Harry
Meu banho foi mais demorado do que eu estava planejando, e os poucos minutos se tornaram quase uma hora de baixo do chuveiro. Eu sabia muito bem que havia compromissos para cumprir, mas eu sinceramente não estava nem um pouco disposto a ir. Me sentia na verdade cansado, minha cabeça estava doendo e havia algo revirando meu estômago. E mesmo querendo me jogar em qualquer lugar e dormir, não podia. As responsabilidades não deixavam.
Me sentei em minha cama, com a toalha em volta de meu pescoço.
A minha noite havia sido agradável. Não, agradável não era a palavra que parecia expressar bem , o quanto eu gostei e gosto de passar meu tempo ao lado de, Rebecca. Me sentir distante e mal por algo que havia lhe causado, me trouxe grande insatisfação. As coisas não saíram exatamente como havia planejado desde que tudo ocorreu, mas não queria de forma alguma tratar ela de outra forma na qual ela não merecesse. Saber que ela não se sentiu importante, não me deixou feliz. Me fez na realidade notar que falhei miseravelmente em me trabalho, só me fez notar que, o que eu achava conhecer nela, era pouco. E eu estava tão empenhado, que agora pareceu pouco.
Era novo nisso tudo. Me sentia um fracasso. Ainda não acreditava que ousei pesquisar no Google formas de impressionar um garota. Me sentia um completo adolescente burro e idiota. As pedrinhas na janela não funcionaram, minha flor não pareceu ser tão importante, e quando eu pensava estar indo bem, fazia algo de errado. Ser romântico não era para mim. As vezes eu só queria deixar isso de lado, me perguntando se realmente valia a pena fugir tanto de minha zona natural de conforto. Mas sequer tinha tempo para pensar. A resposta era rápida, simples e direta. Valia. Valia muito a pena. E no fim das contas, após meus fracassos, eu sempre era sincero e dizia o que sentia, sendo eu mesmo.
Mas duvidava se era suficiente. Ser tão eu, não parecia bom. E eu queria ser bom pra ela.
Meu celular começou a tocar e eu logo estiquei meus braços sobre a cama, puxando o mesmo sem muita dificuldade para atender. Era Matt, e pelo visto ele havia sido um pouco mais eficiente e rápido do que eu esperava, já que em Nova York os horários de funcionamento da Floricultura eram um pouco mais livres, o que significava que ele normalmente estaria dormindo agora.
— Bom dia, Harry. Me pediu pra te ligar, o que esta acontecendo?
Ele foi direto, com a voz amarga parecendo de mal humor. Não julgava, eu também estava.
— Preciso que me mande aquele plano de negócios sobre a floricultura e que fale com a gráfica. Vou passar mais tarde para pegar os panfletos novos. — digo alto o suficiente, já que deixei o celular sobre a cama assim que caminhei até o guarda roupa.
Ele suspirou do outro lado.
— O plano de negócio ok, eu posso te mandar. Mas não me ligou pra fazer o trabalho de sua secretária, chamou?
— Se eu te pedi, é importante.
— São panfletos, Harry.
— Que eu pedi pra você ligar e resolver, acha que pode fazer isso?
— Podia estar dormindo a uma hora dessas. Poderia apenas ter me mandando uma mensagem que eu faria.
Apenas peguei minhas roupas, vestindo elas sem muita preocupação. Matteo as vezes falava demais. Muito. Ele ficou quieto. O seu silêncio me fez pensar que, por rebeldia, ele simplesmente desligou a chamada. Mas assim que pude escutar os chiados vindo do celular, percebi que ele ainda estava ali.
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As cores em você |H.S| 🦋
FanfictionHarry Styles é um florista mal humorado que vê o dia cinza todos os dias, LITERALMENTE. Com uma doença que o impede de ver as cores, algo maluco acontece quando sua mais nova funcionária com desastre escrito em sua testa, derruba um vaso em sua cabe...