Capítulo 19: salvando sua pele

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Renato Garcia 18:23 P.M.

Minha cabeça tava meramente descontrolada numas condições que eu não sabia explicar o quê eu sentia naquele momento, não sei se era raiva, ódio, decepção de mim mesmo por agir feito um covarde o tempo todo.

— DROGA! — Cheguei em casa, quebrando tudo que via pela frente.

Pela primeira vez me encontrei com um aperto no coração, por pensar em alguém e me sentia um idiota sem escrúpulos.

Me aproximei da mesa com bebidas e enchi todos os copos que ali tinha com vodca, preparei todos os tipos de cigarros que ali tinha e vou fazer o quê sempre faço, quando me sinto um covarde de merda, me esconder atrás das drogas.

Desci um, dois, três e vários copos de vodca de uma vez e a minha cabeça tava tonta pra porra, alucinações era o quê mais me dominava naquele momento e o meu interior doía... doía muito por se sentir necessitado na falta que ela me faz... nesse momento.

Jade Rudson 19:30 p.m.

Rudson's Mansion

Depois que cheguei em casa, liguei pro Thiago e desmarquei o nosso encontro, ele entendeu e disse que tá tudo numa boa e acabou entendendo.

Encolhi meus joelhos na cama e continuei derramando lágrimas de dor, mas era a dor de um coração partido... diria que esmagado, pisado e metralhado, porque não existe dor pior do que as forças que as palavras faladas com ódio te atingem, quando se vem de um alguém que significa algo pra você.

Me sentia uma idiota de merda, pois admitia pra mim mesma que o fato de ter que aceitar que o Renato prefere a Megan ao invés de mim, me deixava completamente machucada... eu o conheci primeiro, se bem que não foi dos melhores encontros, porque tudo aconteceu da pior maneira, mas já vivemos várias coisas juntos... e o quê ele faz? Fica com alguém que não sente nem metade do que sinto por ele, mas vou tentar não ligar pra isso... por mais que doa dentro de mim, isso vai passar e vai ser como se nunca tivesse sentido nada por ele.

E vai ser assim, eu prometo.

À noite resolvi dar uma saidinha pra fazer o quê o meu pai havia pedido mais cedo, mas tava com tanto medo de ver por um acaso o Renato, que resolvi ir com os seguranças.

— Pra onde deseja ir? — O Bourne abriu a porta e entrei.

— Na digicópia do centro.

— Sim senhora. — Ele saiu e cruzei os braços, enquanto íamos pra esse lugar.

Nunca achei que me encontraria em uma situação como essa, sofrendo feito uma louca por alguém que não tá nem aí pra mim e que me trata mal acima de tudo e o tempo todo.

Enxuguei as primeiras lágrimas que caíram e atrair o olhar sério do Bourne pelo retrovisor.

— Tudo bem, Jade?

— Sim... tá sim. — Sorri, logo me recompondo e ele continuou me olhando pelo retrovisor, enquanto eu fitava a minha visão na janela do lado esquerdo, observando por dentro do carro cada ponto que passávamos.

Chegamos na digicópia e fui fazer todo o troço, imprimir aquele monte de papéis. Tinha muita gente como de costume e o carinha responsável por lá é amigo do Nash.

— Tudo, Jade? — O carinha perguntou, se referindo a todos os papéis que haviam no pen drive e assentir com a cabeça.

As pessoas estavam reclamando o tempo todo por demorar, aliás era só um cara pra fazer um monte de coisas sozinho.

— Por favor, fiquem calmos. — Falou, ele enquanto fazia o seu trabalho e sorri toda besta olhando pro Nash, que tinha acabado de chegar lá naquele momento.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora