Capítulo 36: me perdoe

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P.O.V Jade Rubson 20:48 p.m

Meu coração acelerou fora do comum, quando os seus lábios tocaram os meus, mas a minha cabeça logo pensou em tudo o quê ele fez pra mim e o empurrei longe.

— Por que você fez isso? — Perguntei, rude e passei a mão na boca, demonstrando o quão enojada por ele eu estava. O Renato me olhava triste e nervoso ao mesmo tempo.

— Quero falar com você. — Cruzei os braços.

— Sobre o quê? Que vai me fazer de idiota mais uma vez?

— Não, não é isso. — Ele se aproximou de mim e dei um passo atrás.

— Então não há nada que possamos conversar. Vai embora daqui. — Mandei, e ele umedeceu os lábios, nervoso.

— Tem sim, a gente tem muito o quê conversar. — Engoli em seco ao ouvir isso, mas ele já me fez de idiota tantas vezes que não dá mais pra acreditar nele.

— Não, não, eu não acredito em você e não quero conversar com você. — Neguei com a cabeça, enquanto meu coração se partia aos poucos cada vez mais.

— Para com isso, eu vim até aqui pra... — Ele passou as mãos na cabeça, nervoso e resmungando. — Pra te pedir desculpas pelo que fiz mais cedo. — Sim, ele se desculpou pra mim, mas eu não tava nem aí.

— Você veio me pedir desculpas? — Perguntei sem acreditar realmente, porque eu não conseguia e nem queria as desculpas dele.

— Sim... — Ele se aproximou de mim aos poucos. — Me desculpa— Ele e pôs suas mãos no meu rosto, fazendo todo o meu corpo parar de funcionar.

Ele olhou para os meus lábios e fechei os olhos já sem domínio dos meus instintos em relação a ele, porque ele sabe bem que eu perco o controle de tudo, quando suas mãos me tocam.

— Por favor, me desculpa. — Ele murmurou, próximo aos meus lábios e abrir os olhos, deixando lágrimas de dor rolarem pelo meu rosto, enquanto suas mãos se mantinham no meu maxilar.

— Se eu te desculpar... você promete parar de me tratar mal? — Murmurei, e ele me olhou por alguns segundos, mas não respondeu a minha pergunta. Tudo o que fez foi pressionar os nossos lábios devagar e me deixei, dessa vez eu retribuir todo o beijo que ele me dava.

Sua mão esquerda se mantinha no meu maxilar, enquanto seus lábios contornavam os meus devagar, sem pressa e com muita intensidade. Enruguei a testa, entre o beijo e segurei na sua nuca, trazendo ele mais para mim, que apertou forte na minha cintura.

— Vamos dormir comigo hoje novamente? — Pediu, murmurando contra meus lábios e um frio tomou conta da minha barriga. — Vem. — Ele aproximou sua boca do meu lóbulo e o mordeu lentamente, fazendo meus pelos eriçar já sem controle.

Não entendo como ele conseguiu me domar assim, sempre falo que irei ficar longe dele quando ele me faz mal e sempre acabo caindo nos braços dele novamente.

— Vem? — Ele perguntou mais uma vez, me olhando fixamente e o fato de amá-lo e não ter mais forças pra ficar longe dele, me fez mais uma vez passar por cima do meu coração pisado.

Enxuguei as lágrimas e respirei fundo, concordando.

— Sim, eu vou. — Ele sorriu de um jeito lindo e me abraçou forte.

— Vamos. — Sua mão segurou a minha mão e fomos pro lado de fora, onde estava seu carro. — Jade... — Ele ia dizer alguma coisa, mas parou a frase.

— Oi? — Ele travou o maxilar, enquanto dirigia e saímos de lá indo pra sua casa.

— Esquece. — Respirei fundo e voltei minha atenção na frente, apesar de não tá dirigindo.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora