Capítulo 30: tortura

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P.O.V Renato Garcia 15:32 p.m.

House

3 semanas depois...

Já havia se passado 3 semanas desde a última vez em que nos vimos, e sim, a última vez em que nos vimos foi naquela merda de festa da universidade. Assim como aquele mês que se passou foi torturante pra mim, essas três semanas que se passaram, se superaram mais ainda, porque o fato te não ter-la visto... me deixou mais louco ainda.

Um mês atrás, sempre pela manhã, às 12h, eu tava lá do outro lado da rua, a esperando sair da universidade só pra vê-la mesmo de longe e sempre me pegava sorrindo pelas expressões dela, quando via alguma coisa ou quando os fudidos dos seus amigos a assustavam.

Descobrir dentro do coração podre que eu tenho, que eu a amo, a amo mesmo e o quê me levou a acreditar nisso é a sensação agonizante e torturante que existe dentro de mim causada pela falta absurda que ela me faz. Tivemos mais momentos de intrigas e brigas do que sorrisos e sempre que ela ficava feliz por alguma coisa que eu falava, no minuto seguinte eu conseguia estragar por ser um baita idiota.

O Léo e Roma romperam comigo, porque assim como a Jade sumiu da minha vida, sumiu da vida deles também e eles me culparam por isso, jogaram em cima de mim toda a culpa pelo sumiço dela e eu admito que foi, foi culpa minha sim... e tô pagando por isso, tô sobrevivendo dentro dessa casa há três semanas, a base de drogas e bebidas, que são as únicas que tem o dom de me acalmar diante dos meus pensamentos.

— Senhor? — Ouvir a voz da Josephine atrás de mim e nem liguei, continuei fumando e bebendo, enquanto estava sentado no sofá. — Eu fiz uma comida caseira muito boa, quer que eu lhe sirva? — Ela falou, e soltei a fumaça para cima.

— Não, come você.

Respondi, e ela parou de me encher. Fiquei ali, ainda usufruindo do meu velho hábito de lidar com as coisas e me sentia um covarde míseravel.

P.O.V Jade Rudson 18:21 p.m.

Era uma sexta-feira e felizmente a universidade havia entrado de férias. Fiquei pagando licença por três semanas, por não ter que pisar naquele lugar depois de tudo que aconteceu na última vez em que estive lá.

A falta que ele me fazia era maior que tudo que já sentir, todas as forças que existia dentro de mim, sumiram no mesmo instante em que decidir parar de me machucar por ele.

Minhas roupas já estavam em cima da cama, prontas pra serem colocadas nas malas, pra minha ida a NY e sim, eu optei por isso, ficar longe dele e de Los Angeles é o melhor a se fazer até conseguir apagar a imagem dele da minha mente.

Era 18h da noite e pela primeira vez depois de três semanas, tive ânimo pra sair de dentro de casa.

— Vai sair? — A Marie perguntou.

— Sim, vou tomar um sorvete... ou comer algo.

— Tá, sua passagem tá no escritório do seu pai.

— Claro. — Forcei um sorriso e saí da casa, indo pro meu carro.

— Aí, Jade. — O Harrell falou. — Vai se despedir dela? — Ri pelo nariz.

— Sim, vou dá a última volta nela.

— Prometo cuidar dela com a minha vida.

— Muito bem, você é pago pra isso. — Ele riu e saí de lá, indo pra algum lugar.

Nesse tempo todo eu falei com todos os meus amigos, a Louise não viajou com o David pra Nova York porque ele acabou o relacionamento, filho da puta, nunca gostou dela e sim só queria fazê-la mal. O Jason foi pra Miami com o irmão dele. O Nash viajou com os pais, o Edward foi pra Atlanta com os seus irmãos caçulas, pra casa do pai dele e amanhã irei pra Nova York. A irmã do meu pai, a tia Elena liga lá pra casa todo o santo dia, pra saber se eu vou ou não e meu pai sempre fala que sim.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora