Capítulo 34: além dos limites

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P.O.V Jade Rudson 10:33 p.m.

O Renato me olhava com os olhos acercados de ódio e manti o cenho franzido, olhando pra ele.

— Primeiro me solta! — Dei um puxão forte, me soltando dele que travou o maxilar.

— Responde a minha pergunta! — Ele gritou, e rir pelo nariz sem acreditar nessa pergunta estúpida que tinha acabado de ouvir.

— Como assim responde a minha pergunta? Não sou obrigada a te responder nada.

— Não? — Ele perguntou, com uma cara de cínico e a minha vontade era de sentar a mão na cara dele.

— Não.

— Então você não me ama. — Franzi as sobrancelhas depois de ouvir isso.

— E o quê uma coisa tem a ver com a outra?

Ele já havia mudado de expressão pra bem cínico e eu odiava aquelas mudanças temperamentais dele.

— Bem... — Ele disse, me analisando e pôs um braço contra o carro, impedindo a minha passagem de sair. — Você falou que me ama, certo? — Perguntou, me olhando nos olhos com um olhar de deboche nítido e aquilo tava me ferindo. — Quem ama não mente... e você tá mentindo pra mim, Jade. — Ele falou, friamente e engoli em seco, fazendo um gesto negativo com a cabeça após ouvir isso. Ele é irreconhecível, meu Deus.

— Eu não tô mentindo pra você.

— Não?

— Não.

— Não foi isso que eu ouvi, há cinco minutos atrás. — Cruzei os braços e travei o maxilar, o encarando friamente nos olhos.

— Por que você é tão ridículo?

— Eu sou ridículo?

— E patético.

— Bem... — Deu um riso de canto cheio de maldade. — Eu posso ser tudo isso aí que você falou... mas eu não sou mentiroso e nem cínico como você. — Enruguei a testa, sentindo meu sangue congelar após ouvir isso.

— Você não acha isso de mim de modo algum. — Tentei não dá o braço a torcer.

— Por que acha isso de mim?

— Porque eu tô vendo que você se importa comigo. — Ele riu com deboche e meu coração se feriu.

— Pois você tá vendo errado. — Ele disse, sério.

— Bem... — Falei, com uma expressão maldosa. — Se você não ligasse pra mim... não estaria me pedindo satisfações de algo que falei. — Ele deu uma risada bastante irônica e pôs os dois braços, me prendendo contra o carro.

— Eu não ligo pra você nenhum pouco, Jade... só não acho legal, meus amigos e eu comermos a mesma pessoa, pode pegar mal pra mim, né? — Ele falou tudo isso com um sorriso nojento nos lábios e sentei a mão na cara dele com bastante força.

Ele virou o rosto e tirou suas mãos do carro, só sinto dor, tristeza e nojo desse homem, ele me olhou com uma visão de fúria legal.

— Você nunca mais... — Ele me fez olhar em seu rosto. — Olha pra mim, vagabunda. — E me obrigou a olhar pra ele. — Você nunca mais na sua vida, encosta em mim tá me ouvindo? — Ele me olhava com ódio, mas muito ódio mesmo. — Hein? Quer uns tapas pra enfiar nessa tua cabecinha, que você não tem direito algum de encostar em mim? — Ele murmurou, rude na minha cara e eu tava travada, destabilizada naquele lugar depois disso tudo que aconteceu.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora