Capítulo 32: malícia vs Amor

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P.O.V Renato Garcia 20:33 p.m.

Se ela sair por aquela porta, irei ter que me conformar pelo resto da vida, que nunca mais a verei e muito menos a terei. Passei três semanas sofrendo feito um condenado dentro dessa casa por causa da ausência dela e mais uma vez tô prestes a passar pelo mesmo, mas dessa vez eu não terei forças pra aguentar isso, porque o meu limite foi ultrapassado.

Joguei o prato pela janela e saí do quarto correndo atrás dela, a vendo na porta, pronta pra ir embora, mas a segurei pelo braço impedindo de sair e fiz ela me olhar nos olhos, enquanto chorava.

— Não vai não... fica aqui. — Pedir, sentindo meus olhos marejados em lágrimas de dor, por não aguentar mais de modo algum toda essa situação. Ela me olhou triste e se escorou na porta, ficando mais nervosa ainda devido a nossa aproximação. Me aproximei mais ainda dela e coloquei um braço contra a parede. — Fica... Por favor. — Pedi, olhando nos olhos dela, que engoliu em seco e se estremeceu escorada na porta da sala.

— Pr-pra quê? — Ela gaguejou em um tom triste e baixei minha cabeça com o meu coração gritando pra falar o real motivo que eu a quero que ela fique, mas o fato de ser um covarde de merda, me impede de falar isso... por medo, medo mesmo.

— Eu preciso de você aqui... — Falei, triste e fui em direção ao sofá. — Eu preciso de alguém que se importe comigo... e só tem você nesse momento. — Ela ainda continuou lá escorada na porta da sala e me sentei no sofá, com as mãos enfiadas no meu rosto.

— É... você tá me pedindo pra ficar? pra te ajudar? — Ela perguntou, vindo até mim e sentou do meu lado.

— Sim, eu reconheço que preciso de ajuda. — Ela sorriu com vida nos olhos e segurou na minha mão.

— Pois eu vou te ajudar... pode ter certeza disso. — Ela sorriu me olhando nos olhos e continuei a olhando fixamente nos lindos olhos castanhos que ela possuía. Ela era muito linda.

— Vai... ficar? — Perguntei.

— Sim... depois eu faço essa viagem. — Ela respondeu, e meu coração mais uma vez apertou por ouvir isso.

— Claro.

— Bem, você comeu tudo? — Ela perguntou, ficando de pé e me levantei junto, ficando pertinho dela.

— Sim... tudo. — Não menti, eu joguei o prato pela janela, mas havia comido tudo e estava satisfeito. — Tava muito bom... Obrigado. — Ela sorriu, passando a mão na testa, enquanto eu tava vidrado nela sem parar... Porra, como eu queria beijá-la.

— É... quer ir ao médico? — Ela perguntou, séria e respirei fundo.

— Não... eu não preciso de médico.

— Precisa sim... ele é o único que pode te curar.

— Não, a minha cura é outra. — Ela engoliu em seco e me aproximei mais ainda dela. — Fica aqui... — Pedi, e ela sorriu falso.

— É-é eu disse que sim. — Ela gaguejou, sem jeito.

— Mas pra dormir. — E arregalou seus olhos, ficando nervosa.

— D-ormir a-aqui? — Gaguejou, nervosa e pus uma mão na sua cintura.

— Sim... de preferência comigo. — Ela engoliu em seco mais uma vez e notei o seu tremendo nervosismo.

— Ah sabe que é...

— Shh... — Pus um dedo na sua boca, a silenciando e entrelacei meus dedos nos seus cabelos. — Não fala nada. — Murmurei, colando as nossas testas e fechei os olhos pra lembrar da falta absurda que ela me faz e do quanto eu preciso foder com ela.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora