Capítulo 60: Uma felicidade

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P.O.V Jade Rudson 14:23 p.m.+

O Ed forçou um sorriso e baixei a cabeça na mesa com as mãos sobre ela. Porra, Renato, como você é burro. Se bem que ele não deve ter percebido a jogada do Ed, mas eu entendi perfeitamente o joguinho dele.

— Posso almoçar aqui com vocês? — O Ed perguntou e o Renato me olhou.

— Não. — Fui grossa e ele arregalou os olhos. — Não pode não. O restaurante tá cheio de mesas vazias, escolhe uma e almoce sozinho. — O Ed me olhou sério, não gostando nenhum pouco do meu comportamento, porque simplesmente sabe o motivo.

— Tudo bem, com licença. — Ele saiu e o Renato me encarou.

— O quê foi?

— Vamos almoçar em outro lugar.

— Por que?

— Porque sim, vem. — Segurei na mão dele e o tirei de lá, entrando no seu carro e saímos indo comer em outro lugar.

— O quê foi? — Ele perguntou e respirei fundo.

— O Ed, ele jogou e você caiu no jogo dele.

— Como assim? — Rolei os olhos. Burro do caralho.

— Você falou o seu nome verdadeiro pra ele, Renato. Esqueceu que pro meu pai você é Miguel? — Ele me olhou tenso e pela primeira vez vi preocupação no seu olhar.

— Vou dá um jeito agora. — Ele pegou o celular e fez uma ligação. — Miguel? Quero que faça algo e precisa ser agora. — E passou uma marcha, comigo franzindo o cenho o olhando.— Fala com o Roma e dêem um jeito de pegarem o tal do Ed Donald que trabalha no banco central. — Arregalei os olhos e neguei.

— Não, Renato. — Falei, aprovada e ele nem deu preço.

— Não, ainda não será preciso apagar... bem, isso vai depender dele. — Passei a mão na cabeça em trânsi de medo, isso sim.

— Mais tarde eu passo no local, até lá. — Ele desligou e o olhei.

— Vai matar o Ed?

— Se ele não colaborar, com todo gosto.

— Não, Renato, você não pode fazer isso, meu pai pode descobrir e estamos ferrados.

— Se esse filho da puta do Ed ficar vivo, é aí onde estaremos ferrados.

— Se você matá-lo... meu pai vai pirar da bolota. O Ed é o melhor amigo dele, Renato, você não pode fazer isso. — Pedi quase chorando e ele me olhou sério.

— Primeiro vou conversar com ele, se ele dificultar, mandarei pro inferno sem pensar duas vezes.

— Eu vou junto. — Ele me olhou, incrédulo.

— Pra onde?

— Pra onde irão levar o Ed. — O vi relaxar os ombros. Por um momento achei que ele tinha pensado que eu queria ir pro inferno com o Ed. Oxe.

Ele me olhou e riu pelo nariz.

— Tá brincando, né?

— Não, eu não tô, eu vou pra ter a certeza plena que você não irá matar o Ed.

— Jade, não se envolva, isso não é coisa pra você. — Revirei os olhos.

— É sim, você tá querendo matar alguém que o meu pai sente um imenso afeto. Renato, se você matá-lo... as coisas só irão piorar, pode ter certeza. — Tava tentando fazer ele mudar de ideia, mas isso tá muito fora de cogitação.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora