Capítulo 45: Eu te amo, Jade

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P.O.V Renato Garcia 21:49 p.m+

New York - EUA

Já era 21h da noite e a ansiedade me dominava cada vez mais por não saber o quê fazer. Já havia pedido o meu jantar no quarto e já tava satisfeito. Mas chegou uma hora que eu não aguentei de modo algum e fui obrigado a sair do meu quarto, indo pro dela que era bem próximo ao meu.

Dei um jeito de abrir a porta com um grampo e tive acesso a parte interna. Era idêntico ao meu o quarto o dela. A luz do cômodo mais atrás, que era onde ficava o quarto com a cama se encontrava apagada. Notei em apenas um segundo que ela não estaria ali naquele momento... não faz mal, eu vou esperá-la aqui mesmo e se o arrombado vier junto melhor, matarei ele aqui mesmo.

Me sentir uma verdadeira criança sem rédeas, que tomou a liberdade de mexer nas coisas dos outros sem permissão, mas o fato de ter ficado tanto tempo longe dela me obrigou a cheirar uma regata branca, que se encontrava numa poltrona perto da janela. O cheiro que ela possuía era um aroma indescritível de ser explicado, não foi a toa que eu fiquei louco por ela.

Fiquei mais alguns minutos ali olhando em volta no quarto dela e decidir deitar na cama pra esperar, porque uma hora ou outra ela vai voltar, então, ficar ali seria uma ótima ideia.

Meu celular logo tocou e vi que era o Roma, nem atendi, porque já sabia que ele ia começar um interrogatório do caralho a quatro e não tava com paciência. Mas quando ouvir o barulho da porta ser aberta o meu coração acelerou como nunca havia acelerado antes.

Ouvi vozes no cômodo anterior e respirei fundo, ficando calmo.

A voz dela se aproximou do cômodo do quarto e quando ela ascendeu a luz, tive a melhor visão da minha vida. Ela travou no lugar que se encontrava e assim como eu sabia bem a expressão dela era tão chocante quanto a minha.

— Renato? — Ela gaguejou me olhando sem parar e minhas pernas tremeram.

— Oi. — Me levantei e fui até ela que tava paralisada no mesmo lugar.

Senti o cheiro de nervosismo dela e percebi o quão linda ela estava com aquela camisa rosa... que lembrando bem, ela a usava no dia que quebrou o vidro do meu carro.

— O quê você tá fazendo aqui? — Ela perguntou, nervosa e respirei fundo, perturbado, pois o olhar duro dela sobre mim tava me ferindo.

— Eu disse que precisava te ver. — Ela engoliu em seco, me olhando nos olhos fixamente e negou.

— Não, não, não... isso, isso tá muito errado, porque você tá aqui? — Ela perguntou, com os olhos marejados e com uma expressão triste.

— Pra me redimir com você... Eu preciso muito falar com você. — Respondi mais nervoso do que quando cheguei e ela ficou séria, me encarando nos olhos sem parar e seus lábios se puseram para dentro da sua boca, fazendo ela rir em descrença, não acreditando na minha presença ali.

— Você... veio até aqui pra se redimir comigo? — Foi irônica e respirei fundo, me aproximando um pouco mais, mas ela deu um passo atrás e enruguei a testa. — Você tá brincando comigo?

— Não, eu não tô aqui pra brincar com ninguém. Eu preciso muito fazer isso.

— Por quê? — Respirei fundo e fechei os olhos.

— Porquê eu não aguento mais ficar longe de você... — Falei.

— Você ouviu o que falei... Não deveria ter vindo, olha eu n...

— Jade... — A cortei e ela me olhou. — Só me dê uma chance de falar tudo o que eu vim pra falar. Depois você pode me mandar a merda, pro inferno ou pra onde você quiser, primeiro só me escuta por favor... Mesmo eu não merecendo. — Fui sincero e ela respirou fundo, fechando os olhos e os abriu. — Por favor. — Pedi e relaxei os ombros.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora