, mais sentindo-me completamente a vontade ao mesmo tempo.

Ouvi os passos calmos, porém firmes dele, joguei os cabelos para trás e cruzei os braços.

- Eu tinha tanta coisa para dizer durante o caminho até o shopping. - ele estava atrás de mim, bem perto. - Mais agora, percebi que não tenho nada a dizer.

- Não diga. - eu sussurrei.

Ao sentir suas mãos em meus braços fechei os olhos e suspirei. As palmas de suas mãos subiram em uma carícia suave e desceram da mesma forma. Aquecendo meu corpo, fazendo meu sangue bombear e circular com intensidade. O próximo passo de Nicolas foi por a cabeça entre a curva do meu pescoço e lamber minha pele sensível. Franzi o cenho e prendi o lábio inferior entre os dentes, meu corpo reconhecendo o seu de uma maneira poderosa. Eu soltei os braços, levei uma mão para trás e agarrei os cabelos da nuca de Nicolas enquanto sua língua trabalhava arduamente na pele do meu pescoço. As mãos que antes estavam nos meus braços, deslizaram para frente, tocaram minha barriga e começaram a deslizar para cima e para baixo, suavemente.

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora