Capítulo 53: Noite terrível

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P.O.V Jade Rudson 21:34 p.m.+

O medo consumiu todo o meu corpo mais uma vez. Ver e sentir aquela arma bem na minha garganta, era pedir pra morrer de vez, mas só de medo.

— Então você não namora o Renato? — O sussurro irônico e nojento daquele homem, soou no pé do meu ouvido e gelei pela milésima vez em menos de um minuto. — Você mentiu pra mim, morena gostosa? Na na na que feio. — Ele falou, e puxou meus cabelos com força, colocando a minha cabeça para trás. — Ninguém mente pra mim, muito menos tenta passar a perna.

Sua força bruta bateu com a minha cabeça no balcão com bastante força e logo senti a minha testa sangrar.

— Por favor. — Pedi, chorando e ele riu, agachando sua cabeça próxima a mim.

— Tá implorando? Mas tem que chupar depois. — Senti nojo disso e senti medo mesmo e ainda mais quando o cano de sua arma se manteu firme na minha cabeça. — Então morena gostosa, aqui foi o nosso segundo e último encontro. — Fechei os olhos pra sentir minha cabeça estourar os miolos e voar pedacinhos por toda a cozinha, mas não sei se foi Deus ou se foi, mas antes dele apertar o dedo no gatilho, meus olhos mesmo em estado de cachoeiras, bateram o olho numa faca próxima a uma vasilha com frutas logo a minha frente. Não pensei duas vezes e peguei a faca com agilidade, metendo no ombro do careca de bigode que gritou alto com uma mão no ombro. — FILHA DA PUTA! — Ele gritou alto com a mão no ombro, enquanto não parava de sangrar e me afastei dele, porém cai no chão por tropeçar no corpo da Josephine que tava logo atrás de mim. — VOCÊ ME PAGA. — Ele voltou a gritar e saí correndo, voltando para a sala com o meu estado psicológico abalado pra caralho.

Meus olhos não paravam de derramar lágrimas e dei de cara com o Renato descendo as escadas, que me olhou espantado todo.

— O quê houve com você?

— Lá, lá. — Nem conseguia falar devido ao pânico e apontei pra cozinha, fazendo ele me olhar estranho e se aproximou de mim.

— Lá o quê?

— Careca de bigode. — Falei ofegante e só foi o quê eu consegui falar, porém a sua expressão mudou em menos de um segundo para bravo. Ele abriu o baú na força bruta e pegou a primeira arma que havia ali e correu feito fogo até a cozinha, enquanto eu ia atrás dele com uma mão na testa, impedindo o sangue de escorrer, mas ele não estava mais lá.

— Ele fugiu. — O Renato disse me olhando e apertou em um botão vermelho que havia perto da geladeira e a casa falou, porém acabei percebendo que era o seguro da casa. — Esse caralho tava desativado. — Ele saiu cuspindo fogo, voltando para sala e vimos os seguranças entrando na casa.

— Aconteceu alguma coisa? — O moreno chato da arma de fogo que fica no portão tava mais nervoso quê eu que quase fui assassinada.

— Sim. — O Renato falou, arrogante. — A minha casa foi invadida, e agora eu quero saber como? — Ele gritou na base da arrogância, exigindo explicações, mas ali todos se olharam tensos. — Hein? Como o filho da puta do Rick entrou aqui? — Ele realmente tava bravo nível máximo. — Vão ficar calados? Eu pago vocês pra fazerem a porra da segurança da minha casa e vocês deixam um maldito arrombado entrar aqui dentro?

— Pela frente eu garanto que ele não entrou. — Um mais loiro que era bem gato não podia negar, falou todo cagão.

— Onde está o Coronado e o Renan? — O Renato perguntou naquela tremenda arrogância que só ele tem e todos ficaram em silêncio. — Eu fiz uma pergunta porra!

— Renato, fica calmo. — Me meti e ele me fuzilou.

— Não manda eu ficar calmo.. — Engoli seco, vendo ele gritar.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora