P.O.V Renato Garcia 21:49 p.m+
New York - EUA
Já era 21h da noite e a ansiedade me dominava cada vez mais por não saber o quê fazer. Já havia pedido o meu jantar no quarto e já tava satisfeito. Mas chegou uma hora que eu não aguentei de modo algum e fui obrigado a sair do meu quarto, indo pro dela que era bem próximo ao meu.
Dei um jeito de abrir a porta com um grampo e tive acesso a parte interna. Era idêntico ao meu o quarto o dela. A luz do cômodo mais atrás, que era onde ficava o quarto com a cama se encontrava apagada. Notei em apenas um segundo que ela não estaria ali naquele momento... não faz mal, eu vou esperá-la aqui mesmo e se o arrombado vier junto melhor, matarei ele aqui mesmo.
Me sentir uma verdadeira criança sem rédeas, que tomou a liberdade de mexer nas coisas dos outros sem permissão, mas o fato de ter ficado tanto tempo longe dela me obrigou a cheirar uma regata branca, que se encontrava numa poltrona perto da janela. O cheiro que ela possuía era um aroma indescritível de ser explicado, não foi a toa que eu fiquei louco por ela.
Fiquei mais alguns minutos ali olhando em volta no quarto dela e decidir deitar na cama pra esperar, porque uma hora ou outra ela vai voltar, então, ficar ali seria uma ótima ideia.
Meu celular logo tocou e vi que era o Roma, nem atendi, porque já sabia que ele ia começar um interrogatório do caralho a quatro e não tava com paciência. Mas quando ouvir o barulho da porta ser aberta o meu coração acelerou como nunca havia acelerado antes.
Ouvi vozes no cômodo anterior e respirei fundo, ficando calmo.
A voz dela se aproximou do cômodo do quarto e quando ela ascendeu a luz, tive a melhor visão da minha vida. Ela travou no lugar que se encontrava e assim como eu sabia bem a expressão dela era tão chocante quanto a minha.
— Renato? — Ela gaguejou me olhando sem parar e minhas pernas tremeram.
— Oi. — Me levantei e fui até ela que tava paralisada no mesmo lugar.
Senti o cheiro de nervosismo dela e percebi o quão linda ela estava com aquela camisa rosa... que lembrando bem, ela a usava no dia que quebrou o vidro do meu carro.
— O quê você tá fazendo aqui? — Ela perguntou, nervosa e respirei fundo, perturbado, pois o olhar duro dela sobre mim tava me ferindo.
— Eu disse que precisava te ver. — Ela engoliu em seco, me olhando nos olhos fixamente e negou.
— Não, não, não... isso, isso tá muito errado, porque você tá aqui? — Ela perguntou, com os olhos marejados e com uma expressão triste.
— Pra me redimir com você... Eu preciso muito falar com você. — Respondi mais nervoso do que quando cheguei e ela ficou séria, me encarando nos olhos sem parar e seus lábios se puseram para dentro da sua boca, fazendo ela rir em descrença, não acreditando na minha presença ali.
— Você... veio até aqui pra se redimir comigo? — Foi irônica e respirei fundo, me aproximando um pouco mais, mas ela deu um passo atrás e enruguei a testa. — Você tá brincando comigo?
— Não, eu não tô aqui pra brincar com ninguém. Eu preciso muito fazer isso.
— Por quê? — Respirei fundo e fechei os olhos.
— Porquê eu não aguento mais ficar longe de você... — Falei.
— Você ouviu o que falei... Não deveria ter vindo, olha eu n...
— Jade... — A cortei e ela me olhou. — Só me dê uma chance de falar tudo o que eu vim pra falar. Depois você pode me mandar a merda, pro inferno ou pra onde você quiser, primeiro só me escuta por favor... Mesmo eu não merecendo. — Fui sincero e ela respirou fundo, fechando os olhos e os abriu. — Por favor. — Pedi e relaxei os ombros.
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Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)
FanficNunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar caramelo se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do descon...