Capítulo 48: Sequestro de trânsito

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P.O.V Renato Garcia 14:34 p.m.

New York - EUA

Acordei com um calor da porra, sentindo o meu corpo suado e percebi que a Jade não estava no meu quarto. Dei-me conta que estava nu sobre a cama e me sentei nela, passando as mãos no cabelo.

E a lembrança da nossa reconciliação foi a primeira a entrar na minha cabeça. Somente Deus era capaz de entender o quanto eu estava feliz. Estava também decidido a parar de ser um bosta e fazer as coisas certas.

Fui tomar um banho frio e olhei a hora, era mais de 14h da tarde, caralho. Dormi pra porra.

Depois que me preparei saí do meu quarto e fui até o dela, não a vendo por lá e estava um silêncio tranquilo.

- Jade? - Chamei por ela, mas não respondeu, por isso fui dá uma checada no banheiro e closet, a procurando pelo quarto inteiro e ela não estava lá. Com certeza estava no restaurante.

Peguei o elevador e em minutos cheguei no salão do restaurante, olhando em volta à sua procura e mesmo assim não a vi. Por um reflexo bati o olho no Adryan arrombado sentado numa mesa e respirei fundo, travando o maxilar e fui até ele que estava lendo um livro.

- Oi. - Fui seco e ele não moveu um músculo da posição que se encontrava. - Só quero que me dê uma informação. - Falei o mais simpático que pude ser e mesmo assim ele não falou nada. - Você viu a Jade? - Perguntei por fim e ele permaneceu calado. - Filho da puta. - Murmurei, e saí dali antes que eu perdesse a paciência e o quebrasse na base da porrada.

Me sentei em uma mesa pra comer alguma coisa, aliás eu estava varado de fome. Lembrei logo do Roma que não para de comer um segundo.

- Boa tarde, o quê deseja? - Fiz o meu pedido e o garçom que me atendeu saiu.

Tirei meu celular do bolso e pus sobre a mesa, olhando pro Adryan que estava à minha frente em uma das mesa lendo um livro... enruguei a testa observando bem, pois o livro era o mesmo que eu vi no quarto da Jade.

Arqueei uma sobrancelha e meu celular tocou, era o Léo. Bufei e pensei em recusar, mas uma ligação dele devia ser importante pelo simples fato dele não ser um idiota como o Miguel e Roma.

- Oi, Léo. Fala aí.

- Boa tarde chefe... Desculpa atrapalhar sua lua de mel. - Ri pelo nariz e neguei. - Mas eu tenho te vigiado, desde que chegou em Nova York. - Franzi o cenho.

- A é? E porquê?

- Esqueceu que tá fudido na mira da polícia? - Rolei os olhos. - Mas o ponto não é nem esse chefe.

- Então?

- Faz uns dois dias que percebi que a Jade vendo sendo perseguida. - Enruguei a testa. - Eu a vejo nas gravações de segurança.

- Como? - Perguntei sem saber e ele respondeu.

- Será que preciso te responder quem eu sou e o que faço? - Bufei e ele acrescentou. - Mas o importante é que é um caso suspeito, Garcia. Melhor você ficar atento. Se quiser posso mandar alguns dos seus seguranças pra aí, o que me diz?

- A gente vai conversar e vamos resolver se iremos pra Los Angeles o quanto antes e aí te falo. - Falei e olhei pro Adryan arrombado. - Mas falando da Jade. Conseguiu ver algum rosto ou coisa do tipo?

- Não, apenas a mesma pessoa seguindo a trilha que ela fez nos últimos dias. - Engoli no seco e ele acrescentou. - Toma cuidado e fica de olho nela.

- Tá bom. Obrigado por avisar. - Desliguei e fiquei pensativo... Isso tá muito estranho. Será que tem alguma coisa a ver com aquele cientista de merda?

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora