As cores em você |H.S| 🦋

Capítulo 10

Harry

- Falei com alguns amigos, a notícia de que você está em Londres já está em alguns blogs e sites, divulgando a floricultura. As vendas vão crescer consideravelmente tendo em vista que os clientes terão um florista profissional! - Matteo estava sentado a minha frente com seu iPad em mãos. - Mas ainda não falei sobre o motivo de sua temporada aqui. Temos dois pedidos para casamento, mas uma das empresas cerimonialistas está relutante em relação a você!

- Aposto que é a do Hugo certo? - questionei.

Meus olho estavam fixos nos papéis em minha frente, checando os gráficos de despesas e vendas do último ano. Infelizmente o estado financeiro da floricultura estava horrível. Não conseguia acreditar que Anne não soube administrar a loja, isso não era típico dela. Os lucros estão abaixo da média e se continuar assim, nos próximos dois meses, infelizmente a loja estaria falida.

- O que ele disse dessa vez?- suspirei afastando a pasta.

- Que não iria trabalhar com você.

- Não podemos fazer nada em relação a isso. Vamos fechar negócio com o outro casamento e marque uma reunião com o responsável pela decoração! - me joguei para trás, fechando meus olhos. - Não dê importância a Hugo e nem a nenhum outro. Sem enrolação. Quer nosso serviço? Ok! Não quer? Decisões ruins não se discutem!

- Sabe que não podemos nos dar ao luxo de dispensar trabalho não é?

- Não disse para dispensar nenhum. - dou de ombros - Só não insista. Não perca seu tempo. Enquanto discute por um, pode estar dando atenção de menos a um novo trabalho.

Ele ficou quieto, já que Matteo sabia que eu estava certo. Tudo que eu menos preciso é de mais dor de cabeça, mais do que eu já sinto frequentemente. O tempo que já perdi em relação a Hugo, um de meus antigos sócios, só me trouxe ainda mais estresse. Me ver longe dele era tudo que eu necessitava nesse momento.

Suspirei arrumando minha postura, voltando a agarrar os papéis.

- E você? Falou com o Duque de Sussex? Tem se falado ultimamente?

Neguei com a cabeça.

- Ele é um príncipe, que assuntos teria comigo?

- Detesto quando mente! - Matteo resmunga - Vi no seu celular que conversou por cerca de trinta minutos com ele por chamada ontem, qual o assunto?

Erguendo a sobrancelha molhando meus lábios, me lembrando que deveria trocar a senha de meu celular, pela trigésima quinta vez.

- Você é meu secretário, precisa saber só o essencial.- disse erguendo meus olhos até ele.

Despreocupado ele olha para o relógio em seu pulso, afrouxando a gravata de seu pescoço logo depois. Se jogando de forma despreocupada na cadeira, de forma abusada Matteo colocando os pés em cima de minha mesa.

- Acabou de dar meu horário, sou nada mais que seu amigo agora. - ele sorri.

- Faça hora extra.

- Não aceito! - ele encolhe os ombros

- Então vá embora. - empurrei seus pés

- Também não.

Respiro fundo revirando meus olhos, decidindo simplesmente ignorar o ser a minha frente.

Agarrando uma das pastas pretas na mesa, passei a ler os contratos dos empregados. Precisava saber um pouco mais do que minha mãe se comprometeu a fazer a cada um deles, já que sem dinheiro, cumprir contratos não era uma das tarefas mais fáceis. Convênio com hospitais deveriam ser cortados, ou a porcentagem retirada do salário bruto seria muito maior, e o valor que receberiam no líquido será muito menor. A taxa de trinta porcento dos estudos sendo paga pela floricultura provavelmente iria ser cortado, mas com toda certeza Miguel e Mari eram beneficiados. Sr. Jorge fazia fisioterapia, Lorena paga a escola de sua irmã mais nova. Todos seriam afetados e não havia muito que eu pudesse fazer. Anne não tem um fundo de emergência, e tirar o dinheiro dela, pessoal, para investir na floricultura não era um dos meus planos.