Capítulo extra 02

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P.O.V Jade

Após fazer as compras, pus tudo no porta malas da ranger do Renato e a fechei. Meu celular tocou e atendi enquanto ia ocupar o meu lugar no carro, era a Louise.

— Oi, amiga. ㅡ saí de lá indo a caminho da creche. — O Edward já tá liberado, daqui a pouco chegamos no local que marcamos de almoçar juntos.

— Tudo bem, tô indo buscar a minha bebê na creche.

— Ai Jade, não fala assim que eu choro.  ㅡ dei uma risada e subi os vidros do carro. — Ué, a filha é minha, então eu chamo como eu quiser.

— Faça pouco sua besta. ㅡ gargalhei alto e continuei indo pra creche. Parei de conversar com ela e dei atenção ao volante, pois ia dirigindo e não é nada certo dirigir enquanto está entretida no celular.

Cheguei na creche da Crystal e desci, me aproximei da entrada e vi a Sophia, professora dela que era um doce.

— Chegou a mamãe.

— Oi, como foi hoje? ㅡ perguntei ao receber a Crystal no colo. — Foi bem, apesar do ensinamento ainda não ser como maioria dos pais querem, vai indo bem.

— Eu entendo, aliás vocês estão lidando com bebês ainda.

— Exatamente, mas tem pais que não entendem e chegam a ponto de falar, que não temos o ensinamento adequado. Eles precisam entender que as crianças estão em fase de aprender a falar, nosso ensinamento é incentiva-las a falar as primeiras palavras, através de músicas infantis.

— Eu compreendo.

— Falando nisso, tem aqui uns dvds da Vaquinha Mococa. Ela canta e é ótima para as crianças, a Crystal adora. ㅡ dei uma risada e olhei pra ela que tava chupando a chupeta.

— Pode pegar?

— Claro, irei buscar. ㅡ ela saiu e aproveitei pra ir colocar a Crystal no carro, pus ela na cadeirinha e liguei o ar condicionado da ranger do Renato, tava fazendo um calor infernal.

— Papai vai ficar com a gente hoje. ㅡ ela nem deu preço ao que falei e ouvir a Sophia me chamar. — Mamãe já vem. ㅡ deixei ela lá e voltei pro portão da creche.

— Aqui, ela adora a faixa de número 4. ㅡ recebi e sorri.

— Obrigada, Sophia. ㅡ ela sorriu e meus pés gelaram ao ouvir barulho de tiros próximo a nós. Olhei pra trás e vi o carro do Renato sendo metralhado a tiros, por um carro preto do outro lado da rua, com um fuzil enorme no capô.

— CRYSTAL! ㅡ gritei com as mãos na boca e entrei em desespero, meu corpo parou de funcionar e mesmo assim tentei correr, mas a Sophia me segurou forte enquanto ambas choravam. — MINHA FILHA. ㅡ falei chorando alto e empurrei a Sophia de mim, corri rápido até meu carro. Vi o carro do outro lado da rua sair e o meus olhos não paravam de derramar lágrimas.

Naquele momento, nada fazia mais sentido, abri a porta do carro e ouvir o choro alto da minha bebê em desespero, tirei o cinto da cadeirinha com muita rapidez e a peguei no colo, enquanto não parava de chorar alto.

— Meu amor fala comigo. ㅡ falei chorando aos prantos e o meu coração tava muito acelerado, ela não parava de chorar alto e a abracei forte. — Eu tô aqui meu amor, tá tudo bem, fica bem. ㅡ tentei acalmar ela, mas tava muito difícil, porque ela chega tava vermelha de chorar e podia sentir o seu coração batendo acelerado.

— Meu Deus Jade, o quê foi isso? ㅡ a Sophia perguntou chorando e eu não parava de chorar, assim como a Crystal.

— Eu não sei Sophia, eu não faço ideia. ㅡ abracei mais ainda a minha bebê, que não parava de chorar em desespero

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora