P.O.V Renato Garcia 20:33 p.m.
Se ela sair por aquela porta, irei ter que me conformar pelo resto da vida, que nunca mais a verei e muito menos a terei. Passei três semanas sofrendo feito um condenado dentro dessa casa por causa da ausência dela e mais uma vez tô prestes a passar pelo mesmo, mas dessa vez eu não terei forças pra aguentar isso, porque o meu limite foi ultrapassado.
Joguei o prato pela janela e saí do quarto correndo atrás dela, a vendo na porta, pronta pra ir embora, mas a segurei pelo braço impedindo de sair e fiz ela me olhar nos olhos, enquanto chorava.
— Não vai não... fica aqui. — Pedir, sentindo meus olhos marejados em lágrimas de dor, por não aguentar mais de modo algum toda essa situação. Ela me olhou triste e se escorou na porta, ficando mais nervosa ainda devido a nossa aproximação. Me aproximei mais ainda dela e coloquei um braço contra a parede. — Fica... Por favor. — Pedi, olhando nos olhos dela, que engoliu em seco e se estremeceu escorada na porta da sala.
— Pr-pra quê? — Ela gaguejou em um tom triste e baixei minha cabeça com o meu coração gritando pra falar o real motivo que eu a quero que ela fique, mas o fato de ser um covarde de merda, me impede de falar isso... por medo, medo mesmo.
— Eu preciso de você aqui... — Falei, triste e fui em direção ao sofá. — Eu preciso de alguém que se importe comigo... e só tem você nesse momento. — Ela ainda continuou lá escorada na porta da sala e me sentei no sofá, com as mãos enfiadas no meu rosto.
— É... você tá me pedindo pra ficar? pra te ajudar? — Ela perguntou, vindo até mim e sentou do meu lado.
— Sim, eu reconheço que preciso de ajuda. — Ela sorriu com vida nos olhos e segurou na minha mão.
— Pois eu vou te ajudar... pode ter certeza disso. — Ela sorriu me olhando nos olhos e continuei a olhando fixamente nos lindos olhos castanhos que ela possuía. Ela era muito linda.
— Vai... ficar? — Perguntei.
— Sim... depois eu faço essa viagem. — Ela respondeu, e meu coração mais uma vez apertou por ouvir isso.
— Claro.
— Bem, você comeu tudo? — Ela perguntou, ficando de pé e me levantei junto, ficando pertinho dela.
— Sim... tudo. — Não menti, eu joguei o prato pela janela, mas havia comido tudo e estava satisfeito. — Tava muito bom... Obrigado. — Ela sorriu, passando a mão na testa, enquanto eu tava vidrado nela sem parar... Porra, como eu queria beijá-la.
— É... quer ir ao médico? — Ela perguntou, séria e respirei fundo.
— Não... eu não preciso de médico.
— Precisa sim... ele é o único que pode te curar.
— Não, a minha cura é outra. — Ela engoliu em seco e me aproximei mais ainda dela. — Fica aqui... — Pedi, e ela sorriu falso.
— É-é eu disse que sim. — Ela gaguejou, sem jeito.
— Mas pra dormir. — E arregalou seus olhos, ficando nervosa.
— D-ormir a-aqui? — Gaguejou, nervosa e pus uma mão na sua cintura.
— Sim... de preferência comigo. — Ela engoliu em seco mais uma vez e notei o seu tremendo nervosismo.
— Ah sabe que é...
— Shh... — Pus um dedo na sua boca, a silenciando e entrelacei meus dedos nos seus cabelos. — Não fala nada. — Murmurei, colando as nossas testas e fechei os olhos pra lembrar da falta absurda que ela me faz e do quanto eu preciso foder com ela.
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Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)
FanficNunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar caramelo se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do descon...