Capítulo 57: se sentindo estranha

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3 semanas depois...

Rudson's Mansion - LA

P.O.V Jade Rudson 17:35 p.m.

Tava sentada na minha mesa, no meu ninho de estudos e tentando estudar, eu estava mais feliz do que nunca, tudo estava dando certo pra mim. Renato vem se mostrando mais atencioso comigo, mas não deixa o seu jeito gângster de lado. Mas é esse lado gângster dele que eu amo.

Olhei pra minha mão e lembrei do anel que ele havia me dado. Lembrei​ do lindo momento em que ele me falou tudo aquilo.

- Vem, Freddy. - Chamei o meu cachorrinho que estava debaixo da mesa e juntos saímos do meu ninho de estudo. - Sua comida tá na casinha. - Falei, assim que o próprio correu rápido em busca das escadas, como se entendesse.

Passei as mãos no rosto, bocejando e mais uma vez o sono que me consumiu nas últimas semanas me dominou novamente. E sem falar dos maus estar que me corrompe de manhã cedo quando vou escovar os dentes.

Passei em frente ao meu quarto e me deu vontade de entrar pra me deitar, mas já havia passado o dia todo dormindo, então devia ser somente preguiça.

Cheguei na sala e vi meu pai colocando algumas coisas sobre a sua mala de trabalho.

- Oi, filha. - Ele me notou e sorri, indo até ele, o abraçando forte e ele retribuiu.

- Vai ficar até tarde no banco? - Perguntei.

- Não, vou só assinar a transferência do pagamento dos funcionários. Porque? - Sorri e pus o cabelo atrás da orelha.

- Vamos jantar fora hoje... eu e você? - Ele enrugou a testa e respirou fundo, se aproximando de mim.

- Claro. Também iremos ter uma conversa muito séria, ok? - Ele tocou no meu queixo.

- Claro, eu sei bem do quê o senhor quer falar. - Ele me olhou e pôs suas mãos no meu rosto.

- Jade, eu prometi a sua mãe quando ela morreu, que iria sempre te proteger e acima de tudo, sempre estaria disposto pra tudo o quê você precisar... você me conhece e sabe que eu sempre apoiei todas as suas decisões, mas eu cheguei num momento que eu quero saber o quê tá havendo...

- É complicado pai. - Tentei abrir o jogo. Nunca escondi esse tipo de coisa do meu pai, sempre fomos claros um com o outro, mas isso é demais.

- O Miguel? - Ele perguntou, e meu coração errou o batimento e tive a vontade de abrir o jogo sobre o assunto. - Eu sabia. - Falou e passou as mãos no rosto. - Eu quero falar com esse rapaz. - Enruguei a testa. - Quero saber quais suas intenções com a minha filha.

- Não pai.

- Sim, Jade! - Umedeci os lábios e ele suspirou. - Às 20h a gente sai pra jantar juntos, tudo bem? - Ele falou, e o olhei nos olhos, o abraçando fortemente em seguida. Eu o amava mais que tudo. O único homem de toda a minha vida.

- Claro.

- Preciso ir ao banco. Até mais tarde.

- Tchau. - Ele tocou no meu queixo e saiu.

Fiquei sozinha ali no sofá e respirei fundo...

- Jade? - Ouvi a voz do Bourne.

- Oi.

- Ah... Quer ir abastecer o jipe? O seu pai me pediu mais cedo, mas tô regando a grama. Pode fazer isso por mim?

- Claro, claro. - Ele jogou a chave e peguei, saindo da sala e fui abastecer o carro do meu pai.

Enquanto dirigia apenas como uma mão, fechei os olhos pra lembrar de tudo que tem acontecido na minha vida desde que o Renato entrou nela, mas aí logo lembrei que tava no volante e decidir prestar atenção.

•••

Depois que cheguei em casa, subir diretamente pro meu quarto com uma vontade enorme de vomitar. Entrei rapidamente no banheiro, ficando de joelhos em frente a privada e pus meus cabelos para trás, vomitando com tudo no vaso sanitário. Meu esôfago queimava, assim como um amargo ruim na boca.

- Que merda. - Falo, emburrada e volto a vomitar novamente, sentindo meu estômago revirar por inteiro.

Depois de alguns minutos ali vomitando como uma condenada, decido lavar a boca, pois não é recomendável escovar os dentes após vomitar, pela saúde dos próprios dentes.

Então tudo o que faço é reler as páginas de biologia molecular, pois amanhã tinha uma prova.

Depois tiro aquela roupa e antes de tomar banho, decido tomar um medicamento que fizesse passar aquele mau estar.

Deitei na cama, ficando de busto pra cima.

- Isso precisa parar... - Murmurei, se sentando na cama. - Eu tenho que me livrar disso. - Foi quando ouvi baterem na porta do meu quarto três vezes seguidas. - Quem é?

- Sou eu, Marie. - Fui até a porta e a vi sorrindo. - Seu pai chegou e mandou avisar que pode se preparar, pois irão jantar fora.

- Sim, eu já sabia. - Ela me olhou séria por alguns segundos e se aproximou de mim.

- Tudo bem, filha?

- Sim, Marie. - Saí de frente da porta e me aproximei da cama, sentando logo em seguida.

- Não parece. - Ela sentou do meu lado.

- Estou sim.

- Está sentindo alguma coisa? - Sorri amarelo e desviei o foco da visão.

- Não... tá tudo bem.

- Vai se arrumar.

- Tá. - Ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto, me deixando sozinha.

Fui me arrumar e dessa vez não usei vestido nenhum, usei uma calça jeans preta marcando as minhas curvas e pus o moletom rosa que o Edward havia me dado. Fiz alguns cachos nas pontas dos meus cabelos e nem me maquiei muito, só usei rímel, delineador e um batom escuro que eu amo. Peguei minha bolsa e desci pra sala. Já era 20h da noite. Vi meu pai na sala já arrumado e sorriu ao me ver.

- Muito bonita, mas tá muito diferente do estilo que você costuma usar.

- Pois é... mudar as vezes é bom. - Ele sorriu e olhou a hora no seu relógio.

- Vamos. - O seguir e fomos pra Limousine, onde o Harrell já tava a nossa espera. Saímos de lá, indo pro mesmo restaurante de sempre.

Depois de alguns minutos chegamos no restaurante e o Harrell estacionou.

- Pode esperar, Harrell. - Disse o meu pai e nos dirigimos ao restaurante. O lugar estava cheio como de costume e sorri olhando em volta.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora