Capítulo 59: Eu prometo mudar

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P.O.V Renato Garcia 07:02 a.m.

O frio tomava conta daquela manhã de quinta feira e pra ser sincero estava ótimo, pois eu tinha um bom motivo pra continuar ali deitado na minha cama.

Olhei um pouco mais para baixo, vendo a Jade dormindo sobre o meu peitoral desnudo. Estávamos quentinho debaixo daquele edredom. Ouvia-se baixinho o barulho regulado da sua respiração, como resposta de um bom sono. E a vendo ali, indefesa próxima a mim, dividindo a mesma cama após dias, era preciso admitir que eu precisava tomar algum rumo em relação a minha vida.

Que eu era um filho da puta que não ligava pra nada isso aí todo mundo sabe, mas se eu quisesse poder ficar com ela todos os dias, ter o seu abraço, ouvir o som da sua voz, sentir o calor do seu corpo nu junto ao meu, eu precisava mudar. Mudar e mudar. Vi diante dos próprios olhos o quanto eu iria sofrer se nunca mais tivessémos nada. Se nunca mais eu a pudesse beijar, se nunca mais pudesse sentir o gosto da sua pele e do seu corpo. Seria torturante.

E o mais importante, eu a amava. A maneira como eu lidei com isso não foi fácil, eu nunca havia namorado antes, nunca ninguém foi importante para a mim, eu nunca soube o que era se importar com alguém, depois que conheci a Jade tudo mudou e eu quero mudar por ela. Estou disposto a isso. Por ela, por mim e pelo nosso amor.

P.O.V Jade Rudson 07:14 a.m.

Me movi sobre aquela cama confortável, sentindo também o conforto do peito do meu homem que estava ali para mim como há dias não estava.

Olhei um pouquinho para cima, o vendo me olhar enquanto dormia.

— Oi. — Ele falou, sorrindo e logo veio parar em cima de mim, me dando um beijo na testa.

— Oi. — Respondi, e ele fixou sua visão em mim.

— Dormiu bem? — Perguntou, e concordei, levando minhas mãos até sua nuca, a acariciando. — Vai pra aula? — Arregalei os olhos e lembrei da prova.

— Meu Deus. — Tentei empurrá-lo de cima de mim, mas ele não saiu e me encarou profundamente. — O que foi?

— Temos um bom tempo até a sua prova. — Ele falou, malicioso e minhas pernas tremeram. Fazia tempo que eu não ouvia esse tom de voz e confesso que me deixou nervosa.

— Eu sei, mas é que não quero perder as primeiras aulas. — Tentei fugir dali, mas a sua próxima ação fez meu raciocínio ir sumindo aos poucos.

— Relaxa... — Ele murmurou naquele tom rouco e levou sua boca até o meu pescoço, começando a chupá-lo e a beijá-lo, me levando a loucura e fechei os olhos. Automaticamente levei minhas mãos até a sua nuca, passeando minhas mãos pelas suas costas e sentindo sua boca dá leves chupadas e mordidas. — Saudades de foder essa buceta... — E pronto, depois disso fui ao paraíso e voltei. — Deixa eu te foder um pouco... — Ele segue falando e a vontade de abrir as pernas e dá pra ele até não conseguir mais andar era enorme, mas os meus estudos vinham em primeiro lugar, por isso resisti e fui parando o amasso.

— Depois. — o empurro de cima de mim, a procura da minha roupa. — Meu Deus, são quase 8h. — Falei, pegando a blusa. — Já perdi as primeiras aulas. Que droga! — Resmunguei e passei a mão na cabeça com uma certa brutalidade.

— Não precisa ficar assim, toma banho aqui e você se dá o trabalho apenas de vestir outra roupa e pegar seus materiais. — Parei de vestir o camisão e tive que concordar.

— Tem razão. — Mudei de planos e tirei o sutiã junto a calcinha, atraindo o seu olhar sobre meu corpo nu e fui tomar banho. — Me empresta a sua escova.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora