P.O.V Jade Rudson 07:37 a.m.
Era um cheiro insuportável que eu podia sentir nas minhas narinas, enquanto dormia. Estava quase me sufocando tinha que admitir e abri os olhos com certa dificuldade, vendo alguém de costas pra mim, mas analisando bem era o Renato.
— Renato? — Chamei por ele, que me olhou e o vi fumando... revirei os olhos e me sentei na cama.
Já era manhã e o sol já raiava lá fora.
— Você não vai parar com isso?
— Com isso o quê?
— Parar de fumar, você tá mal e vai continuar fumando? — Perguntei, e me levantei apenas com aquela camisa.
— Não, eu não vou. — Ele continuou fumando e perdi a paciência logo cedo, fui até ele e tomei aquela porcaria de cigarro das mãos dele, jogando no chão e ele me olhou com ódio legal.
— Quem você acha que é pra fazer isso? — Ele falou, grosso e voltou a me tratar mal, como eu havia imaginado.
— Eu não sou ninguém, mas você ontem praticamente implorou, me pedindo ajuda, lembra? — Falei, e fiz de seu olhar algo mais duro, pois ele se aproximou de mim, com o maxilar travado.
— Quando eu precisar de ajuda eu falo, agora eu não preciso de você... portanto não fala merda. — Ele explodiu na base da arrogância e respirei fundo pra não perder a cabeça mais ainda com ele.
— Para com isso, por favor. — Falei, calma.
— Não. — Ele abriu a gaveta do seu criado mudo e pegou uma caixa de cigarro.
— Você não vai fumar. — Falei, e tomei novamente, a jogando em busca da janela e dessa vez ele me fuzilou.
— Para de fazer isso, porra! Me deixa em paz! — Ele gritou, se aproximando de mim e segurou forte no meu braço. — Você não é ninguém... Pra me dizer o que devo ou não fazer. — Engoli em seco, dando um forte tranco no meu braço, se soltando dele e me afastei, indo vestir a minha roupa.
Enquanto vestia o meu short e calçava a minha sandália de salto fino, notei seu olhar mantido em mim sem parar. Pus meus cabelos de lado, peguei meu celular e saí do seu quarto, quando sentir ser arremessada contra a parede.
— Me solta! — Gritei, me estribando contra seus braços.
— Para, porra, você não vai embora.
— Eu vou embora sim, eu cansei de tentar te ajudar. Você é um tremendo idiota que não liga pra nada e nem pra você mesmo. — Falei, rude e o empurrei longe de mim, voltando a andar novamente e o vi me seguindo.
— Jade, as coisas não precisam ser assim.
— Eu sei disso muito bem. — Ironizei, descendo as escadas e passei pela porta, chegando no lado de fora.
— Me ouve, porra. — Ele gritou, me agarrando pela cintura e me pôs de frente. — Para com essa birra desnecessária. Parece uma criança.
— Eu pareço com uma criança? Me poupe, Renato. — Explodir, e o empurrei novamente. — Volta lá e se afunde nas drogas novamente seu idiota, quero ver quem é a trouxa que irá te ajudar novamente. — Cuspi isso e entrei na minha Mercedes, saindo dali em seguida.
Os seguranças estavam nos olhando e eu tava bem foda-se.
Saí daquela casa, já morrendo de raiva e de tristeza, por ele ter voltado a agir como um idiota, como eu já havia imaginado. Pus uma mão na cabeça, enquanto dirigia e meu pensamento fixado nele não era mais novidade alguma.
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Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)
FanficNunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar caramelo se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do descon...