Capitulo 9

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Nicolas POV

- Que cara é essa? - Bruno colocou mais uma dose de uísque em meu copo.

- Eu briguei com a Juliana. - tomei todo o uísque de uma vez e pedi por mais, Bruno colocou mais uma dose.

- Por que? - olhei para ele. Por mais que Bruno fosse meu melhor amigo, eu não ia expor para ele o que aconteceu comigo e Juliana hoje pela manhã, era algo íntimo. Eu já tinha a desrespeitado hoje cedo, não ia fazer isso novamente.

- Eu...Eu disse algo ofensivo quando brigamos hoje de manhã.

- Você é um merda mesmo.

- Sim, eu sou!

- A Juliana é a pessoa que mais se importa com você no mundo inteiro, até ganha de mim. - ele pousou a garrafa de uísque em cima da pequena pia atrás do balcão e passou um pano com um produto no mármore ao meu lado.

- Eu amo aquela garota/mulher demias, Bruno. - ele ficou parado por alguns segundo me olhando, então me dei conta de que eu disse demais. - Afinal, ela é minha irmã e melhor amiga.

Seu suspiro de alívio foi notável.

- Peça desculpas.

- Não sei se ela vai aceitar...o que eu disse foi muito feio.

- Peça desculpas quantas vezes for necessário. Se você foi homem para dizer algo que a magoou, você tem que ser homem para pedir desculpas.

- Você está certo. - levantei o copo de uísque e bebi a dose inteira de uma vez.

.

Cheguei em casa por volta das onze e meia. Bebi quatro dozes de uísque, não é o suficiente para me derrubar, estou bem sóbrio.

Geralmente passo todos os dias na boate em que Bruno trabalha, a boate de seu pai a qual um dia com certeza ele vá herdar, nem sei por que está fazendo Turismo em vez de administração.

O pai de Bruno tem em torno de dez boates espalhadas pelo Brasil.

Entro em casa e vejo meu pai e Bárbara na sala de estar, ela lendo um livro e ele mexendo em seu notebook.

O casal prodijo.

- Isso são horas de chegar? - meu pai pergunta e me olha por cima de seus óculos de grau, Bárbara nem se mexe. - Você não almoçou em casa e nem chegou a tempo do jantar. Deixa eu te fazer uma pergunta; você foi para a faculdade hoje ou ficou na boate daquele seu amigo drogado bebendo igual um condenado...?

- Eu...

- Por que você é assim...fraco como a sua mãe. - meu sangue ferveu e fechei a mão em punho firme. - Diz pra mim; o que deu errado para você encher a cara e não aparecer em casa?

- Eu não enchi a cara. - foi tudo o que eu disse antes de me virar e subir as escadas.

Parei em frente a porta do meu quarto e respirei fundo. Eu preciso de Juliana. Me virei e sem bater abri a porta do seu quarto. Ela estava deitada cochilando, usando apenas um baby dool vermelho.

Linda e perfeita.

Fechei a porta atrás de mim e me despi até chegar ao pé da cama, dentei ao seu lado e agarrei seu corpo, me encaixando nela. Juliana estremeceu.

- O que você está fazendo aqui?

- Me perdoe, docinho, me perdoe por favor. - passei a mão em seu braço e beijei sua nuca. - Eu sou um pedaço de merda.

Ela ficou em silêncio.

- Fala alguma coisa, docinho.

- Doeu...suas palavras doeram, eu nunca imaginei que você fosse me tratar dessa forma.

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora