Jade Rudson, 13:57 P.M.
Los Angeles - CA
— Você pode ficar calada por um tempo? ou melhor dizendo, pro resto da vida? Que saco! — O Renato explodiu na base do grito e respirei fundo, vendo ele sair de lá e fiquei calada na minha o tempo todo.
O olhava de vez em quando com rabo de olho e via sua concentração no volante.
Não sei porquê toda essa insistência em me fazer pagar pelo vidro do carro que eu quebrei, ele roubou todo o dinheiro do meu pai e ainda tá me obrigando a pagar o vidro? Isso é o cúmulo de tudo, esse filho da puta acha que é quem?
— Você não tem esse direito. — Quebrei o silêncio.
Ele me encarou, confuso.
— De quê?
— De me obrigar a pagar o vidro do seu carro.
— Ué, você não tinha o direito de quebrar, então é mais que justo, não?
— Você não tinha porque me encher o saco. — Rebati, rude.
— Mina mina, não começa com isso de novo. — Ele passou uma marcha e notei também a perfeição que seus braços fortes e tatuados tinham... ele é lindo demais tenho que admitir, mas ele é tão insuportável, que isso pouco transparece.
Virei meu rosto pro lado oposto da janela e olhei a hora no meu relógio, vendo 14h da tarde. Bufei alto já nervosa toda, porque tenho que estudar pra duas matérias e marquei com meus amigos de irmos a boate às 21h, mas acho que isso tá fora de cogitação.
Ele tava calado o tempo todo, não dizia nada e era como se o fato de eu está ali, tivesse o incomodando, bem em relação a isso eu não tenho culpa, porque se ele não tivesse me sequestrado e me mantido refém ontem... garanto que nada disso teria acontecido.
— Chegamos. — Ele parou o carro e notei uma oficina mecânica enorme, desci do carro e ajeitei os meus cabelos, que estavam assanhados e notei também, uma quantidade de homem que havia dentro do local.
Olhei pro Renato, que me olhava sério e desviei o olhar, envergonhada. Ele começou a andar e o seguir, indo até a oficina.
— Bora, Garcia, beleza? -— Um cara negro que tava usando um uniforme típico da oficina, cumprimentou o Renato que sorriu e notei mais uma vez como ele era lindo.
— Beleza, tenho um concerto básico ali na minha Ferrari. — Ele apontou pro carro.
— O vidro quebrou?
— É... — O Renato me olhou, com uma cara nada boa e segurei a risada.
— Claro, como é coisa rápida vou logo adiantar pra você. — O cara sorriu e bateu seu olho em mim, sorrindo de volta. — Muito bonita sua namorada, Garcia, tem muito bom gosto, com todo respeito. — Arregalei os olhos, enquanto o acompanhava com a visão e vi o Renato rindo ao balançar a cabeça.
— Tenho né. — Ele se gabou, rindo e rolei os olhos depois de ouvir isso, ele é um tremendo idiota não posso negar, nunca que eu namoraria com um... filho da puta, isso tá fora de cogitação eu sei disso, mas mesmo se isso tendesse a acontecer, eu tenho certeza plena que seria incapaz de gostar de alguém como ele e disso eu tenho certeza.
— Moça, fique a vontade. — Falou um dos caras, me mandando sentar e sorri pra ele.
— Obrigada, eu tô bem assim. — Continuei em pé e vi o Renato escorado no capô de um carro, conversando com outro cara.
Meu celular começou a tocar feito um louco e saí pra fora indo atender.
Era a Marie.
— Oi, Marie. — Passei a mão na cabeça já nervosa, tenho certeza plena que ela tá pirando da bolota, porque eu ainda não fui pra casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)
Fiksi PenggemarNunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar caramelo se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do descon...