Capitulo 42

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Juliana POV

O dia começou estressante para mim, pois assumi a missão de fugir da minha mãe. Pelo menos tentei. Acordei às seis da manhã e tomei banho, me arrumei, comi algo na cozinha enquanto Janete preparava o café da manhã e quando estava na garagem para entrar no meu carro e partir para a faculdade, minha mãe apareceu do nada, como uma das pragas do Egito.

- Você acha que vai fugir de mim na minha própria casa?

- Bom dia pra você também. - ironizei. - Não estou fugindo.

- Está sim, eu te conheço, Juliana.

- O que você quer, mãe?

- Nada. Só dizer que estou aliviada por Nicolas finalmente ter ido embora seguir o sonho idiota dele. - sorriu triunfante ao dizer. - O romance de vocês não passou de uma aventura, graças a Deus, não vou ter que passar vergonha ao dizer a minhas amigas que você estava namorando seu irmão.

- Eu ainda estou namorando o Nicolas.

- Por pouco tempo. - ela passou uma das mãos pelos cabelos encaracolados e sorriu mais uma vez. - Olha, eu te entendo. Nicolas foi uma aventura, um perigo, teve a questão do proibido. Já fui da sua idade, sei como são essas coisas. Esse tipo de relação não é algo que nois levamos para frente, eu te perdoo.

- Por que você é tão sem noção? - irritei-me. - O que temos não é passageiro, não vamos terminar e...

- Eu dou dois meses para essa relação acabar. Quer apostar?

- Meu Deus, você é louca. - destravo as portas do meu carro e entro. Ligo o automóvel e saio da garagem com uma rapidez tremenda, deixando ali parada, minha mãe e todo o seu veneno.

Como eu queria que ela voltasse a ser o que era antes. Mais como podemos voltar a ser o que já não somos mais?

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Nicolas POV

Fui acordado às seis e meia da manhã pelo meu despertador. Levantei da cama me sentindo ainda um lixo, com as costas doendo e o corpo ainda mole pelas treze horas de vôo seguidos. Quando sai do quarto para ir tomar um banho, Nina saiu de dentro do banheiro enrolada em uma toalha rosa bebê, os cabelos loiros molhados. Nos esbarramos e eu quase a deixei cair, se eu não tivesse a puxado pela cintura.

- Um começo de dia meio desastrado. - ela disse rindo e eu a acompanhei. Soltei-a quando percebi que a estava segurando por mais tempo que o necessário. - Bom dia.

- Bom dia.

- Você tem quarenta minutos para se arrumar. - ela comentou, virando as costas em seguida e indo em direção ao seu quarto.

Fiquei parado sorrindo como um idiota. Teríamos uma boa amizade, gosto dela de graça e nòis nem mesmo tivemos vinte minutos de conversa.

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Nina dirigia ao meu lado com atenção, a música no carro era proporcionada pelo pendrive da minha colega de apartamento. Eram músicas internacionais e muito boas. Embalado nesse clima bom, todo o caminho não deixei de olhar pela janela, para as ruas de Vancouver e o tráfego de carros na pista.

Chegamos em trinta minutos.

O hotel era simplesmente magnífico. Ele tinha um estilo mais despojado, como minha tia. Doze andares com cinco quartos cada andar, área externa com piscina, bar, espreguiçadeiras, mesas, tinha restaurante e uma lojinha de artesanato. Todo o lugar era bem limpo e organizado. Conheci os meninos que eu iria trabalhar e me dei bem com todos, o meu inglês arrastado foi o suficiente para me comunicar polidamente com eles.

Amor Proibido (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora