Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)

Capítulo 40: tchau! tchau! Los Angeles

P.O.V Jade Rudson 07:13 p.m.

Não sabia nem como respirar diante daquilo. Coração? Bem, eu não tinha mais a partir do momento que ele me olhou nos olhos e disse que nunca iria sentir nada por mim... mas isso foi muito pior que tudo que ele me falou.

Vê-lo naquela cama com duas mulheres, onde cujo uma é das minhas melhores amigas, foi pra terminar de vez de pisar e humilhar o meu coração.

As camisas dele que eu as trazia, ainda se mantinham nas mãos que estavam se tremendo toda depois de presenciar isso. Entrei lentamente no seu quarto, com nojo, óbvio, mas entrei e pus as camisas na ponta da cama, andando de costas lentamente e sair do quarto, fechando a porta bem devagar pra não fazer barulho.

E foi a partir desse momento... que eu não tinha mais vontade e muito menos razão pra continuar aqui em Los Angeles, eu vou embora. É o melhor pra mim e era o que eu deveria ter feito desde o começo.

(...)

Cheguei em casa, sem derramar uma lágrima, ele não merecia minhas lágrimas. Abri a porta, vendo a Marie limpando os móveis e me olhou assustada toda.

— Jade? — Disse ela colocando a mão no coração, enquanto respirava fundo. — Você me assustou. ㅡ Apenas sorri pra ela, esquento começo a subir as escadas. — Tudo bem, filha?

ㅡ Sim, você pode subir pra me ajudar em uma coisa? ㅡ ela concordou, enquanto vinha atrás de mim.

Entrei no meu quarto e fui direto pro closet. Peguei duas das minhas malas maiores e as trouxe para o quarto.

— Aconteceu alguma coisa, querida?

— Marie... só me ajuda a fazer minhas malas por favor. — Falei, nervosa.

Lembranças do que vi naquele voltaram a minha mente. Meu Deus, que nojo.

— Pra quê? Pra onde vai? — Ela perguntou, aos prantos, com as mãos na cabeça.

— Eu vou pra Nova York. — Abrir meu guarda roupa e peguei meus cabides com meus blusões de botões favoritos e os joguei na cama.

— Nova York?

— É.

— Fazer o quê?

— Vou passar minhas férias lá, até a universidade voltar.

— Por que isso tão de repente? — Ela perguntou.

— Marie, por favor... para de perguntar e me ajuda com isso. — Ela ficou me olhando sem parar. — Droga. — Resmunguei, passando as mãos no rosto e ela se aproximou de mim.

Vontade chorar era grande, mas eu não ia me render à essa humilhação. Já fui humilhada demais, agora é hora de ser forte.

— Foi ele? — Ela perguntou, triste e parei de pôr as roupas na cama, passando as mãos na cabeça. — Ele fez algo com você? — fiquei calada, enquanto colava as peças de roupas na mala. Ela veio e me abraçou forte, enquanto sentia um imenso aperto no meu coração.

Não aguento mais isso dentro de mim, isso tá me matando aos poucos... eu tô percebendo cada vez mais.

— Foi o Miguel?

— Não, Marie, não foi ele. — Voltei pro closet e peguei alguns roupões brancos, os jogando na cama.

— Foi sim, Jade. Eu sei que foi aquele rapaz que feriu seu coração. — Ela falou, e fechei os olhos, lembrando da cena que presenciei há alguns minutos atrás e preferia a morte ao invés disso. — Ele te bateu? Brigou com você? Terminou o namoro? — Ela não parava de falar e eu já tava sem paciência, como se não bastasse a minha própria cabeça gritando freneticamente e ela agora me enchendo de perguntas.