Capítulo 04: Perigo.

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Jade Rudson, 13:57 P.M.

Los Angeles - CA

— Você pode ficar calada por um tempo? ou melhor dizendo, pro resto da vida? Que saco! — O Renato explodiu na base do grito e respirei fundo, vendo ele sair de lá e fiquei calada na minha o tempo todo.

O olhava de vez em quando com rabo de olho e via sua concentração no volante.

Não sei porquê toda essa insistência em me fazer pagar pelo vidro do carro que eu quebrei, ele roubou todo o dinheiro do meu pai e ainda tá me obrigando a pagar o vidro? Isso é o cúmulo de tudo, esse filho da puta acha que é quem?

— Você não tem esse direito. — Quebrei o silêncio.

Ele me encarou, confuso.

— De quê?

— De me obrigar a pagar o vidro do seu carro.

— Ué, você não tinha o direito de quebrar, então é mais que justo, não?

— Você não tinha porque me encher o saco. — Rebati, rude.

— Mina mina, não começa com isso de novo. — Ele passou uma marcha e notei também a perfeição que seus braços fortes e tatuados tinham... ele é lindo demais tenho que admitir, mas ele é tão insuportável, que isso pouco transparece.

Virei meu rosto pro lado oposto da janela e olhei a hora no meu relógio, vendo 14h da tarde. Bufei alto já nervosa toda, porque tenho que estudar pra duas matérias e marquei com meus amigos de irmos a boate às 21h, mas acho que isso tá fora de cogitação.

Ele tava calado o tempo todo, não dizia nada e era como se o fato de eu está ali, tivesse o incomodando, bem em relação a isso eu não tenho culpa, porque se ele não tivesse me sequestrado e me mantido refém ontem... garanto que nada disso teria acontecido.

— Chegamos. — Ele parou o carro e notei uma oficina mecânica enorme, desci do carro e ajeitei os meus cabelos, que estavam assanhados e notei também, uma quantidade de homem que havia dentro do local.

Olhei pro Renato, que me olhava sério e desviei o olhar, envergonhada. Ele começou a andar e o seguir, indo até a oficina.

— Bora, Garcia, beleza? -— Um cara negro que tava usando um uniforme típico da oficina, cumprimentou o Renato que sorriu e notei mais uma vez como ele era lindo.

— Beleza, tenho um concerto básico ali na minha Ferrari. — Ele apontou pro carro.

— O vidro quebrou?

— É... — O Renato me olhou, com uma cara nada boa e segurei a risada.

— Claro, como é coisa rápida vou logo adiantar pra você. — O cara sorriu e bateu seu olho em mim, sorrindo de volta. — Muito bonita sua namorada, Garcia, tem muito bom gosto, com todo respeito. — Arregalei os olhos, enquanto o acompanhava com a visão e vi o Renato rindo ao balançar a cabeça.

— Tenho né. — Ele se gabou, rindo e rolei os olhos depois de ouvir isso, ele é um tremendo idiota não posso negar, nunca que eu namoraria com um... filho da puta, isso tá fora de cogitação eu sei disso, mas mesmo se isso tendesse a acontecer, eu tenho certeza plena que seria incapaz de gostar de alguém como ele e disso eu tenho certeza.

— Moça, fique a vontade. — Falou um dos caras, me mandando sentar e sorri pra ele.

— Obrigada, eu tô bem assim. — Continuei em pé e vi o Renato escorado no capô de um carro, conversando com outro cara.

Meu celular começou a tocar feito um louco e saí pra fora indo atender.

Era a Marie.

— Oi, Marie. — Passei a mão na cabeça já nervosa, tenho certeza plena que ela tá pirando da bolota, porque eu ainda não fui pra casa.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora