Capitulo 51

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Nicolas POV

Eu nâo sabia como, nem quando cheguei a essa decisâo insana, sò sei que me vi pegando duas malas na pequena dispensa do apartamento que dividia com minha namorada e arrumei minhas coisas. E a única coisa que martelava em minha cabeça era: por que? Por que Juliana tinha feito uma coisa daquelas, comigo, consigo mesma. Como Nina havia dito e eu jà tinha aceitado que queria e precisava de respostas. Enquanto colocava minhas roupas na mala, Nina me encarava sentada na cama.

- Por que você não me disse?

- O que? - eu já sabia a resposta.

- Que decidiu ir atrás dela.

- Não estou indo atrás dela!

- Ah não?

- Não. 

Nina riu com irônia e se levantou da cama, em seguida saiu do quarto, quando pensei que iria ter um minuto de paz ela voltou com outra mala e a colocou ao lado das outras duas que estavam em cima da nossa cama.

- O que você está fazendo?

- Se ela pensa que vou te dar de bandeija está muito enganada.

Revirei os olhos. 

- Você é louca. - foi a primeira vez que ri em todos esses dias. Nina me olhou e deu um sorrisinho de canto. Parei de colocar minhas roupas na mala e a puxei para mim. - Você é especial, não sabe?

- Nicolas...

- Sério, me escuta. - passei a duas mãos de cima a baixo nos seus cabelos loiros e encarei seus olhos com profundidade. - Independente do que acontecer daqui para frente, nunca esqueça o quanto você é especial para mim.

- Isso parece uma despedida.

- Não é. - eu ri de novo e lhe dei um selinho casto. - Você é uma das mulheres mais incríveis que eu já conheci. Independente de todas as nossas brigas, que não foram poucas, não sei viver sem você.

- Sério? - seus olhos brilharam e ela me abraçou pela cintura . - Por que você não me ama de volta Nicolas? Meu Deus, é tão difícil saber que você não me ama, que você ama ela.

- Mais eu te amo. - afirmei e seus olhos brilharam ainda mais. - Diferente de como a amei e a amo, porém te amo também. É complicado Nina, tenta me entender, por favor.

- O que eu mais fiz e faço em todos esses oito anos juntos é te entender, Nicolas.

- Eu sei. - solto um suspiro cansado.

- Promete que não vai me abandonar para ficar com ela? - pediu e me apertou ainda mais contra seu corpo pequeno, sua cabeça batendo em meu queixo quando beijou meu peito nu e voltou a encarar meus olhos.

- Eu... - fiquei calado por um tempo. Minha intenção nunca foi largar Nina para reconquistar Juliana de alguma forma, mais por que a dúvida estava na minha cabeça? A ignorei e firmei minhas mãos no rosto de Nina. - Eu prometo. - ela sorriu e jogou o braços ao redor do meu pescoço antes de me beijar.

O que eu fiz?

Confusão me definiu naquele momento.

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Chegamos ao Brasil três dias depois que pedi minhas férias acumuladas no hotel assim como Nina e embarcamos para o Brasil. Meu coração deu um salto quando aterrissei e sai de mãos dadas do avião com minha namorada e coloquei os pés em solo brasileiro.

Dez anos não eram dez dias. Muita coisa aconteceu nesse tempo. Será que ela ainda sorria e seus olhos diminuíam com o gesto? Será que voltou a fumar? Será que estava mais magra ou mais cheinha? Nas fotos que vi nos sites de fofoca não deu para notar nenhuma mudança física tão aparente quanto seus cabelos escuros, os olhos ocos e a falta do sorriso lindo nos lábios.

Ela era uma bela mulher de trinta e dois anos, isso deu para perceber. Mais também percebi a ausência da luz que existia nela.

E aquela pessoinha na minha cabeça continuava a dizer que havia algo de errado em toda essa história.

Eu senti raiva de Juliana quando descobri sobre seu casamento com o infeliz do meu pai, porém esse sentimento suavizava a cada dia que passava e então eu comecei a sentir raiva de mim por não sentir mais raiva dela.

É brincadeira uma coisa dessas?

Assim que pegamos nossas malas, saímos pelo portão de embarque e consegui ver depois de alguns minutos procurando, Gustavo com um menino de três anos em seu colo e ao lado Carol, com um pequeno sorriso nós lábios. Ali estavam eles. Caminhamos até meu amigos e os cumprimentamos.

- Prazer em finalmente conhecê-la. - disse Gustavo após apertar a mão de Nina. Carol a analisou dos pés a cabeça e sorriu fraco.

Essa era amiga de Juliana mesmo.

Fomos para a casa de Carol e Gustavo, iríamos ficar por lá em nossa estadia no Rio de janeiro. Carol nos apresentou o quarto aonde ficaríamos e disse que o jantar sairia dali a alguns minutos.

- Você viu como a Carol olhou para mim? - Nina ponderou enquanto tirava suas roupas.

- Não vi nada demais.

- Por que os homens se fazem de trouxas? - rosnou. - Ela deve ter percebido o quanto eu sou mais bonita que Juliana. - eu ri e Nina se irritou. - Não sou?

- Me tire disso, por favor, minha cabeça está cheia.

- Diga que eu sou. - fez birra como uma criança.

- Você é. - ela sorriu e finalmente foi para o banheiro tomar seu banho.

Mulheres.

Eu admirava a forma como Nina estava me apoiando. Com certeza se fosse outra mulher não aceitaria de forma alguma que seu namorado, o homem que você ama, viajasse até o outro lado do mundo atrás de sua ex, atrás de respostas, ainda por cima nutrindo sentimentos pela dita cuja. Nina tinha defeitos, mais era uma boa pessoa.

Eu tinha que manter em mente todas as qualidades da minha namorada para não enlouquecer.

Eu só quero respostas, vim aqui atrás de respostas.

Mais como fazer meu coração se convencer disso?

.

- Como você está? - Gustavo perguntou assim que cheguei na sala e sentei-me ao seu lado. Nina fora até a cozinha ajudar Carol a colocar a mesa do jantar.

- Eu não sei, sinceramente não sei.

- O que você quer saber? - ele olha para Léo que está brincando no canto da cozinha em seguida volta a me encarar.

- Não entendi.

- O que você quer saber sobre ela?

Essa era uma pergunta intrigante. Para ser bem sincero eu não sabia nem por onde começar com minhas perguntas.

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Pra vocês que querem saber como está a Juliana, próximo capítulo!

Como vocês acham que ela está? Conversem comigo kkkkk





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