Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)

Capítulo 66: verdade revelada

P.O.V Jade Rudson 07:12 a.m.

Rudson's Mansion - LA

Na manhã seguinte a minha primeira visão do dia, foi o Renato dormindo do meu lado com uma perna em cima de mim. A expressão angelical que ele transparecia enquanto dormia, melhorou o meu dia cem por cento. Tirei sua perna de cima de mim com cuidado pra não acordá-lo e me levantei pra fazer a minha higiene. Era 7h15. Ainda tava cedo, mas eu tinha aula... então, vamos lá.

Fui fazer a minha higiene e lavei meus cabelos que estavam imundos. Depois de alguns minutos, saí e o vi ainda dormindo, então comecei a me arrumar e hoje usei um vestido rodado branco de mangas caídas, calçando uma sapatilha e enxuguei meus cabelos com a toalha, pois se ligasse o secador, iria acorda-lo e eu não tava afim nenhum pouco de quê aquela expressão angelical sumisse do seu rosto, mas a minha tentativa foi em vão, porque eu chutei sem querer a perna da poltrona e ele acordou.

- Oi. - Falei, nervosa e ele me encarou por alguns segundos. - Bom dia. - Sorri e ele continuou me olhando sem parar.

- Tudo bem?

- Sim, estranhei de cara que esse não era o meu quarto. - Ri pelo nariz e me agachei na gaveta da minha banca à procura do meu secador.

- É mais bonito que o seu, claro que tem que estranhar. - Fui convencida, brincando e ele se levantou só de boxer sorrindo.

- Convencida você, né? Só porque é filha do coroa dono do banco mais sucedido de Los Angeles fica se achando. - Liguei o secador e pus o vento quente nele que saiu da minha frente.

- Você deveria se achar mais, né? Já que roubou todo o dinheiro que ele tinha. - Ele mordeu os lábios e passou às mãos no rosto, assanhando o cabelo.

- Vou tomar banho.

- Claro. - Ele entrou no banheiro e usou tudo o quê tinha direito, aliás lá tinha de tudo que seria necessário pra se fazer higiene. Continuei secando meus cabelos e depois de alguns minutos, terminei. Ajeitei meu material e pus tudo sobre a cama. Esperei ele saí do banho na varanda do meu quarto, olhando aquela vista maravilhosa de Los Angeles.

- Oi. - Falei assim que ele me abraçou por trás, e juntos admiramos a vista incrível de Los Angeles. - 2 semanas pro término das minhas aulas. - Suas mãos chegaram na minha barriga e a acariciou.

- Pouco tempo, depois iremos pra nossa casa. - Enruguei a testa com as suas palavras e me virei pra ele.

- Ah... Nossa casa? - Ele sorriu, concordando.

- Sim. - Engoli em seco e lembrei do meu pai. - O que foi?

- E o meu pai? - Falei. - E a Marie? Tudo o que tenho aqui? - Ele suspirou e meu coração acelerou.

- Bem, você sabe que eu não posso ficar aqui e correr o risco de ser preso. Ainda estou aqui por sua causa. Uma hora ou outra terei que meter o pé de Los Angeles. Estou correndo um grande risco de ser pego pelas autoridades.

- Eu entendo. - Falei, triste e ele pôs suas mãos no meu rosto.

- Mas... Não precisa ir se não quiser, eu entendo perfeitamente os seus motivos pra querer ficar. Quem sou, perto de tudo isso, perto de tudo e de todos que você sempre teve. - Tava chocada com suas palavras. Não achei que ele seria compreensível dessa forma.

- Vamos tomar café. - Desviei daquele assunto que eu sabia que não seria bom tocá-lo justo agora.

Segurei na mão dele e voltamos pro quarto, comigo pegando minha bolsa e juntos saímos do quarto. Ele me abraçou por trás enquanto andávamos pelo corredor e demos de cara com a Marie, que estava com cobertas de cama nas mãos.