P.O.V Renato Garcia 16:35 p.m.
— Vai filho da puta, liga pra mulher e para de ser bicha. — O Miguel me empurrou pra cima do celular e respirei fundo.
— E se ela desligar na minha cara?
— Cara, tu nem ligou ainda, liga pau no cu vamo ficar torcendo aqui. — Disse o Miguel e suspirei, nervoso.
— Tá bom.
— Vamo fazer uma corrente de oração, vem Léo. — O Roma segurou na mão do Léo e a ergueu pra cima em forma de louvor.
— Para de frescura, Roma. — Ele riu.
— Então liga, caralho. — Respirei fundo e aproximei o celular do meu ouvido.
— Fiquem aí. — Mandei eles ficarem na sala e fui pro escritório, fechando a porta.
A minha cabeça gritava feita uma filha da puta me impedindo de ligar e parar com essa porra de amar uma garota que foi embora, mas o meu coração gritava mais alto ainda, feito um verdadeiro louco por simplesmente não aguentar mais ficar sem ela junto a mim, então pela primeira vez na minha vida deixei o que meu coração sente falar por mim.
Liguei pra ela e senti o meu coração vir parar na garganta ao perceber que ela atendeu.
— Alô? — Enruguei a testa ao ouvir o tom dessa voz, mas não era o tom da voz dela. — Alô? — Não estava entendendo, porque um homem atendeu a o telefone dela? — Pois não? — Engoli em seco e tive a coragem de falar.
— A Jade está aí? — Perguntei na esperança de ter caído em um número errado porquê não conseguia acreditar em nada do que ouvia.
— A Jade está aqui sim. Quem quer falar com ela? — Meu Deus. Sentir um forte aperto no peito e fechei os olhos pra não chorar.
— Quem tá falando? — Queria muito saber, farei questão de matá-lo.
— Aqui quem fala é o Harry. — Enruguei a testa e logo lembrei da Louise e do tal cientista que a Jade está namorando. Não podia ser.
Meu raciocínio parou de funcionar e admito que nunca me senti tão perdido na vida... Era como se um branco tivesse dominado todo o meu cérebro, pois fiquei sem como reagir a qualquer coisa.
Sentir meu peito ofegar e em seguida meus olhos sendo preenchidos com as lágrimas. Não sabia que tipo de coisa estava acontecendo comigo, mas tudo o que eu sabia era que eu havia perdido, havia perdido a coisa mais importante da minha vida.
Tive que ver com meus próprios olhos e sentir o gosto da derrota e da perda pra poder enxergar o quanto aquela garota era importante pra mim.
— Renato, mano? Tu tá bem? — Ouço a voz do Miguel e tento voltar a realidade. — Renato?
— Ah... Já tô indo. — Após alguns segundos fui abri a porta e vi o Miguel sorrindo.
— Deu certo, mano?
— Ah... Não, ela não atendeu. — Ele ficou me olhando sério e suspirei, saindo do quarto.
— Temos que fazer isso antes de voltarmos pra Atlanta. Não vamos ficar aqui o resto da vida correndo o risco de sermos pegos pelas autoridades americanas. — Ouço eles conversarem sobre o assalto ao banco internacional e surjo na sala.
— Deu certo, mano? — Perguntou o Roma e suspirei, me sentando no sofá.
— Não... — Fui sincero com eles. — Quem atendeu foi um homem...
— Shi...
— Puta que pariu. — Eles resmungaram e passei as mãos no rosto.
— Deve ser o tal do Harry. — Disse o Roma e lhe olhei.
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Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)
FanfictionNunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar caramelo se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do descon...