Estava sentada no sofá de meu quarto, encolhida. Havia acabado de tomar um banho, na verdade foi a primeira coisa que fiz assim que Anne me trouxe para casa. Havíamos passado no hospital, ela insistiu para que eu fizesse uns exames rápidos, e a forma na qual ela parecia muito preocupada, fez com que com que me sentisse mal. Eu não queria ser a causadora de sua dor de cabeça, então fiz o que ela pediu, e não foi nem um pouco legal. Eu não gostava daquele lugar e já estava exausta demais. Quando sai de lá, me sentia mil vezes mais pesada. O banho serviu para relaxar e eu me sentia agora, um pouco mais segura em casa e mais leve.
Insistentemente ligava para o número de Renan, e não tirava o telefone do ouvido. Mas meu irmão não atendia de forma alguma. Chamava muitas vezes, o que significava que o aparelho não estava fora da cobertura. Isso era frustrante.
Queria realmente dizer pelo que passei, desabafar com ele me faria sentir mais segura e confortada, era o que eu fazia. Antes, quando eu me sentia assim, um pouco angustiada e até com medo, corria para contar para meu pai. Ele me ouvia. Não fazia muitas coisas já que, mesmo tentando as vezes, não era o tipo de pessoa conselheira. Mas em compensação, tinha um dos melhores abraços. Ele dizia que as coisas iriam ficar bem. E era essa frase que eu esperava ouvir, pois quando eu ouvia, acreditava e me sentia melhor. Renan também fazia isso, ele fez quando me sentia meio insegura de vir para Londres. Ele disse que as coisas iriam ficar bem, mesmo que ele não quisesse muito que eu viesse. E eu confiei nele.
Abracei uma pequena almofada que havia ali, assim que a chamada foi atendida.
— Oi, Willou. Desculpa a demora, é que eu estava na cozinha e seu irmão ainda esta trabalhando. — Alícia respondeu rápido, parecendo animada.
— A... Oi. Como você está?
— Muito bem. Na verdade, ótima. Estou indo frequentemente no medico e recebendo acompanhamento. Me sinto menos cansada de uns dias para cá. — ela desabafou, parecendo mexer no que pareciam ser panelas — Mas e você?
Eu podia sentir sua animação daqui, não iria estragar com um acontecimento tão ruim.
— Estou bem. Mas me diz, e o bebê?
— O médico disse que com quatro a cinco meses eu vou poder ver o sexo, o que ele disse ser ótimo, já que o bebê está crescendo rápido e saudável.
Sorri largamente.
— Sério? Eu fico tão feliz. — sou sincera — E já pensou em nomes?? Quais??
— Estamos pensando ainda. Renan quer Olivia, Missi, Ryan ou Dash. Eu não pensei que ele fosse bom nisso, mas ele esta bem animado e eu até que gostei das opções. — ela ri do outro lado — Ja eu confesso não estar ligando muito pra isso. Estou focada demais na minha saúde e de como o bebê está. Depois que nascer e estiver tudo bem, eu penso sobre o assunto.
— Que isso Alícia, você não pode focar totalmente nisso. Não se preocupe, as coisas vão dar certo. Tem que aproveitar o melhor da gravidez. Tudo. Inclusive, pedir coisas impossíveis para Renan no meio da madrugada. Faz ele ir no meio do mato, cozinhar pra você. Gostaria de ver meu irmão sofrer.
Ela solta outra gargalhada.
— Vamos, você deve ter alguma ideia para nome. Me diga, quais?— sou insistente.
— Bom, para ser sincera, estava conversando com seu irmão e ele me disse que você também sonha em ter uma família.
— Eu sou uma boba romântica.— brinquei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As cores em você |H.S| 🦋
FanfictionHarry Styles é um florista mal humorado que vê o dia cinza todos os dias, LITERALMENTE. Com uma doença que o impede de ver as cores, algo maluco acontece quando sua mais nova funcionária com desastre escrito em sua testa, derruba um vaso em sua cabe...