Capítulo 35: abrindo

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P.O.V Renato Garcia 17:45 p.m.

Por volta das 17h a Megan foi embora da minha casa e depois daí a minha cabeça ficou transtornada em todos os sentidos possíveis, pois o fato de pensar que a Jade tá com ódio de mim, me faz querer morrer realmente.

Fui tomar um banho e quando saí, bati o olho na caixa de cigarros sobre o criado mudo e a mão coçou pra mim pegar e fumar e tentar esquecer dessa merda de pensamentos por algumas horas, mas é aí onde eu percebo, que esse é o meu problema... me escondo de algo que tá crescendo dentro de mim e por ser dono de um orgulho filho de uma puta, isso acaba comigo e me impede de chegar nela... e dizer que eu a amo.

Depois de me vestir, saí do quarto e dei de cara com os caras que tinham acabado de entrar, menos o Thiago que deve tá mal pra porra, depois da surra que dei nele.

— Oi, vocês. — O Miguel me olhou normal, mas o Roma e Léo continuavam com aquela cara de cu das grandes. — Não vão falar comigo?

— Oi.

— Tem alguma diferença se a gente falar com você ou não? — O Roma perguntou, e rolei os olhos.

— Na moral, eu não sei porque vocês mudaram comigo... até onde eu sei, o meu lance foi com a Jade e não com vocês. — Fui grosso.

— Você tá fazendo ela sofrer. — O Roma falou, e revirei os olhos.

— Vocês vieram até aqui pra falar disso? Se forem podem voltarem os três. — Sentei no sofá já bem puto de raiva.

— Calma, cara, relaxa, não é nada disso, viemos por a nossa equipe em ação, amanhã teremos uma missão a se fazer e temos que estar todos prontos. — Disse o Miguel e suspirei, concordando. — Léo, sabe onde as carradas irão ser transportadas? — Ele mudou de cara e assentiu, olhando pra mim.

— Sim, no vale da morte. — Franzi as sobrancelhas e concordei.

— Ótimo, iremos precisar de reforços e os meus homens são bem competentes e dará tudo certo. — Falei.

— Claro, então o plano vai funcionar assim, Renato. — O Léo falou. — As duas carradas são compostas por maconha pura e heroína, equivalem a mais de 7 milhões de dólares. Ambas vem em dois caminhões Scania na cor preta 2009, já conseguir comprar duas exatamente iguais pra o nosso plano. O quê temos que fazer... é dá um jeito dos caminhões vazios chegarem ao Rick sem ele saber que fomos nós... que desviamos. — Dei um riso de canto cheio de maldade, pois era um excelente plano.

— Tô pouco me fodendo se ele descobrir se foi a gente ou não.

— Renato, o lance é sério. — O Roma abriu a boca na conversa. — Temos que ter cuidado nisso, sabemos bem que é uma missão suicida. — Revirei os olhos e vi o Miguel tirar alguma coisa da mala preta do Léo, mas observando bem, era um mapa.

— Vamos ao escritório. — Fomos todos pra lá e ele abriu o mapa sobre a mesa, tivemos a visão do Vale da morte todo no mapa. — Vai ser nessa reta aqui, onde iremos ter a chance de desviar as carradas, Renato.

— Se iremos desviar, não tem necessidade alguma de fazer essa porra toda de um caminhão vazio chegar naquele filho da puta.

— Renato, relaxa mano, estamos mais uma vez impedindo de outra merda dar errado, como o assalto ao banco central daqui. — O Roma me repreendeu e bufei.

— Nessa reta aqui, tem duas serras enormes, estão vendo? — O Miguel apontou no mapa e vimos o desenho das serras. — Os caminhões vazios, que cujo são os nossos... precisam estar lá antes de tudo, amanhã daremos um jeito de mandarmos pra lá às pressas, o quê temos que fazer... é parar as carradas no vale entre as duas serras, porque iremos ganhar mais tempo. O Léo conseguiu as cordas feitas a base de metal reforçado. — Franzi o cenho, sem entender muito bem.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora